Mah?bh?rata (Parte 2)
1. Casando-se com Draupadi
De Ekachakra, os Pandavas disfarçados de Brahmins, chegaram em Panchal para acompanhar a cerimônia de Swyambara de Draupadi. Eles já tinham ouvido falar da beleza divina de Draupadi, a filha do rei Drupad.
Na assembléia de Swyambara, os Pandavas sentaram próximos aos outros Brahmins, longe dos dignitários reais. Ninguém na assembléia reconheceu os Pandavas. Krishna, o rei de Dwarka, estava presente como convidado honorário.
Na hora apropriada, o rei Drupad cumprimentou e honrou todos os participantes e anunciou que sua filha DraupadiDraupadi, acompanhada por seu irmão Dhrishtadyumna, entrou no salão do Swyambara. Logo que ela entrou, todos os olhos se voltaram para Ela. Ela parecia uma ninfa celestial. estava indo à direção ao ponto de encontro. No meio dos sons de cornetas, tambores e músicas melodiosas, a princesa
Dentro de um curto tempo, Drishtadyumna dirigindo-se a assembléia disse: “Honrados príncipes, vocês podem ver um peixe pendurado a uma roda giratória presa no topo se um poste. O reflexo do peixe é visto em uma panela larga e cheia de óleo, colocada embaixo do poste. Dos competidores, aquele que acertar o olho do peixe olhando o reflexo, deverá receber a mão de minha irmã Draupadi”.
Um arco com flechas foi colocado no palco para o ato de coragem.
O evento começou e um número de príncipes veio à frente e tentaram sua sorte um após o outro. Mas nenhum deles teve sucesso. Um por um, eles retornaram aos seus lugares com cara de perdedores.
Na volta de Karna, Draupadi se expressou. Ela recusou casar-se com Karna pela falta de linhagem real. Karna era o filho de um cocheiro. Karna deixou o hall em ressentimento.
Drupad e Dhrishtadyumna estavam ficando preocupados desde que todos os príncipes presentes na cerimônia tinham falhado. Finalmente, Arjuna, disfarçado de Brahmin, levantou-se e avançou através do palco. As pessoas estavam impressionadas de ver um Brahmin enfrentando os príncipes valentes. Sendo um Brahmin em disfarce, o qual pertencia a uma casta superior aos Kshatrias (príncipes guerreiros), Arjuna não poderia ser impedido.
“Ele deve ter ido à loucura!”, observou um dos Brahmins.
Ficando calmo e controlado, Arjuna pegou o arco e a flecha. Ele olhou para baixo, em direção ao reflexo do peixe na panela com óleo e puxou a corda do arco, e lançou a flecha. Num instante, a flecha foi arremessada com um zunido e acertou o olho do peixe. As pessoas não podiam acreditar que um Brahmin poderia dominar a arte do arco-e-flecha melhor do que qualquer príncipe poderia.
A princesa sentiu-se insultada e veio à frente para matar Arjuna. Imediatamente o resto dos Pandavas se agrupou para defender Arjuna. Logo, todas as pessoas perceberam a força e a técnica dos cinco irmãos, os Pandavas. Finalmente, Krishna entrou e pediu à princesa frustrada que tomasse graciosamente o erro deles e a luta parou.
Duryodhana adivinhou que o vencedor deveria ser Arjuna, e os outros quatro irmãos Brahmins deveriam ser os irmãos Pandavas. Ele estava maravilhado de como eles puderam escapar do fogo em Varnavat.
2. Voltando para Hastinapura
Os Pandavas voltaram para casa com Draupadi sendo a esposa de Arjuna. Kunti estava esperando por eles pensando que seus cinco filhos retornariam para casa logo com a coleta diária deles de esmolas.
Yudhishthira, logo que alcançou a casa, falou: “Olhe mãe, o que nós trouxemos hoje para a senhora!”
