Capítulo 6 – AS LIÇÕES DE AMOR
Introdução
1. A relação da raiva como ataque é óbvia, mas a relação da raiva com o medo nem sempre é tão evidente. A raiva sempre envolve a projeção da separação, que deve ser, em última instância, aceita como responsabilidade da própria pessoa em vez de ser imputada aos outros. A raiva não pode ocorrer a menos que acredites que foste atacado, que o teu ataque por sua vez é justificado e tu não és de forma alguma responsável por ele. Dadas essas três premissas totalmente irracionais, não se pode deixar de chegar à conclusão igualmente irracional de que um irmão merece ser atacado ao invés de amado. O que se pode esperar de premissas insanas exceto uma conclusão insana? O modo de desfazer uma conclusão insana é considerar a sanidade das premissas em que se baseia. Tu não podes ser atacado, o ataque não tem justificativa e tu és responsável por aquilo em que acreditas.