A decisão de esquecer

Capítulo 10 – OS ÍDOLOS DA DOENÇA

II. A decisão de esquecer

1. A não ser que em primeiro lugar conheças alguma coisa, não podes dissociá-la. O conhecimento necessariamente precede a dissociação, de modo que a dissociação nada mais é do que uma decisão de esquecer. Então, o que foi esquecido parece ser amedrontador, mas apenas porque a dissociação é um ataque à verdade. Tu estás amedrontado porque esqueceste. E substituíste o teu conhecimento por uma consciência de sonhos, porque tens medo da tua dissociação e não do que dissociaste. Quando o que dissociaste é aceito, deixa de ser amedrontador.

 

2. No entanto, desistir da dissociação da realidade traz mais do que apenas a ausência do medo. Nesta decisão está a alegria, a paz e a glória da criação. Oferece ao Espírito Santo apenas a tua disponibilidade para lembrar, pois Ele retém o conhecimento de Deus e o teu próprio para ti, esperando a tua aceitação. Desiste com contentamento de tudo o que impediria a tua lembrança, pois Deus está na tua memória. A Sua Voz vai te dizer que és parte Dele, quando estiveres disposto a lembrar-te Dele e a conhecer de novo a tua própria realidade. Não permitas que nada nesse mundo adie a tua lembrança Dele, pois nesta lembrança está o conhecimento de ti mesmo.                                                             

3. Lembrar é apenas restaurar na tua mente o que já está lá. Não fazes aquilo que lembras; meramente aceitas outra vez o que já está lá, mas foi rejeitado. A capacidade de aceitar a verdade nesse mundo é a contraparte perceptível do que é criar no Reino. Deus fará a Sua parte se fizeres a tua e em troca da tua a Sua retribuição é a troca da percepção pelo conhecimento. Nada está além da Sua Vontade para ti. Mas dá significação à tua vontade de lembrá-Lo e, eis aí! Ele te dará tudo se apenas pedires.

4. Quando atacas, estás negando a ti mesmo. Estás especificamente ensinando a ti mesmo que não és o que és. A tua negação da realidade exclui a aceitação da dádiva de Deus, porque aceitaste uma outra coisa em seu lugar. Se compreenderes que isso é sempre um ataque à verdade, e a verdade é Deus, reconhecerás porque isso é sempre amedrontador. Se, além disso reconheceres que és parte de Deus, compreenderás porque sempre atacas a ti mesmo em primeiro lugar.

5. Todo ataque é um ataque a ti mesmo. Não pode ser nenhuma outra coisa. Surgindo da tua própria decisão de não ser o que és, é um ataque à tua identificação. O ataque é, portanto, o caminho no qual a tua identificação está perdida, porque quando atacas tens que ter esquecido o que és. E se a tua realidade é a de Deus, quando atacas não estás te lembrando Dele. Isso não acontece porque Ele tenha ido embora, mas porque tu estás ativamente escolhendo não lembrar-te Dele.                                                                                      

6. Se reconhecesses o completo caos que isso traz à paz da tua mente, não poderias tomar uma decisão tão insana.  Só a tomas, porque ainda acreditas que ela pode te trazer alguma coisa que queres. Segue-se, portanto, que queres alguma outra coisa além de paz, mas ainda não consideraste o que isso necessariamente é. Entretanto, o resultado lógico da tua decisão é perfeitamente claro, se apenas olhares para ele. Decidindo-te contra a tua realidade, te tornaste vigilante contra Deus e Seu Reino. E é essa vigilância que faz com que tenhas medo de te lembrares Dele.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *