Fundamentos Filosóficos

 

Fundamentos Filosóficos da Escola Dinâmica Energética do Psiquismo

Advaita Vedanta

Moacir Amaral

20/01/2008

Dinâmica Energética do Psiquismo

Essa é a proposição mais séria que existe! Viver o Advaita Vedanta na prática, seja no dia a dia, seja nas classes e encontros! Ou seja: acordarmos da ilusão da dualidade! Esse é o ponto. Não se trata de fazermos determinados exercícios, praticarmos certa metodologia para alcançarmos um tal estado não-dual. Não. Estamos mesmerizados pelas nossas capacidades e conquistas mentais que são sempre duais “nós/nossas capacidades”, “nós/conquistando algo”. Sempre “nós” a procura de algo “outro”. Essa é a ilusão que nos mesmeriza e afasta da realidade única: que é Ser (verbo infinitivo, sem sujeito, sem objeto, um sem dois).

Portanto, acordar é o que precisamos. Acordar para o Ser (Verbo). Isso é o que procuramos em cada encontro da DEP. Acordar. Isso é o que procuramos em cada momento: acordar. Acordar para esse fluir infinito, sem começo e sem fim, do Ser (verbo). Onde o “nós” deixa de existir, fica só Ser…

As palavras criam algumas dificuldades aqui, veja, “o estado de Ser” – a rigor não poderíamos falar assim, pois “Ser” não é um estado, estados são as aparências do Ser, são o estar. Ser é o que é, estados são como o Ser se fixa no tempo pela máquina fotográfica da mente, como o Ser está (tornando-se um substantivo). Pois bem, viver no “fluxo infinito do Ser” é um viver em meditação, nos termos que J. Krishnamurti expõe (veja no livro dos Triângulos, tem um capítulo todo de Krishnamurti falando de meditação). Pura Vedanta Advaita sem o nome e sem a escola filosófica. Pura prática que não é exercício e treinamento metodológico.

Acordar para a não-dualidade requer acordar para a não-dualidade; morrer para a dualidade. É como quando a gente acorda de um sonho e, podemos dizer, morremos para os acontecimentos do sonho. Não conquistamos o acordar do sonho praticando exercícios para acordar, mas acordando, e, com isso, morrendo para o sonhar.

Meu querido! Sua tarefa não é diferente da nossa em cada encontro, cada classe da DEP: acordar?! Nem diferente da tarefa mais séria da vida humana no dia a dia: acordar?! A tarefa proposta pelo Buda (o que acordou!), a tarefa proposta pelo Zen, a tarefa proposta por LaoTsé e o Tao, a tarefa de Krishnamurti, de Tony Parsons, e também a tarefa de Jesus, o Cristo! É uma bela tarefa. A única tarefa real: acordar! E não existe caminho para isso. Cada “acordado” fala, e com razão, que todas as religiões e todas as filosofias e todas as escolas fracassaram, pois não levaram o Ser humano a acordar, apenas o adormeceram de formas diferentes… Pois nenhum método, nenhum caminho há de nos levar aonde nunca saímos, exceto no faz-de-conta da mente e da consciência que se individualiza ao tornar-se consciente de si-mesma, adormecendo como um “eu” (o Deus que subitamente se percebe e dualiza-se na ilusão Deus pai/Deus criador). Nenhum caminho! Ser é. Acordar!

Tenho acompanhado as classes da Theda, e fico encantado de perceber como ela acorda nesse fluxo do Ser e vai todo mundo entrando nesse Campo, cada um acordando para o fluxo, movimentando fixações e crenças, entrando no movimento que ressoa desde esse lugar de silêncio e repouso absoluto. Cada um acordando o tanto que acorda naquele momento. Quem pode julgar?

Dê uma olhada nos capítulos 48 a 59 do livro dos Triângulos. São 12 capítulos que preparam e falam do 5º Triângulo. O 5º Triângulo é a essência não-dual sempre Presente. Esse é um material que pode ser utilizado e aprofundado. O 5º Triângulo é o princípio informacional por dentro de toda vivência dos sábios que foram deixando registrado esse corpo de conhecimentos que conhecemos como Vedanta Advaita. Reciprocamente, esses textos do Vedanta, que abordam a não-dualidade, certamente são úteis para a compreensão do 5º Triângulo: o Ser essencial.

Cada vez mais as “aulas” da Theda não se referem a um conhecimento que vem da memória, mas nasce da percepção viva do momento e do Campo da classe, da turma presente no momento. Nossa preparação para os encontros, assim como no grupo de meditação em que lemos o Sesha e a Vedanta Advaita, é o movimento do que podemos perceber ao vivo, na Presença que é. Não existe modelo. É sempre novo. É criação. Embora para um observador externo possa parecer sempre o mesmo, nunca é repetição. O acordar começa com Theda e ressoa no Campo. O acordar começa com Campo – Ser – e ressoa na Theda. A intenção e a atenção é a diferença que faz a diferença!

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