Os Chakras

4. CHAKRA ETÉRICO ANAHATA ou CARDÍACO

Relacionado com o poder da compaixão e do amor, altruísta, incondicional e não-egoísta, Anahata significa “intocado”. Localiza-se na região precordial (cardíaca), por onde aflui a energia do Prana Pran, relacionando-se com a respiração (elemento ar), com a duplicação celular e com a atividade imunológica do timo, estando, por isso mesmo, correlacionado com o câncer. Esse ponto é conhecido pelos chineses como Chung-kung 27:118, o “Palácio Central”. Sua contraparte posterior situa-se coluna torácica, e é conhecida pelos chineses como Chai-chi 27:53. A imagem pictográfica de Jesus, e de vários santos católicos, com um facho de luz resplandecente saindo da região cardíaca, representa a energia do amor incondicional, emanando desse Chakra etérico (Cf. nos ANEXOS).

Para Carl Ransom Rogers (1.902-1.987), a pessoa capaz de aceitar incondicionalmente o outro consegue facilitar a mudança neste. Mas para isso, a auto-aceitação é o pré-requisito. Mas como é difícil aceitarmos os nossos erros, enganos e fracassos. Como é difícil nos aceitarmos imperfeitos. Errar não é “pecado”, embora conscientemente querer se manter no erro possa o ser. Mas é essa noção de “pecado”, que fica gravada energeticamente na figura psicológica do “Pai” crítico e juiz, que nos faz querer ser quem realmente não somos.

“Quem não se permite errar, não tem permissão para criar e não tem permissão também para fazer. Quem não se permite errar, está impedido de arriscar e, portanto, de viver no sentido de expansão e evolução. Errar não é nenhuma vergonha; é uma oportunidade de aprender e crescer…”  24:113.

Roberto Crema

psicólogo transpessoal

O nosso perfeccionismo forma um complexo energético que fica aprisionado no Chakra cardíaco e dessa forma nos impede de amar o outro incondicionalmente da forma como ele realmente é. Através de sua porção anterior (cardíaca) nos ligamos com cordões energéticos àquelas pessoas a quem amamos: nossos filhos, pais, cônjuges, animais ou qualquer criatura. Em sua porção posterior (entre as escápulas) está o centro de nossa vontade de satisfazer os desejos de nosso ego.

À medida que esse centro se torna mais energizado, começamos a perceber que não somos o nosso corpo físico, não somos nossas atitudes nem os nossos instintos, não somos nossas emoções nem nossos pensamentos e não somos a “Criança”, nem o “Pai” nem o “Adulto”. Começamos a perceber que somos parte da humanidade, que estamos unidos a ela de uma forma irrevogável. Começamos a perceber que somos uma parte da Natureza e que também estamos unidos “irremediavelmente” a ela.

Várias escolas psicoterapêuticas centram os seus trabalho nas energias desse Chakra etérico, como o Psicodrama (teatro de improviso) de Jacob Lévy Moreno (1.892-1.974) e as modernas cardiopsicologia e psiconeuroimunologia. Sua disfunção pode levar a mecanismos violentos de resposta aos outros, incapacidade de amar impondo condições ao amor ou sufocando o ente amado com sentimentos de posse ou superproteção que podem levar a alterações físicas como arritmias, hipertensão arterial, rubores faciais, síndrome do pânico, estresse, hipercolesterolemia e até câncer. Angústia, melancolia, falta de ar (cansaço), desânimo ou sensação de vazio no peito, com ausência de sentimentos e emoções, também podem ocorrer.

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