A Mente Consciente Ordinária

“O samskara é o próprio pensamento. Com esforço, é preciso purificá-lo. Aquilo que o homem pensa, é aquilo em que ele se transforma. Este é o eterno mistério”   50:45.

Maitri Upanishad (VI: 34)

 

Somente com o uso correto da mente (a mente compreensiva) é que os três fogos do coração se acenderão (a fé, a caridade e a esperança) e ambos, mente e coração, são necessários para manter acesa a luz no “altar da meditação”.

 

 

Em seu aspecto mais primitivo, a mente está intimamente ligada às emoções. Esse aspecto inferior, descrito no capítulo anterior como Manas inferior, é, inicialmente, escravo de nossos instintos e desejos. É conduzido unicamente como um serviçal que encontra ”desculpas lógicas” para justificar a busca e a obtenção da satisfação dos desejos de nossa persona. Mas à medida que se desenvolve, a mente passa a perceber que satisfazer os desejos leva invariavelmente a apegos e sofrimentos, e passa a exercer gradual controle sobre o desejo, até que culmina com o total domínio sobre ele.

Esse desejo é um reflexo, no plano astral, da Força de Vontade que vem de planos superiores. Ambos trazem em si o poder de realizar. Quando essa energia é atraída a objetos externos, é chamada de desejo: força de vontade ativa. Quando é impessoal e empregada para a realização do propósito divino, é pura Vontade Espiritual: força de vontade passiva. À medida que essa energia se despe de seu elemento pessoal, egoísta e impuro, aproxima-se da Vontade pura. Logo, a posse de uma forte natureza de desejo é muito importante, pois quando se destrói a cobertura personalística, o “Eu superior” assume o comando de uma enorme energia e poder de Vontade Espiritual: “quanto maior o pecador, maior o santo”. A partir de então a ação passa a ser realizada através da persona e não mais pela persona.

Esses dois componentes são ambos necessários para o pleno desenvolvimento humano e, por isso mesmo, são complementares. A volição ativa está perfeitamente desenvolvida no mundo ocidental e engloba tanto o desejo, relacionado aos apegos, quanto a vontade intelectual que brota do raciocínio discursivo. A volição passiva vai além do desejo e do raciocínio discursivo e não analisa o que se quer, mas olha-o como um todo “identificando-se” com ele, e com tudo para, no estágio mais avançado, apenas “desejar não desejar nada”.

É aquela mente inferior, relacionada com o desejo e com a volição ativa, que percebe os aglomerados de subpartículas, átomos e moléculas à nossa volta como objetos com forma, tamanho e cor, que desprendem outras moléculas, que identificamos como cheiros, e que vibram de uma forma que identificamos como sons. Tudo a nossa volta parece estar separado de nós. Mas na realidade o mundo que percebemos é uma ilusão que está dentro de nossa mente inferior, aquela parte nossa responsável pelo nosso raciocínio lógico, ao qual a psicologia dá o nome de pensamento concreto.

Em nosso corpo astral, os pensamentos são “coisas definidas”, objetos conhecidos como “formas-pensamento” que podem ser transferidos para outrem ou visualizados de forma clarividente. Essa posição é plenamente aceita como verdadeira na filosofia oriental. Tais “formas-pensamento” são bolhas amarelas e brilhantes, de tamanho e formas variáveis, que contém outras cores superpostas que emanam do nível emocional.

“Quanto mais clara e mais bem formada for a idéia, tanto mais clara e mais bem formada será a forma-pensamento associada a essa idéia…. Pensamentos habituais tornam-se forças ‘bem-formadas’ muito poderosas, que depois exercem influência sobre nossa vida”  11:79.

Barbara Ann Brennan

 

O nosso pensamento concreto pode, então, surgir em nosso próprio corpo mental, pelo raciocínio e julgamento acerca de experiências vividas ou fatos resgatados da memória, ou pode advir do exterior, como formas-pensamento que se introduzem em nosso corpo mental produzindo vibrações que são conscientizadas quando chegam até o nosso cérebro físico.

