As lições do Espírito Santo

Capítulo 6 – AS LIÇÕES DE AMOR

V As lições do Espírito Santo

1. Como qualquer bom professor, o Espírito Santo conhece mais do que tu agora, mas só ensina para fazer com que sejas igual a Ele. Já havias ensinado errado a ti mesmo, tendo acreditado no que não era verdadeiro. 'Não acreditaste na tua própria perfei­ção. Iria Deus ensinar-te que tinhas feito uma mente dividida quando Ele só conhece a tua mente íntegra? O que Deus sabe é que Seus canais de comunicação não estão abertos para Ele, de modo que Ele não pode transmitir a Sua alegria e saber que Suas crianças são totalmente alegres. A doação da Sua alegria é um processo em andamento, não no tempo, mas na eternidade. A extensão de Deus para fora, embora não a Sua completeza, é blo­queada quando a Filiação não se comunica com Ele como um só. Assim Ele pensou: “Minhas crianças dormem e têm que ser des­pertadas”.

2. Como se pode despertar crianças de maneira mais benigna do que com uma Voz gentil Que não as assustará, mas apenas lhes lembrará que terminou a noite e veio a luz? Tu não as informas de que os pesadelos que tanto as assustaram não eram reais, por­que crianças acreditam em mágica. Meramente asseguras a elas de que agora estão a salvo. Então, tu as treinas para que reconhe­çam a diferença entre estar dormindo e estar desperto, de forma que compreendam que não precisam ter medo de sonhos. Assim, quando vêm os sonhos maus, por si mesmas chamarão a luz para dispersá-los.

3. Um professor sábio ensina através da aproximação e não pela abstenção. Não enfatiza o que tem que ser evitado de modo a escapar dos danos, mas o que precisa ser aprendido para se ter alegria. Considera o medo e a confusão que uma criança experi­mentaria se lhe fosse dito: “Não faças isso porque vai machucar-te e não estarás a salvo; mas se em vez disso fizeres aquilo, escaparás do dano, estarás a salvo e assim não sentirás medo.” Com certe­za, é melhor usar só três palavras: “Faze apenas isso.” Essa sim­ples afirmação é perfeitamente clara, facilmente compreendida e muito facilmente lembrada.

4. O Espírito Santo nunca faz uma lista dos erros porque não assusta as crianças e aqueles a quem falta juízo são crianças. En­tretanto, Ele sempre responde aos seus chamados e Sua fidedigni­dade faz com que elas tenham mais certeza. As crianças, de fato, confundem fantasia e realidade e se assustam porque não reco­nhecem a diferença. O Espírito Santo não faz nenhuma distinção entre sonhos. Simplesmente os ilumina, afastando-os. A Sua luz é sempre o chamado para o despertar, seja o que for que estejas sonhando. Não há nada que perdure nos sonhos e o Espírito San­to, brilhando com a luz do próprio Deus, fala apenas em favor daquilo que perdura para sempre.

A. Para ter, dá tudo a todos

1. Quando o teu corpo, o teu ego e os teus sonhos se forem, sabe­rás que durarás para sempre. Talvez penses que isso se realize através da morte, mas nada é realizável através da morte, porque a morte não é nada. 3Tudo é realizado através da vida e a vida é da mente e está na mente. O corpo nem vive nem morre, porque não pode conter a ti, que és vida. 5Se nós compartilhamos a mes­ma mente, tu podes superar a morte porque eu a superei. A mor­te é uma tentativa de resolver o conflito sem decidir nada. Como qualquer das outras soluções impossíveis que o ego tenta, essa não vai funcionar.

2. Deus não fez o corpo porque ele pode ser destruído e, portan­to, não é do Reino. O corpo é o símbolo do que pensas que és. É com toda a clareza um instrumento de separação e portanto não existe. O Espírito Santo, como sempre, toma o que tu fizeste e o traduz em um instrumento de aprendizado. Mais uma vez, como sempre, Ele re-interpreta o que o ego usa como argumento para a separação como uma demonstração contra isso. Se a men­te pode curar o corpo, mas o corpo não pode curar a mente, nesse caso, a mente tem que ser mais forte do que o corpo. Todo mila­gre demonstra isso.

3. Eu já disse que o Espírito Santo é a motivação para os milagres. Ele sempre te diz que só a mente é real, porque só a mente pode ser compartilhada. O corpo é separado e, portanto, não pode ser parte de ti. Ser uma única mente tem significado, mas ser um único corpo não tem. Nesse caso, pelas leis da mente, o corpo é sem significado.

