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SADDHARMA-PUNDARIKA SUTRA (jap., Myohô-Renge-Kyô) – Discurso do Lótus do Darma Maravilhoso; texto do budismo Mahayana, de central importância para as escolas Tendai e Nichiren. Veja Sutra do Lótus; Veículo Único.
SADDHA (páli) – é freqüentemente traduzida como “fé”, mas significa preferentemente “confiança baseada no conhecimento”; como disse Buda Shakyamuni: “A confiança é a companheira do homem, e a sabedoria lhe dá o comendo”.
SADHANA (sânscr.) – texto que descreve uma liturgia, especialmente utilizado no budismo Vajrayana.
SAHA ou Mundo Saha (sânscr., Saha-lokadhatu: “mundo duradouro”) – este mundo de ilusão; o mundo onde pregou o Buda Shakyamuni) – veja samsara.
SAICHO – monge japonês (767-822) que fundou a escola Tendai com base nos ensinamentos da escola chinesa T'ien-T'ai e elementos das escolas Hua-Yen e Mi-Tsung.
SAKYA[-PA] (tib., Sa Skya [Pa]) – escola Vajrayana tibetana responsável pela transmissão dos ensinamentos Lamdre.
SAMADHI (sânscr.; jap., zanmai) – “estabilidade da mente”; nível muito elevado de concentração meditativa; estado mental não-dualista; o estado unidirecionado da mente; consciência extátlca, derradeira etapa de progresso místico, quando a individualidade é absorvida e se perde, embora cônscia de formar uma só coisa com o Eu Único. É um dos seis paramitas.
SAN-KUO-CHIH (chinês) – registros dos três reinos.
SAMANTABHADRA (sânscr.; chinês, Pu-Hsian; jap., Fugen; tib., Küntuzangpo/ Kun Tu Bzan Po) – no budismo Mahayana, o Bodhisattva das oferendas supremas e protetor dos professores do Darma; na escola Nyingma do budismo Vajrayana tibetano, o Buda primordial (Adi-Buddha), que representa o Dharmakaya; está entre os quatro mais reverenciados Bodhisattvas da tradição chinesa.
SAMAPATTI (páli) – aquele que consegue alcançar, na meditação, os oito logramentos incluídos nos quatro Jhanas ou Dhyanas: (1) a esfera do espaço infinito, (2) a esfera da infinita consciência, (3) a esfera do vazio, e (4) a esfera de nem consciência nem não-consciência, o logramento que precede o transe e o próprio transe de cessação de qualquer percepção ou sensação.
SAMBHOGAKAYA (sânscr.) – veja trikaya.
SAMINI (chinês) – noviço budista que já fez os primeiros votos.
SAMSARA (sânscr. e páli, “viajando”; chinês, lun-hui; jap., rinnen; tib., 'Khor Ba/ Khor Wa) – “o fluxo do vir-a-ser”, o mundo da mudança, da insatisfação, da existência cíclica, na qual todos os seres estão sujeitos a constantes renascimentos e sofrimentos. Formações mentais que mantêm a mente aprisionada no ciclo nascimento e morte. O samsara reflete-se no estado de nossa vida cotidiana em que a principal preocupação é a perpetuação do eu.
Sams4ra – Ronda dos renascimentos, simbolizada pela Roda da Vida. Esta compreende os seis mundos de transmigração e as doze etapas da vida terrestre. O samsara pode ser entendido de dois modos: como o renascimento ininterrupto sem liberdade, nem controle, ou como os agregados de um ser que teve este tipo de renascimento. Veja Seis Tipos de Reinos no Samsara.
SAMSKHARA (sânscr.; páli, sankhara) – “impressão”, “conseqüência”; coisas e estados condicionados; geralmente traduzido como “formações”, “forças das formações mentais” ou “impulsos”, samskara refere-se tanto a atividade de formação quanto ao estado passivo de ser formado. Samskara é o quarto dos Cinco Skhandas e o segundo elo na Cadeia do Surgimento Condicionado.
