McTaggart, Lynne; “The Field”; Quill, USA, 2003
Tradução de Moacir Amaral in “Triângulos: Estruturas de Compreensão do Ser Humano”, São Paulo, 2007; págs 77-79.
No mundo quântico, campos não são mediados por forças, mas pela troca de energia, que é constantemente redistribuída em um padrão dinâmico. Essa troca constante é uma propriedade intrínseca das partículas, que não são mais que pequenos ‘nódulos de energia’ que brevemente emergem para voltarem a desaparecer no campo subjacente. De acordo com a teoria quântica, a entidade individual é transitória e não-substancial. Partículas não podem ser separadas doe spaço vazio que as circunda. Esse tipo de emissão e reabsorção de partículas ocorre não apenas entre fótons e elétrons, mas com todas as partículas quânticas do universo. O Campo Ponto Zero é o repositório de todos os campos e toda a energia básica e todas as partículas – um campo de campos. Pode-se explicar tudo o que acontece no mundo quântico com a física clássica, desde que se leve em conta o Campo Ponto Zero. Essa é a grande descoberta de Harold Puthoff. ...
“Alguns cientistas pensaram novamente sobre algumas equações que têm sido subtraídas na física quântica. Essas equações tratam do “Campo Ponto Zero” – um oceano de vibração microscópica no espaço entre as coisas. Se o Campo Ponto Zeroa fosse incluído na nossa concepção da natureza mais fundamental da matéria, o verdadeiro alicerce do nosso universo seria um mar movimentado de energia – um vasto campo quântico. Se isso fosse verdade, todas as coisas estariam conectadas com todas as coisas, como que em uma teia invisível.
Celebrar a Páscoa é reafirmar a nossa fé na ressurreição de Cristo e na própria ressurreição de todos os nossos projetos de justiça. A morte é a nossa única certeza de futuro. A postura que temos diante da morte traduz o sentido que damos à vida. Temem a morte aqueles que não conseguiram ainda imprimir à vida uma direção, uma razão de ser. Ou se apegaram demasiadamente a bens e prazeres que lhes adornam o ego.
Outrora, a morte incorporava-se ao nosso cotidiano: morria-se em casa, cercado de parentes e amigos. Em Minas, havia velório com pão de queijo e cachaça, carpideiras e proclama em postes, missa de corpo presente e despedidas no cemitério, celebração de 7º dia e luto. Em suma, celebrava-se o rito de passagem.
Hoje, o enterro tornou-se mais um produto de consumo. Morre-se clandestinamente, num leito anônimo de hospital ou em gavetas de um necrotério, como se o falecido fosse uma presença tão incômoda quanto gato em loja de cristais. Não há choro nem vela, nem fita amarela.