Alguns princípios regem a atividade mental. O princípio básico diz que qualquer pensamento que permitamos que permaneça em nossa mente, aumentará a si mesmo em intensidade, quer seja bom, quer seja mal. Daí a importância do perdão, não porque fará diferença ao perdoado, mas porque mudará o padrão vibratório da mente que perdoa. É por isso que o perdão deve ser mental e não simplesmente verbal. E como pensamento e sentimento estão intimamente ligados, o perdão mental leva consigo um perdão emocional. Ressentimento, condenação, desejo de vingança e raiva somem com o verdadeiro perdão mental e se fortalecem com a ausência de perdão.

Assim, tudo o que for retirado da mente diminuirá em intensidade, algo que pode ser denominado “Princípio Mental do Uso e do Desuso”. Mas não se consegue simplesmente retirar nada da mente, da mesma forma que retiramos qualquer objeto de nosso carro, por exemplo. Para retirar algum pensamento devemos, simultaneamente, preencher o vazio deixado por ele. Esse é o “Princípio Mental da Reposição”, substituir maus pensamentos por bons pensamentos. A compreensão do outro em sua dimensão evolutiva é um dos fatores que geram a verdadeira compaixão que perdoa incondicionalmente, substituindo todas as negatividades da mente. Assim, a constante seleção de pensamentos que vêm à mente, quando “ociosa”, deve ser realizada de forma a se criar um novo e melhor hábito mental.

“A mente é produto do hábito e é fácil concentrá-la uma vez que o hábito esteja definitivamente estabelecido”  90:94.

Igbal Kishen Taimni (1.898-1.978)

 

Esse é o “Princípio Mental do Hábito”. Mas esse exercício de mudança de hábitos só produz frutos se não for feito esforço consciente. Nenhuma luta mental para dissolver qualquer pensamento ou buscar qualquer solução terá êxito, simplesmente porque qualquer esforço mental corta a comunicação com a mente superior. Tão logo comece qualquer pressão mental, a mente instantaneamente pára o seu processo criativo e se volta aos seus velhos hábitos e condicionamentos. Há um “Princípio Mental de Relaxamento” que exige um relaxamento mental consciente para que surja qualquer processo criativo ou insight. É um não-agir mental.

Estabelecido um processo criativo, logo a mente subconsciente toma o pensamento como válido e começa a executá-lo. Embora a mente consciente utilize todos os conhecimentos já obtidos para validá-lo, o subconsciente já mobiliza seus poderes para efetivá-lo, poderes mentais que temos e que nunca utilizamos conscientemente, que alinham todas as Leis da Natureza para se conseguir o que se idealizou. Às vezes imediatamente, às vezes tardiamente, dependendo das dificuldades a se superar, todas as coisas criadas mentalmente se realizam, de uma forma ou de outra. Esse é o “Princípio da Força Mental Superior”.

É nossa tarefa, parte de nossa autotransformação, exercer uma constante observação e discriminação dos pensamentos concretos positivos e negativos, evitando esses e estimulando aqueles. Há uma grande diversidade de formas-pensamento sensuais, de vingança, orgulho, etc., que nos rodeiam, advindas de nosso corpo mental ou do exterior, que podem obstruir formas-pensamento de altruísmo, amor, etc., necessárias à nossa autotransformação.

Reconstruir nossos hábitos mentais (pensamentos) se faz pela ação de nossa força de vontade ativa em mudar nossos pensamentos. Isso é possível porque o nosso corpo mental só pode receber uma forma-pensamento de cada vez. Se somente pensamos coisas edificantes não deixamos espaço para as outras formas-pensamento (Cf. no Capítulo III em MEDITAÇÃO). Mas nosso esforço será mais efetivo se nosso corpo emocional e a nossa Sombra não mais forem capazes de gerar sentimentos e emoções inferiores.

“A maldade vinda do exterior não pode afetar-nos se não há em nós alguma coisa que responda a essa maldade”  90:96.

