O Ilusório e o Real (Deus)

VISÃO DO BRAMANISMO

“Ó Tu, diante de quem todas as palavras recuam”

  Shankaracharya

 

Os antigos sábios (rishis) hindus se dedicaram à tarefa de defini-Lo como Parabrahman ou Brahman, a Consciência não manifesta, que pelo poder de sua Maya (mágica ou ilusão) atua como Ishvara, o Senhor do Universo. Brahman é Aquele que, manifestado na criação, combina os poderes de Criador (Brahma), Preservador ou Sustentador (Vishnu) e Destruidor ou Transformador (Shiva), representações dos diversos poderes do mesmo e único Deus, constituintes da sagrada trindade, a Trimurti hindu.

Afirmam que o mundo foi criado através de uma energia vibratória, representada por uma sílaba: o AUM ou OM. No Bhagavad Gita 13:13-18, há uma linda descrição do Criador: “… o Brahman supremo e eterno, que não é existência nem inexistência. Deus não existe nem inexiste. Embora residindo em todas as formas, é Ele sem forma… É Ele que abrange, sustenta e ilumina o mundo, glorioso em todo o Seu poder, porém não limitado por coisa alguma; Senhor de toda a obra e não ligado por obra alguma. Movente de tudo e não movido por nada; Ele que ninguém pode abranger e que tudo abrange, o Único, o Indivisível. …é Ele o poder que tudo cria e tudo destrói. É Ele a Luz das luzes, para além de todas as trevas; o Conhecedor… o próprio Conhecimento, que reside no âmago de todas as coisas”.

 

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