SAMU (jap.) – serviço, trabalho.
SAMUDAYA (sânscr.) – causa; uma das Quatro Verdades Nobres.
SAMYAK-SAMBODHI (sânscr.; páli, Samma-Sambodhi) – “Completamente Iluminado”. Um dos dez epítetos do Buda. A expressão sambodhi designa a verdadeira sabedoria que possibilita ver a real natureza de todos os Darmas. Esse tipo de sabedoria é também conhecido como a sabedoria do Tathagata. Samyaksambodhi refere-se ao conhecimento completamente perfeito e à sabedoria para os quais despertam os Budas.
SAMYUTTA-NIK?YA (páli) – Coleção Agrupada; uma das seções do Sutta Pitaka.
SAN-CHIEH-CHIAO (chinês) – Escola dos Três Estágios; escola chinesa dos períodos Sui (584-618) e Tang (618-907).
SAN-LUN (chinês; jap., Sanron) – Escola dos Três Tratados; escola chinesa derivada da filosofia indiana Madhyamika.
SANBÔ (jap.) – veja Triratna.
SANDÔKAI (jap.) – veja T'sang-T'ung-Ch'i.
SANG-MEN (chinês) – sramana.
SANGHA (sânscr. e páli; jap., sô) – “multidão”; comunidade budista, formado pelos monges, monjas, noviços, noviças, leigos e leigas; uma das Três Jóias (Triratna). O Sangha refere-se a: (1) Ordem dos Seres Nobres (Ariya Sangha), e (2) Ordem dos Monges (Bhikkhu Sangha). Um Ser Nobre, Ariya, pode ser tanto um Monge, Bhikkhu, ou Monja (Bhikkhuni), como um Ser divino (Deva), ou um leigo (upasaka), ou uma leiga (upasika); significa um estado mental elevado no Caminho da Realização.
SANGYE (tib., Sangs Rgyas) – veja Buddha.
SANKHARA (páli) – são as formações mentais; é o quarto agregado (skandha); significa algo que sem ele as demais coisas não podem existir; é o que determina, ou condiciona as outras coisas. Em resumo, as formações mentais formam os demais 4 agregados, através da (1) vontade, (2) atenção, e (3) contato.
SANKHYA – sistema ortodoxo de filosofia indiana absolutamente ateístico, imaginado por Kapila-Prakriti. Germe primordial eterno. Compreende três essências: bondade, energia e trevas, geradoras de tudo o que existe e sempre existiu.
SANPAI (jap.) – três prostrações.
SANRON (jap.) – escola japonesa, fundada pelo monge coreano Ekwan em 625, derivada da escola chinesa San-Lun.
SÂNSCRITO – significa “concluído”, “perfeito”; língua clássica dos brâmanes e sacerdotes na qual foram escritos os textos religiosos do Hinduísmo e do Budismo Mahayana.
SANZEN (jap.) – no Zen Rinzai, o encontro face-a-face com o mestre acerca da profundidade de nossa prática. No Zen Soto, sanzen é zazen.
SARVAJNA (sânscr.) – “onisciência”; atributo de um Buda.
SARVASTIVADA (sânscr.) – Tudo Existe; escola que se separou do grupo Sthavirada durante a época do rei Ashoka.
SASTA DEVA-MANUSYANAM – veja Professor de Seres Humanos e Divinos
SATI (páli) – “atentividade”; na atentividade, o controle dos sentidos advém através do cultivo do hábito de simplesmente observar percepções sensoriais, sem permitir que estimulem a mente em cadeias de pensamento. A atentividade é a atitude de prestar aos estímulos sensoriais o mínimo de atenção. Quando sistematicamente desenvolvida na prática do vipassana (ver as coisas como são), a atentividade torna-se o caminho para o estado nirvânico. Na prática diária, a atentividade leva à separação das próprias percepções e pensamentos do meditador. Ele se torna um observador de seu fluxo de consciência, enfraquecendo o impulso à atividade mental normal e preparando assim o caminho para estados alterados.