Igbal Kishen Taimni (1.898-1.978)

Todo pensamento concreto é uma resposta mental usando argumentos do passado, uma interpretação dos fatos de acordo com condicionamentos formados e “pré-conceitos”. Mas a mente humana tem duas capacidades. Uma pensa e raciocina usando a sua memória e assim capacita-nos a fazer as perguntas. E a outra é a misteriosa capacidade de ver além do conhecido, descobrindo o novo, que independe da memória.

A forma superior de pensamento é a abstrata. É pensar “usando o coração”, o sol que habita logo acima do Chakra cardíaco na dimensão causal, responsável por distribuir no corpo as energias sutis da alma. Abstrair é “contemplar com o coração”, estado não intelectual de sentir e perceber as coisas sem pré-julgamentos cerebrais. “Pensar com o coração” é enxergar propriedades comuns em coisas que aparentemente não têm nada em comum. É o pensamento abstrato que formula relações e propriedades em comum entre objetos, que podem ser coisas ou idéias, que são integradas conscientemente no cérebro, nas áreas de associação terciárias.

Todas as generalizações científicas, a matemática superior e os sistemas filosóficos agem no domínio do pensamento abstrato, que a partir do particular se chega à generalização. Dessa forma, no campo abstrato está toda a essência das coisas e idéias vistas no campo concreto. É uma qualidade fundamental para quem quer verdadeiramente meditar/contemplar. A generalização é o primeiro passo no caminho de volta à casa do Pai, da multiplicidade à Unidade. Capacita-nos a ver o Um nos muitos, de uma forma sintética.

“Foram as leis e os princípios descobertos até agora que deram aos cientistas o controle de forças naturais do mundo físico. … O conhecimento dos princípios fundamentais exclui a necessidade da procura interminável de detalhes e fatos que são infinitos e, por conseguinte, significa economia de tempo e energia”  90:110.

Igbal Kishen Taimni (1.898-1.978)

 

É na nossa mente superior que se dá o registro definitivo da essência de todas as nossas experiências vividas, de nossos hábitos e tendências emocionais e mentais, nossos “pré-conceitos”, racionais e dedutivos, gerados durante nossa vida física. É nela também que estão registradas as idéias abstratas relacionadas ao corpo astral e físico-etérico, a potencialidade deles. É por isso que aquelas pessoas que ainda não têm uma mente superior evoluída (como em alguns povos primitivos) não demonstram ainda certas boas qualidades. Falta a elas ainda o desenvolvimento de suas potencialidades latentes, tornar-se, naturalmente, aquilo que já são.

“Pai, Mãe e Filho. Realidade, Ilusão e Iluminação. Luz, Sombra e Libertação. Tese, antítese e síntese. A síntese depende do conhecimento da tese e da antítese. Só conseguimos a Libertação compreendendo nossa natureza de Luz e de Sombra. Só nos iluminamos quando distinguimos o real em meio à ilusão. Só se chega ao Pai através do Filho (Jo 14:6), que veio pela Mãe. Sintetizar, generalizar e abstrair são faculdades necessárias para se compreender o Um”.

Essa capacidade de abstração é usada pelos nossos corpos mais superiores, de forma a gerar uma compreensão mais profunda das coisas. A compreensão é um atributo que independe da mente lógica e da abstrata. Essa compreensão gera um conhecimento que deve ser destilado, para se extrair sua essência: a sabedoria. A sabedoria é a compreensão do conhecimento. Essa capacidade de destilar a sabedoria do conhecimento é um atributo que conseguimos quando desenvolvemos a inteligência:

“Pessoa inteligente é aquela que tem a capacidade de compreender o significado, a importância do conhecimento [mental] que possui, que destilou seu conhecimento e experiência e obteve essa essência sutil conhecida como sabedoria”  90:129.

