Jacques Lacan

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Só conheço o Içami Tiba através de PPS que um ou outro me enviam. Conheço-o também pelos jornais e revistas. Quanto a Freud, Jung, Fromm e Lacan eu os tenho lido muito. Não tenho uma preferência especial por nenhum deles, embora eu goste um pouco mais de Lacan, não por ser católico, mas por ser filósofo e trazer profundas reflexões sobre as questões dos significantes e dos significados.

Também aprecio muito Victor Frankl com sua teoria do “sentido”. Muitas pessoas questionam Freud, mas sem apresentar alternativa alguma. Não foi assim com dois de seus críticos: Albert Schweitzer  e Jung. O primeiro questiona o pessimismo de Freud e apresenta a possibilidade de uma “regeneração” do mundo com a redescoberta do que ele chama de “Lebensanschauung” (princípio orientador da vida), em sua obra “Decadência e regeneração da cultura” (Ed. Melhoramentos, 1959). O segundo descobre a importância da religião como arquétipo (estrutura), ou seja, como dimensão do ser humano. E também analisa em profundidade um tema que já era perceptível na Idade Média, mas sem ainda uma fundamentação: a existência de duas almas – anima e animus – tanto no homem quando na mulher, proporcionando tanto a este quanto àquela um melhor auto-conhecimento tanto de si quanto do outro sexo para que haja um verdadeiro entendimento entre os dois. Jung, Fromm e Lacan têm, todos eles, pensamentos com raízes em Freud. Cada um deles, assim penso, conseguiu ir além de Freud, sem desmerecer a importância dele, que soube, realmente, numa realidade marcada pelo cientificismo, retomar algo primitivo (os mitos) e poder assim navegar por um ambiente inóspito, tenebroso, oceânico, lodoso e escuro que é o inconsciente humano.

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