Eu não sei para que serve coisa alguma.
Propósito é significado. A idéia de hoje explica por que nada do que vês significa coisa alguma. Não sabes para que servem as coisas. Portanto, não têm significado para ti. Tudo é para o teu próprio interesse. É para isso que serve; é esse o seu propósito, é isso o que significa. É reconhecendo isso que as tuas metas vêm a ser unificadas. É no reconhecimento disso que o que vês é revestido de significado.
Tu percebes o mundo e tudo nele como significativo em termos das metas do ego. Essas metas não têm nada a ver com os teus maiores interesses, porque tu não és o ego. Essa falsa identificação faz com que sejas incapaz de compreender para que serve qualquer coisa. Como resultado, estás fadado a usá-las equivocadamente. Quando acreditares nisso, tentarás retirar as metas que designaste para o mundo, ao invés de tentares reforçá-las.
Um outro modo de descrever as metas que ora percebes é dizer que estão todas relacionadas com interesses “pessoais”. Como não tens interesses pessoais, as tuas metas, na realidade, concernem o nada. Portanto, ao valorizá-las não tens absolutamente nenhuma meta. E, assim, não sabes para que serve coisa alguma.
Antes que os exercícios de hoje possam fazer qualquer sentido para ti, mais um pensamento é necessário. Em níveis mais superficiais tu, de fato, reconheces o propósito. Mas o propósito não pode ser compreendido nesses níveis. Por exemplo, de fato compreendes que o telefone existe para o propósito de falar com alguém que não está fisicamente na tua vizinhança imediata. O que não compreendes é a razão pela qual queres alcançá-lo. E é isso que faz com que o teu contato com ele seja significativo ou não.
É crucial para o teu aprendizado que estejas disposto a desistir das metas que estabeleceste para todas as coisas. O reconhecimento de que elas são sem significado, ao invés de “boas” ou “más”, é o único caminho para realizar isso. A idéia para o dia de hoje é um passo nessa direção.
São requeridos seis períodos de prática, cada um com a duração de dois minutos. Cada período deve começar com uma lenta repetição da idéia de hoje, em seguida olha à tua volta e deixa o teu olhar pousar em qualquer coisa que casualmente capte os teus olhos, perto ou longe, “importante” ou “sem importância”, “humano”, ou “não-humano”. Com os teus olhos em cada sujeito selecionado deste modo, dize por exemplo:
Eu não sei para que serve essa cadeira.
Eu não sei para que serve esse lápis.
Eu não sei para que serve essa mão.
Dize isso de maneira bem lenta, sem deslocar os teus olhos do sujeito até que tenhas completado a declaração referente a ele. Passa, então, para o próximo e aplica a idéia de hoje como antes.