Kunti estava dentro de casa, e não pode ver do que Yudhishthira sobre o que estava falando. Então, mesmo sem ter visto, Ela disse: “Dividam igualmente entre todos vocês!”. Mas logo que soube que se tratava de Draupadi, Kunti “Meus filhos, eu tinha a impressão de que vocês haviam trazido alguma esmola de alguma pessoa caridosa. Foi por isso que eu lhes disse para dividir igualitariamente”. Mas uma vez que tinha falado, Srimati Kunti não pode voltar atrás, então os seus cinco filhos tomaram Draupadi como esposa. Draupadi aceitou. Então ela ficou sabendo que Eles eram os irmãos Pandavas. Então ela agradeceu as estrelas por ter se tornado a noiva da família real de Hastinapura ficou envergonhada. Então ela arrependeu-se e disse:
Após o Swayambara, Dhrishtadyumna, irão de Draupadi, furtivamente seguiu os cinco irmãos Brahmans, e descobriu a verdadeira identidade deles. Feliz, ele retornou para casa para informar a seu pai Drupada, que os maridos de Draupadi não eram ninguém mais dos que os Pandavas. A família real, imediatamente, decidiu fazer uma festa para a celebração. Durante a celebração, as identidades dos Pandavas foram reveladas, e o rei Drupada, tornou-se um próximo aliado.
As novas alcançaram a cidade de Hastinapura. Bhisma avisou Dhritarashtra para dar a metade do reino para os Pandavas. Duryodhana não gostou da idéia, mas ficou quieto, e estava esperando uma próxima oportunidade para apagar os Pandavas.
Dhritarashtra enviou Vidur, o seu primeiro ministro, para o rei Drupada, para que voltasse com os Pandavas para Hastinapura. Os Pandavas concordaram, e prontamente retornaram para Hastinapura, junto com Kunti e Draupadi. Nas suas chegadas, uma grande cerimônia de boas-vindas foi dada a princesa, que as pessoas pensavam que tinha morrido numa feira. Eles ficaram alegres de ver todos juntos e juntaram-se na celebração.
Os Pandavas tocaram os pés de todos os mais velhos, Bhisma, Dhritrarashtra, Vidur, Dronacharya, e outros, e estavam felizes por terem retornado. Dhritarashtra, em consulta com seus membros da corte, ofereceu Khandavprastha para os Pandavas ocuparem o trono. Yudhishtriha, modesto e obsequioso que era, aceitou a oferta e foi para Khandavprastha, como sendo seu próprio reino.
No devido curso do tempo, os Pandavas fizeram Indraprashtha a capital do Khandaprastha. Indraprastha tornou-se um belo centro, com um palácio imponente. As pessoas estavam felizes e amavam seu rei, Yudhishthira.
Com o objetivo de evitar um mal entendiemnto, Narada avisou os Pandavas para redigirem um Código de Conduta, no qual, cada um deles pudesse ficar na companhia de Draupadi em completa privacidade. Caso alguém fosse interrompido, o violador teria que se exilar pó rum período de 12 anos.
3. O exílio de Arjuna
Tudo estava indo bem, até que um dia um Brahmin veio amargurado choramingar para Arjuna. Ladrões haviam roubadoas suas vacas. Arjuna o consolou e prometeu-lhe que iria procurar pelos ladrões. Mas ele se deu conta de que as armas estavam debaixo da cama, onde estava Draupadi, e naquele momento, Yudhishthira esta com Draupadi. Então Arjuna ficou num grande dilema. Mas ele preferiu violar a sua promessa e ir para o exílio, em vez que falhar na promessa de ajudar aquele Brahmin. Ele bateu na porta, pediu desculpas, pegou seu arco e flechas e foi atrás dos ladrões.