SATI, ESTÁGIOS DO – nos estágios iniciais, antes do firme assentamento na atentividade, o meditador é distraído por seu meio ambiente. O Visuddhimagga por isso dá instruções ao candidato a meditador sobre o melhor estilo de vida e situação. Ele tem de comprometer-se num “meio de vida correto” para que a fonte de seu suporte financeiro não seja causa de desconfianças; no caso dos monges, profissões como astrologia, quiromancia e interpretação de sonhos são expressamente proibidas, ao passo que a vida de mendigo é recomendada. As posses devem ser mínimas; um monge deve possuir apenas oito itens: três túnicas, um cinto, uma tigela de pedinte, uma navalha, uma agulha de costura e sandálias. Deve alimentar-se com moderação, o bastante para garantir a saúde física, mas menos do quanto causaria torpor. Sua morada deve ser ao largo do mundo, um lugar de solidão; para chefes de família que não podem viver isolados, um cômodo deve ser posto à parte para a meditação. A preocupação indevida com o corpo deve ser evitada, mas, em caso de doença, o meditador deve buscar o medicamento apropriado. Adquirindo os quatro requisitos de posses, alimento, moradia e medicamento, o meditador deve ter apenas o necessário para seu bem-estar. Obtendo esses requisitos, ele deve agir sem avidez, de modo que até suas necessidades materiais permaneçam inatingidas pela impureza. Uma vez que o próprio estado mental de uma pessoa é afetado pelo estado mental de seus próximos, o meditador sério deve cercar-se de pessoas que pensam como ele.
SATIPATTHANA – estrutura ou fundamento da consciência.
SATORI (jap.) – descoberta espiritual. Veja bodhi.
SATYASIDDHI (sânscr.; chinês, Ch'eng-Shih; jap., Jôjitsu) – principal texto das escolas Ch'eng-Shih e Jôjitsu, escrito pelo monge indiano Harivarman no século IV.
SAUTRANTIKA – escola surgida a partir da Sarvastivada indiana por volta de 150; seu ensinamento é baseado no Vinaya Pitaka e no Sutra Pitaka, rejeitando os Abidharma Pitaka.
SEIS PARAMITAS – são as seis “perfeições” ou virtudes praticadas por um iluminado: (1) generosidade, (2) obediência aos preceitos, (3) paciência, (4) progresso vigoroso, (5) meditação, e (6) sabedoria.
SEIS SENTIDOS – os cinco sentidos (visão, olfato, audição, paladar e tato) mais o processo cognitivo que os coordena (“órgão mental”).
SEIS TIPOS DE REINOS NO SAMSARA – existem seis tipos de reinos no samsara. Listados em ordem ascendente, segundo o tipo de karma que causa o renascimento neles, temos os seguintes reinos: dos seres do inferno, dos fantasmas famintos, dos animais, dos humanos, dos semideuses e dos deuses. Os três primeiros são reinos inferiores ou migrações infelizes e os três outros são reinos superiores ou migrações felizes. Embora do ponto de vista do karma que causa o renascimento, o reino dos deuses seja o mais elevado do samsara, o reino humano é considerado como o mais afortunado, porque ele nos fornece as melhores condições para atingirmos a libertação e a iluminação.
SEISHI (jap.) – veja Mahastamaprapta.
SEKITÔ KISEN (jap.) – veja Shih-T'ou Hsi-Ch'ien.
SENG-CHAO – monge chinês (374/8 -414) da escola San-Lun, renomado pensador e escritor.
SER SUPERIOR (“ariya” em sânscrito) – um ser que teve uma realização direta da vacuidade. Existem Hinayanas e Mahayanas Superiores.