4. Para o Espírito Santo não há ordem de dificuldades em mila­gres. Isso já te é bastante familiar a essa altura, mas ainda não veio a ser verossímil. Portanto, não compreendes e não podes usar isso. Nós temos muito a realizar em favor do Reino para deixar esse conceito crucial passar despercebido. É realmente uma pedra fundamental do sistema de pensamento que eu ensi­no e quero que tu ensines. Não podes apresentar milagres sem acreditar nisso, porque essa é a crença na perfeita igualdade. Só uma dádiva igual pode ser oferecida aos Filhos iguais de Deus e isso é apreciação plena. Nada mais e nada menos. Sem uma escala, a ordem de dificuldades não tem significado e não deve haver nenhuma escala naquilo que ofereces ao teu irmão.

5. O Espírito Santo, Que conduz a Deus, traduz a comunicação naquilo que é, do mesmo modo que Ele em última instância tra­duz percepção em conhecimento. Tu não perdes o que comuni­cas. O ego usa o corpo para o ataque, para o prazer e para o orgulho. A insanidade dessa percepção faz com que ela seja, de fato, amedrontadora. O Espírito Santo vê o corpo só como um meio de comunicação e como comunicar é compartilhar, ele vem a ser comunhão. Talvez penses que o medo, assim como o amor, pode ser comunicado e, portanto, compartilhado. No entanto, isso não é tão real como pode parecer. Aqueles que comunicam o medo estão promovendo o ataque e o ataque sempre quebra a comunicação, fazendo com que ela seja impossível. Os egos de fato se unem em aliança temporária, mas sempre em função do que cada um pode conseguir separadamente. O Espírito Santo só comunica o que cada um pode dar a todos. Ele nunca toma coisa alguma de volta porque quer que tu a conserves. Portanto. Seu ensinamento começa com a lição:

Para ter, dá tudo a todos.

6. Esse é um passo muito preliminar e o único que tens que dar por conta própria. Não é nem mesmo necessário que completes esse passo por ti mesmo, mas é necessário que te voltes nesta direção. Tendo escolhido ir por esse caminho, te colocas no co­mando da jornada onde tu e somente tu tens que permanecer. Esse passo pode aparentar exacerbar o conflito ao invés de resol­vê-lo, porque é o passo inicial para reverter a tua percepção e virá-Ia de cabeça para cima. Isso entra em conflito com a percep­ção invertida que ainda não abandonaste, ou não teria sido neces­sária a mudança de direção. Algumas pessoas permanecem nesse ponto durante um longo tempo, experimentando um conflito muito agudo. A essa altura, podem tentar aceitar o conflito ao invés de dar o próximo passo para a sua resolução. Tendo dado o primeiro passo, porém, serão ajudadas. Uma vez tendo escolhido o que não podem completar sozinhas, não estão mais sozinhas.

B. Para ter paz, ensina a paz para aprendê-la

1. Todas as pessoas que acreditam na separação têm um medo básico de retaliação e abandono. Acreditam em ataque e rejeição de modo que é isso que percebem, ensinam e aprendem. Essas idéias insanas são claramente o resultado da dissociação e da pro­jeção. O que ensinas, tu és, mas é bastante evidente que podes ensinar errado e podes, portanto, ensinar errado a ti mesmo. Muitos pensaram que eu os estava atacando, embora fosse evi­dente que não estava. Um aprendiz insano aprende lições estra­nhas. 'O que tens que reconhecer é que quando não compartilhas um sistema de pensamento, tu o estás enfraquecendo. Aqueles que acreditam nele, portanto, percebem isso como um ataque a si próprios. Isso porque todos se identificam com seu sistema de pensamento e todo sistema de pensamento está centrado no que tu acreditas que és. Se o centro do sistema de pensamento é verdadeiro, só a verdade se estende a partir dele. Mas se uma mentira está no centro, só o engano procede dele.

2. Todos os bons professores reconhecem que só uma mudança fundamental durará, mas eles não começam nesse nível. Fortale­cer a motivação para a mudança é a sua primeira e principal meta. É também a sua última e final. Aumentar a motivação para a mudança no aprendiz é tudo o que um professor precisa fazer para garantir a mudança. A mudança na motivação é uma mudança na mente e isso não pode deixar de produzir uma mu­dança fundamental porque a mente é fundamental.