Arjuna retornou após ter recuperado as vacas do Brahmin. Então ele foi até o seu irmão mais velho e pediu-lhe desculpas por ter quebrado o código. Arjuna disse: “Eu violei o acordo que fizemos, e agora eu lhe peço permissão para ir para o exílio por 12 anos”. Yudhishthira tentou persuadir Arjuna para mudar a sua mente, uma vez que havia entrado na privacidade do quarto tendo em vista proteger, e não por uma razão pessoal. Mas Arjuna insistiu em obedecer as regras estabelecidas pelo sábio Narada, e que todos os Pandavas em comum acordo haviam concordado, sem fazer qualquer exceção, e brevemente foi para a floresta.
De Indraprastha, Arjuna primeiro foi para os Himalayas, e passou seu tempo acompanhado de sábios, participando dos seus discursos e praticando os rituais religiosos.
Um dia Ulupi, filha do rei Naga, que era o governador do mundo das serpentes debaixo d’água, viu ocupado com seus deveres religiosos. A linda personalidade de Arjuna sempre atraiu as donzelas. Ulupi não era uma exceção. Ela imediatamente se apaixonou por ele e decidiu raptar ArjunaArjuna foi tomar um banho no rio, ela o agarrou e levou ele para o reino submarino de seu pai. Arjuna estava confuso pelo seqüestro e perguntou Ulupi das suas intenções. Arjuna para casar-se com ela. Então, quando
Ulupi explicou, “Eu sou a princesa do reino de Naga. Me desculpe pela inconveniência causada a você. Eu trouxe você aqui para que torne-se meu marido. Você não tem como escapar.”
Arjuna não tinha escolha. Ele aceitou a proposta oferecida por Uliupi e ficou com ela por um tempo. Então um dia Arjuna recorreu a Ulupi, dando a razão da impossibilidade de ficar com ela enquanto ele estava incubido de viajar durante seu período de exílio. Ulupi aceitou e levou Arjuna de volta à superfície. Depois de despedir-se dele, ela deu para Arjuna uma bênção de proteção contra a mordida de qualquer criatura.
Arjuna então seguiu em uma longa jornada pelo leste, e finalmente chegou a Manipur. Chitravahana era o rei de Manipur. Ele concedeu a Arjuna uma calorosa festa de boas-vindas então Arjuna decidiu ficar com ele por um tempo. tinha uma linda filha, Chitrangada. Chitravahana
Arjuna estava fascinado pela beleza de Chitrangada e decidiu casar-se com ela. Então ele se aproximou de Chitravahana para pedir a mão de Chitrangada em casamento. Chitravahana estava feliz, mas ele impôs uma condição para o casamento: “Chitrangada é minha única filha e eu não tenho nenhum herdeiro para continuar minha dinastia. Então, eu decidi adotar o filho dela. Se você pretende se casar com Chitrangada, você deve me dar o filho dela, que será coroado o príncipe do meu reino.”
Arjuna aceitou a condição e se casou com Chitrangada. Finalmente, um filho nasceu, que depois de três anos foi adotado por Chitravahana. Então Arjuna continuou sua jornada, como esperado, deixando Chitrangada em Manipur.
Depois de sair de Manipur, Arjuna foi viajando ao sul, alcançando o litoral (próximo ao atual centro de peregrinação de Puri). Lá ele estava novamente na companhia de santos e sábios.
Um dia, os sábios reclamaram para Arjuna de que as águas próximas estavam infestadas de ferozes crocodilos. Eles tinham que fazer um longo caminho para chegar às águas para tomar banho. Arjuna prometeu que iria espantar os crocodilos. Consciente da bênção de Ulupi, Arjuna pulou nas águas para matar os crocodilos. Logo, um imenso crocodilo pegou sua perna e Arjuna imediatamente arrastou o crocodilo para fora d’água. Para sua total surpresa, o crocodilo instantaneamente se transformou numa ninfa divina, e Arjuna perguntou, “Quem é você?”. A ninfa respondeu, “Há muito tempo, minhas quatro amigas e eu estávamos brincando na água e ofendemos um sábio. O sábio nos amaldiçoou para que nos tornássemos crocodilos e ficássemos na água para sempre. Nós nos desculpamos e imploramos por piedade. O sábio sentiu pena de nós e retirou a maldição, dizendo que nós seríamos resgatados após muitos anos depois quando um virtuoso guerreiro iria nos tirar da água. Nós seríamos então transformadas de volta no que éramos. Então, por favor, seja bondoso e retire minhas outras quatro amigas também.”