SERES CELESTIAIS – constituídos por oito grupos: (1) devas: deuses que residem acima do plano humano e abaixo do celestial. Como ainda não se iluminaram, estão sujeitos ao ciclo de nascimento e morte (samsara); (2) nagas: serpentes ou dragões; são seres semidivinos benéficos que sobem aos céus na primavera e vivem nas profundezas da terra durante o inverno; (3) yakshas: fantasmas poderosos e rápidos, em geral maléficos, mas que às vezes agem como protetores do Darma; (4) ashuras: seres celestiais irados e conflituosos, que, de acordo com a mitologia indiana, lutam continuamente contra o deus Indra e vivem no fundo dos oceanos que cercam o Monte Meru (ou Sumeru); (5) garudas: aves celestiais dotadas de asas grandes e fortes; (6) gandharvas: músicos celestiais associados à corte de Indra, o monarca celestial; (7) kinnaras, também conhecidos como kimnaras: são músicos celestiais com corpo de forma humana e cabeça de cavalo com um chifre; os do sexo masculino cantam, e os do feminino dançam; (8) mahoragas: seres com forma de grandes cobras. Essas oito classes de seres fazem parte do séqüito do Buda Shakyamuni e são protetoras do Darma.
SERES SENCIENTES (sânscr., sattvas) – seres dotados de sensibilidade, incluindo seres celestiais, ashuras, humanos, animais, fantasmas famintos e seres do inferno. O budismo Mahayana considera que a natureza búdica é inerente a todos os seres sencientes; portanto, todos estão capacitados a alcançar a iluminação.
SESSHIN (jap.) – retiro Zen; “pôr junto ou reunir a mente” (que, em geral, está espalhada). Um intensivo retiro silencioso, que dura de dois a sete dias, em que a maior parte do dia, desde o amanhecer até o anoitecer, é dedicada à meditação.
SETE, 21, 35 OU 49 DIAS – no budismo, a consciência continua a existir e atuar no estado entre a morte e o renascimento (conhecido também como “interestado”). Ali, ela tem uma vida de sete dias, que pode se repetir até sete vezes (49 dias). Depois dos sete dias iniciais (primeiro estágio), a consciência passa pela experiência da morte – à espera das condições adequadas para o renascimento. Se tais condições não se apresentarem, a consciência renascerá no segundo estágio de sete dias. Após 49 dias, no máximo, a consciência necessariamente sai do interestado e renasce.
SETE CONSEQÜÊNCIAS DOS DESEJOS EXCESSIVOS – (1) roubar; (2) tomar objetos emprestados e não os devolver; (3) apropriar-nos de riquezas que nos tenham sido confiadas; (4) enganar nossos sócios com relatórios falsos ou métodos escusos para obter mais controle do que o originalmente acordado; (5) utilizar ilicitamente os recursos da empresa, seus suprimentos e materiais de escritório; (6) realizar atos de extorsão e chantagem, e (7) ganhar dinheiro com empresas que incentivem o jogo, o uso irresponsável de bebidas alcoólicas e drogas, a prostituição ou a matança de animais – atividades profissionais que o Buda aconselha evitar sempre que possível.
SETE FATORES DO DESPERTAR, ou Sete Características Bodhi – são os elementos necessários que conduzem o discípulo à Iluminação: (1) plena atenção (sati); (2) investigação do Darma (Dhamma-vicaya); (3) energia criadora (viriya); (4) alegria extática (piti); (5) tranqüilidade (kaya passadhi); (6) concentração (samadhi), e (7) equanimidade (upekka). Ou, dito de outra maneira: (1) discernimento do Darma, (2) ter consciência sobre o esforço, (3) alegrar-se no Darma, (4) ter consciência sobre a iluminação, (5) saber erradicar preocupações, (6) Iluminar-se pela liberação do apego, (7) esforço e concentração profundos para atingir perfeita estabilidade da mente.
SHA-MEN (chinês) – shramana.
SHAKTI – Princípio feminino que dá às divindades sua energia de atividade. De origem hinduísta, passou ao budismo tântrlco.
