A psicologia transpessoal surgiu nos anos sessenta em resposta ao fato de que os principais modelos precedentes, as três primeiras forças da psicologia ocidental, fossem limitados em seu reconhecimento dos níveis superiores de desenvolvimento psicológico. Crescente número de profissionais de saúde mental sentia que tanto o comportamentalismo como a psicanálise tinham como limitação o serem derivados em larga medida de estudos psicopatológicos, a tentativa de generalizarem sistemas mais complexos a partir de sistemas simples, a adoção de uma abordagem reducionista da natureza humana e o fato de ignorarem determinadas áreas e dados relevantes para um estudo completo da natureza humana - tais como os valores, a vontade, a consciência e a busca de auto-realização e da autotranscendência. Sentia-se ainda que essa negligência era por vezes acompanhada de interpretações reducionistas e patologizantes inadequadas.