Arjuna aceitou, e um por um tirou os outros quatro crocodilos. Tal como o primeiro, eles também adquiriram sua forma real de donzelas divinas. Todas elas agradeceram muito Arjuna por ter as liberado; então elas partiram para a sua moradia divina.
4. Em Dwaraka, casamento com Subhadra
Depois de um tempo, Arjuna foi em direção a Prabhas, localizada na costa oeste da Índia, para tomar seu tempo em meditação. Lá ele decidiu ir para Dwaraka para ficar com Krishna, seu melhor amigo. O irmão mais velho de Krishna, Balarama, o rei, realizou uma calorosa recepção para Arjuna e Arjuna ficou em Dwaraka por alguns dias.
Um dia Arjuna prestou muita atenção em Subhadra, a irmã de Krishna, e se apaixonou por ela. Balarama, de qualquer forma, já tinha escolhido Duryodhana como o futuro marido de Subhadra. Quando Krishna preveu a situação, Ele indiretamente sugeriu que Arjuna fugisse com Subhadra, dizendo “Um Kshatriya como você nunca implora para ganhar o amor da sua amada. Ele ganha a mão dela à força.”
Arjuna entendeu a dica. Ele pegou a carruagem de Krishna e forçadamente pegou Subhadra quando ela estava voltando do templo. Balarama se irritou e chamou Krishna antes de entrar em guerra com Arjuna. Ele adivinhou que o rapto teria sido cometido com o apoio de Krishna.
Balarama reclamou para Krishna. “É vergonhoso tolerar essa falta de Arjuna, seu melhor amigo. Eu nunca imaginaria que um convidado real como ele retornasse nosso favor através desse ato. O que você tem a dizer antes de irmos atrás de Arjuna?”
Krishna ouviu as alegações cuidadosamente e falou pacificamente.
“Irmão Balarama, não é um orgulho para nós termos ligação com os Pandavas? Eles serão nossos fortes aliados. Arjuna é invencível, e se nós formos derrotados, será mais vergonhoso. Eu irei sugerir que nós honradamente chamemos Arjuna de volta e arranjemos um casamento real entre Subhadra e Arjuna.”
Balarama compreendeu a gravidade da situação e percebeu as chances de ganhar uma luta contra Arjuna. Assim, ele logo organizou tudo para o casamento real e Arjuna foi para Pushkar, perto da atual Ajmer. Lá ele passou o resto do seu tempo de exílio.
5. Retorno do exílio
Depois de completar o período de exílio, Arjuna retornou para Indraprashtha com Subadra. Enquanto Arjuna foi ver Yudhishthira para prestar seu respeito, Subhadra foi ver Kunti e tocou seus pés com grande reverência. DraupadiSubhadra conquistou seu coração num piscar de olhos. “Irmã, por favor, me aceite como sua empregada” disse Subhadra com uma voz humilde. estava muito preocupada no começo mas a humildade de
Balarama e Krishna vieram à Indraprastha para participar da celebração pela volta de Arjuna e para fortalecer suas relações com os Pandavas como parentes. Depois de alguns dias Balarama retornou à Dwaraka e Krishna escolheu ficar por ali.
Logo, Subhadra deu a luz a um adorável filho que foi chamado de Abhimanyu. Draupadi deu a luz a cinco filhos – um de cada um de seus maridos. Aos poucos os príncipes dos Pandavas cresceram e atingiram a idade adulta tão fortes que seus pais, tios e todos estavam orgulhosos deles.
O Mahabharata
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