Igbal Kishen Taimni (1.898-1.978)

A inteligência é encarada pela Psicologia ortodoxa como a capacidade mental de resolver problemas, mas na realidade ela independe do pensamento, aliás, ela é a formadora do pensar. Esse pensar pode integrar o conhecimento obtido (intelecto) de forma a fornecer a base para que surja conscientemente e se desenvolva a própria inteligência. Inteligência está relacionada com sabedoria enquanto intelecto está relacionado com o conhecimento. Inteligência e compreensão são atributos de Buddhi, enquanto intelecto e conhecimento pertencem à esfera de Manas (Cf. no Capítulo I). Nem todo intelectual é inteligente nem toda pessoa inteligente é intelectual.

Atualmente a moderna Psicologia aceita a noção de múltiplas inteligências. Algumas independem do conhecimento (experiência) e outras utilizam o conhecimento como base auxiliar para seu desenvolvimento. A divisão e a definição dessas inteligências diferem de acordo com vários estudiosos. Talvez a melhor divisão seja em quatro tipos básicos: prática, sócio-emocional, verbal lógica e teórica abstrata.

A inteligência verbal é a fonte da comunicação muda (pensamento) e da comunicação verbal. O viver em comunidades e o surgir da civilização só foram possíveis devido a essa inteligência. Ela abrange o aprendizado de idiomas, a poesia e a arte de escrever, a capacidade de convencer pessoas e de usar a lógica. Já a inteligência teórica troca as palavras por símbolos, a lógica pela abstração. É a inteligência dos matemáticos, físicos e químicos. É a capacidade médica do diagnóstico e a econômica da análise financeira. É Buddhi influenciando a persona através do quinto Chakra (laríngeo).

Se a inteligência verbal habilitou ao homem o viver em sociedade, a inteligência social possibilita o bom relacionamento interpessoal e a atitude individual diante da sua própria persona. A inteligência social é a capacidade de Buddhi de influenciar Kama-Manas (nossa parte mental lógica e emocional) a compreender as idéias, expectativas, sensibilidades e emoções do outro. Usa energias do nosso quarto Chakra (coração) como forma de controle do próprio comportamento com vistas à aceitação, admiração e apoio do outro. É também a capacidade de se dar bem economicamente (o bom comerciante e os especuladores) e se destacar socialmente (terceiro Chakra).

Já a inteligência prática garante a sobrevivência daqueles que não têm a inteligência verbal, nem a teórica, desenvolvida. Trabalhando no primeiro e segundo Chakras, faz transcender o instinto em pura intuição, dando soluções rápidas e simples que, na maioria das vezes, independem de conhecimento, mas dependem da observação e experimentação.

Enfim, reconhecemos as coisas com nossa mente, mas a compreensão do verdadeiro significado das coisas independe da mente e advém de uma fonte energética mais sutil (Buddhi). A inteligência gera o discernimento do certo e do errado, do real e do irreal e é esse discernimento, que nos faz conhecer a verdade, que chamamos de intuição. Com ela transcendemos a mente e a emoção, com seus enganos, “pré-conceitos” e sentimentos guiados por maus hábitos. É a intuição que nos faz ver o que é real, a nossa realidade, e nos faz agir sempre acertadamente, em todas as situações.

Para a mente, o certo e o errado sempre serão conceitos relativos, pois o que uma mente considera estar certo, outra pode considerar estar errado. Somos seres totalmente diferentes um dos outros. Independente de termos ou não um DNA idêntico, nós somos diferentes, pois temos circuitos cerebrais diferentes, emoções diferentes, pensamentos diferentes, enfim, personalidades (corpo astral) totalmente diferentes. Inteligência, Compreensão, Sabedoria e Intuição transcendem a mente e só vêm à consciência quando ela está aberta, pura e tranqüila, num estado de “cardiocontemplação” (Cf. no próximo capítulo, em “MEDITAÇÃO”). Essa percepção interior, que não é um processo de pensamento, surge independentemente do caminho, ou sem qualquer caminho.

Por isso, nossas crenças, nossas opiniões, nossas idéias e nosso conhecimento não são Sabedoria. Somente existe Sabedoria quando cessa a ilusão de nossas idéias, opiniões e crenças, criadas por nossos condicionamentos. Essas ilusões têm vários níveis. As mais superficiais são conhecidas como superstições. As ilusões psicológicas, conhecidas dos psicólogos como complexos, são generalizações a partir de uma única experiência (se uma mulher me fez mal, todas as mulheres são más). Já as ilusões mentais, mais profundas, são as causas de nossas ambições, de nossos pensamentos incessantes, etc..