SHAKYA (sânscr.; páli, Sakka) – clã nobre da antiga Índia, no qual nasceu o Buda histórico, Shakyamuni; era composto por um povo guerreiro que habitava as montanhas do Himalaia, perto da atual fronteira entre a Índia e o Nepal, este local era o reino chamado Shakya, cuja capital era Kapilavastu, povoada por pequenas casas e vilarejos; ao sul ficava o país de Kosalae, mais além, o reino de Magadha, na área do atual estado de Bihar, perto de Rajgir, na Índia.
SHAKYAMUNI (sânscr. e páli, “Sábio dos Shakyas”) – o Buda histórico, título do príncipe Siddhartha Gautama (463-383 a.E.C.), fundador do budismo, que será seguido por Maitreya (sânscr., “o amoroso”), o Buda do Futuro, quinto e último a renascer na Terra.
SHAMATHA (sânscr., “estar na calma”) – na escola Gelugpa do budismo tibetano, enfatiza-se que o pré-requisito da “absorção meditativa” (samadhi) é o desenvolvimento intencional do “estar na calma”, ou “cessação”, e da “contemplação da verdadeira natureza de todas as coisas” (vipashyana). A cessação do pensamento ilusório acalma a mente, enquanto a contemplação leva à visão da realidade genuína, que é o vazio (shunyata). Shamatha é primeiro desenvolvida e, posteriormente, refinada em conexão com vipashyana. A cessação é comparada a um lago calmo e límpido no qual brinca o “peixe da contemplação”.
SHAMATHA-VIPASHYANA (sânscr.; chinês, chih-kuan; jap., shikan) – meditação de permanência serena (shamatha) e discernimento superior (vipashyana).
SHAMBHALA (sânscr.) – reino mítico da Índia, onde teriam se originado os ensinamentos tântricos de Kalachakra do budismo vajrayana.
SHAN-WU-WEI (chinês) – Shubbarasimha.
SHANTIDEVA (687-763 E.C.) – grande erudito budista da filosofia Madhyamika e mestre de meditação indiano. Escreveu diversos textos sobre o budismo Mahayana, dentre os quais o mais famoso é o Guia do Estilo de Vida do Bodhisattva.
SHAO-LIN[-SSU] (chinês; jap., Shôrin-Ji) – monastério chinês, construído em 477, onde Bodhidharma se fixou e iniciou o budismo Zen na China.
SHARIPUTRA (páli, Sariputta) – um dos dez grandes discípulos do Buda. Era de família brâmane e logo alcançou reconhecimento, graças à sua grande sabedoria. Supõe-se que tenha morrido alguns meses antes do Buda. Após a iluminação do Buda, tornou-se seu seguidor, juntamente com seu amigo de infancia Mahamaudgalyayana. Daí a razão de imagens dos dois serem tão freqüentemente encontradas nos templos ao lado do Buda. Também conhecido como Upatissa.
SHASTRA (sânscr.) – “instruções”; comentários filosóficos e didáticos escritos por pensadores Mahayana a respeito dos sutras budistas.
SHI CHIA MO NI FO (chinês) – Buda Shakyamuni.
SHIGUSEIGAN (jap.) – quatro grandes votos do bodhisattva: (1) salvar todos os seres, (2) eliminar todas as ilusões, (3) penetrar em todos os Darmas, e (4) realizar o caminho de Buda.
SHIH CHI (chinês) – registros dos historiadores.
SHIH-ERH-MEN-LUN (chinês) – Tatado dos Doze Portais.
SHIH-PU-ERH-MEN (chinês) – dez unidades.
SHIH-SUNG-LÜ (chinês) – regras de disciplina em dez categorias.
SHIN, BUDISMO – também conhecido como a seita da Terra Pura; seu fundador, na China (a seita do Lótus Branco, fundada por volta do ano 400), foi Hui Yuan (334-416) e, no Japão, Bonem (1133-1211).
SHIH-T'OU HSI-CH'IEN (chinês; jap., Sekitô Kisen) – monge Zen chinês (864-949), autor do Ts'ang-T'ung-C'hi (jap. Sandôkai).