“Adquirir a sabedoria vale mais que o ouro; antes adquirir inteligência que a prata”.

Pr 16:16

Não podem, então, existir regras rígidas a serem fielmente seguidas para que tenhamos um viver correto, pois cada pessoa é única e cada situação enfrentada é única, requerendo um julgamento e ação únicos. Seguir regras éticas, sociais, ideológicas ou religiosas pré-definidas sempre nos perturbará a mente, pois algumas dessas regras nos serão incômodas. E é essa perturbação mental que impossibilitará o desenvolvimento da sabedoria e da intuição, de onde vem o verdadeiro discernimento do certo e do errado. As ilusões bloqueiam a conscientização dos insights e é preciso insights para cessarem as ilusões.

Somos livres e podemos escolher aquilo o que julgamos certo, mesmo que não seja o verdadeiramente certo. Mas é somente fazendo essa escolha, com a mente e o coração puros, realmente achando que estamos fazendo o que julgamos como certo, sem levar em conta as conseqüências de um possível erro, que manteremos as nossas mentes tranqüilas e abriremos espaço para que a realidade última seja por nós alcançada. Abre-se uma janela para a conscientização dos insights e surge a humildade de perceber que nada sei. Abre-se a mente para o novo, abandonando o passado condicionado. Da intuição é que nasce o discernimento, característica da mente religiosa.

Pertencente ao modo de pensar intuitivo está a volição passiva, que não é algo do tipo insistente: “eu quero, eu quero, eu quero…”. Essa forma de força de vontade ativa, longe de ser uma certeza de êxito, pode ser até contraproducente, pois é geradora de ansiedade e estresse. A verdadeira força de vontade espiritual, a passiva, é quase uma entrega, é um querer confiando, é um deixar acontecer. Essa arte da volição passiva é essencial na hipnose, no relaxamento muscular, na meditação e nas artes marciais.

Enquanto a volição ativa está voltada principalmente ao mundo material, a passiva está voltada espiritualmente. Deseja-se o fruto do trabalho, mas sem uma luta obsessiva por ele. É como se não o quiséssemos, estando totalmente desapegados dele. Na arte do arqueiro Zen, a passividade da prática é a regra e diz-se que “algo atira sem apontar” e “algo acerta”. Um exemplo prático de quando a vontade ativa pode ser até contraproducente, sendo necessária a volição passiva para o êxito, é o ato de se desejar ardentemente um orgasmo, o que pode inibi-lo seriamente. A vontade ativa por uma ereção peniana ou por mantê-la, a vontade forçada por dormir e até por defecar ou urinar, são outras situações onde a vontade ativa não funciona bem, ao contrário da vontade passiva em que há o esperar e o deixar acontecer.

Na meditação não se esforça para se concentrar, apenas se concentra. Não se esforça ardentemente para ouvir Deus, mas se aspira ardentemente por Deus. Neurofisiologicamente, a volição ativa gera ondas cerebrais beta enquanto a volição passiva gera ondas alfa de alta amplitude, as mesmas geradas nos estados hipnóticos e contemplativos. Dessa forma pode-se dizer que em toda atividade essencialmente religiosa gera-se energia passiva, a qual é “algo semelhante a um veículo para a atividade do espírito, uma atividade que transcende toda energia mensurável… uma conseqüência psicológica de uma profunda aspiração de comunhão espiritual”  44:113 (Padre William Johnston).

A energia passiva tem uma função chave na clarividência, na telepatia e em outras formas de percepção extra-sensorial e fenômenos parapsicológicos. Produzida incessantemente em todos os mosteiros, conventos, eremitérios, ashrams hindus, igrejas, templos, mesquitas, sinagogas, santuários, etc., essa preciosíssima energia é o material básico para uma energia espiritual mais elevada que constrói e mantém o planeta.

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