SHIH-TZA (chinês) – veja Mahastamaprapta.
SHIKAN (jap.) – veja Shamatha-Vipashyana.
SHIKAN TAZA (jap.) – sentar-se apenas; zazen. “Shikan” quer dizer “sinceridade”, “ta” significa “acertar” e “za” significa “zazen”. A cada momento, temos de acertar o centro do alvo, que é o zazen.
SHINGON[-SHÛ] (jap.) – escola da Palavra Verdadeira, uma escola budista Vajrayana japonesa, fundada pelo monge Kobo Daishi, em chinês Kû Kai (774-835), com base nos ensinamento da escola Mi-Tsung chinesa. Sua prática inclui o uso extensivo de ritual, de mantras e mudras manuais. A realidade suprema é personificada no Buda Maha-Vairocana, o qual é identificado com Amaterasu, a deusa-sol.
SHINRAN – monge japonês (1173-1262), que fundou a escola Jôdo-Shin[-Shû] a partir dos ensinamentos da escola Jôdo[-Shû].
SHIN[-SHÛ] – veja Jôdo-Shin[-Shû].
SHÔBÔ-GENZÔ (jap.) – Tesouro do Verdadeiro Olho do Darma; obra-prima do monge Zen japonês Dôgen Zenji. Compõe-se de noventa e cinco fascículos ou livros escritos entre 1231 e 1253.
SHÔRIN[-JI] (jap.) – veja Shao-Lin-Ssu.
SHRADDA (sânscr.) – fé; manter-se inabalável.
SHRAVAKA (sânscr.; chinês, Sheng-Won; jap., Shômon; tib., Nyan Thos/ Nyent'hö) – originalmente, o nome de um discípulo do Buda que ouviu, diretamente, o ensinamento do Buda Shakyamuni e que alcançou o Nirvana (um arhat). Por extensão, no budismo Mahayana, o termo significa um “ouvinte” ou “escutador”, um seguidor do Caminho do Buda que não se interessa pela iluminação dos outros.
SHUNYA (sânscr.; páli, sunna; jap., kü; tib., tongpa/ stong pa) – vazio; ausência de uma existência inerente, independente.
SHUNYATA (sânscr.; páli, sunyata) – “vazio”, vacuidade; ausência de essência ou de qualquer aspecto permanente. Todos os fenômenos são vazios. Por vezes traduzido por “transparente” ou “aberto”. Assim, um Bodhisattva percorre os seis estágios de perfeição (paramita), para, então, atingir este sétimo estágio, estando agora em condição de entender o que significa shunyata e perceber a verdadeira natureza da realidade. Neste ponto o bodhisattva não recua mais para estágios anteriores, e avança através das perfeições remanescentes até a total condição de um Buda, que está além do décimo estágio. Por exemplo, Avalokitesvara está no nono estágio.
SIKSAMANA – aspirantes muito jovens para entrar na comunidade e que seguem regras especiais.
SILA (páli; sânscr., shila) – preceitos morais; virtude. Às vezes, também no sentido de disciplina, sila faz parte do grupo original de três práticas para o progresso espiritual, ao lado da sabedoria e da concentração; uma das seis paramitas.
SIDDHARTA (sânscr.) – “realização de todos os seres”; abreviatura de Sarvarthasiddha.
SIDDHARTHA GAUTAMA (sânscr.; páli, Siddhattha Gotama) – o fundador do budismo, o Buda histórico (563 – 483 a.C.).
SIDDHI (sânscr.) – no budismo Vajrayana, poderes sobrenaturais surgidos a partir do controle do corpo e da mente.
SÍMBOLOS AUSPICIOSOS (sânscr., ashtanga-mangala) – oito símbolos, representando: (1) a dignidade (pára-sol), (2) o poder (peixes), (3) a vitória mundana (concha), (4) a pureza (lótus), (5) a imortalidade (vaso), (6) a vitória espiritual (estandarte), (7) a eternidade (nó sem fim), e (8) o ensinamento do Buda (roda do Darma).