3. O primeiro passo no processo de reversão ou desfazer é o des­fazer do conceito de receber. Correspondentemente, a primeira lição do Espírito Santo foi “Para ter, dá tudo a todos.” Eu disse que isso pode aumentar o conflito temporariamente e podemos esclarecer isso ainda mais agora. Nesse ponto, a igualdade de ter e ser ainda não é percebida. Até que seja, ter aparenta ser o opos­to de dar. Portanto, a primeira lição parece conter uma contradi­ção, já que está sendo aprendida por uma mente conflitada. Isso significa motivação conflitante e assim a lição ainda não pode ser aprendida de modo consistente. Além disso, a mente do apren­diz projeta seu próprio conflito e assim não percebe consistência nas mentes dos outros, fazendo com que ele desconfie da motiva­ção dos outros. Essa é a razão real pela qual, em muitos aspectos, a primeira lição é a mais difícil de se aprender. Ainda ciente do ego em ti mesmo de modo muito forte e respondendo de maneira primária ao ego nos outros, estás sendo ensinado a reagir a am­bos como se o que acreditas não fosse verdadeiro.

4. O ego, como sempre de cabeça para baixo, percebe a primeira lição como insana. De fato, essa é a sua única alternativa, já que a outra possibilidade, que seria muito menos aceitável para ele, seria a de que, obviamente, ele é insano. O julgamento do ego aqui, como sempre, é pré-determinado pelo que ele é. A mudan­ça fundamental ainda ocorrerá com a mudança da mente naquele que pensa. Enquanto isso, a crescente clareza da Voz do Espírito Santo faz com que seja impossível para o aprendiz não escutar. Durante algum tempo, então, ele está recebendo mensagens con­flitantes e aceitando ambas.

5. A saída do conflito entre dois sistemas de pensamento que se opõem está claramente em escolher um e abandonar o outro. Se tu te identificas com o teu sistema de pensamento e não podes escapar disso e se aceitas dois sistemas de pensamento que estão em completo desacordo, é impossível ter a mente em paz. Se ensinas ambos, coisa que certamente farás na medida em que aceitas ambos, estás ensinando o conflito e aprendendo-o. No entanto, realmente queres paz, ou não terias apelado para a Voz pela paz para te ajudar. A Sua lição não é insana, o conflito sim.

6. Não pode haver conflito entre sanidade e insanidade. Só uma é verdadeira e, portanto, só uma é real. O ego tenta persuadir-te de que depende de ti decidir qual é a Voz verdadeira, mas o Espírito Santo te ensina que a verdade foi criada por Deus e a tua decisão não pode mudá-la. À medida em que começas a reco­nhecer o sereno poder da Voz do Espírito Santo e Sua perfeita consistência, com certeza despontará na tua mente que tu estás tentando desfazer uma decisão que foi irrevogavelmente tomada para ti. É por isso que eu sugeri antes que te lembres de permitir que o Espírito Santo decida a favor de Deus por ti.

7. Não te é solicitado que tomes decisões insanas, embora possas pensar que sim. Todavia, acreditar que depende de ti decidir o que são as criações de Deus não pode deixar de ser insano. O Espírito Santo percebe o conflito exatamente como é. Portanto, Sua segunda lição é:

Para ter paz, ensina paz para aprendê-la.

8. Esse ainda é um passo preliminar, já que ter e ser ainda não estão equiparados. No entanto, é mais avançado do que o pri­meiro passo, que é realmente apenas o começo da reversão do pensamento. O segundo passo é uma afirmação positiva do que queres. Esse é, portanto, um passo em direção à saída do confli­to, já que significa que as alternativas foram consideradas e uma foi escolhida como a mais desejável. No entanto, a expressão “mais desejável” ainda implica que o desejável tem graus. Portanto, embora esse passo seja essencial para a decisão definitiva, está claro que não é o passo final. A ausência de ordem de difi­culdades nos milagres ainda não foi aceita, porque nada que seja totalmente desejado é difícil. Desejar totalmente é criar e criar não pode ser difícil se o próprio Deus te criou como um criador.

9. Assim sendo, o segundo passo ainda é perceptivo, embora seja um passo gigantesco no sentido da percepção unificada que refle­te o conhecimento de Deus. Na medida em que dás esse passo e manténs essa direção, estarás abrindo caminho em direção ao cen­tro do teu sistema de pensamento, onde a mudança fundamental vai ocorrer. Na altura do segundo passo, o progresso é intermi­tente, mas o segundo passo é mais fácil do que o primeiro porque decorre dele. Reconhecer que ele não pode deixar de decorrer é uma demonstração de que tens uma consciência crescente de que o Espírito Santo te conduzirá para adiante.

C. Sê vigilante só a favor de Deus e do Seu Reino

1. Dissemos anteriormente que o Espírito Santo é avaliador e tem que ser. Ele separa o verdadeiro do falso em tua mente e te ensi­na a julgar cada pensamento que permites que entre em tua men­te à luz do que Deus lá colocou. Qualquer coisa que esteja de acordo com essa luz, Ele retém para fortalecer o Reino em ti. O que está parcialmente de acordo com ela, Ele aceita e purifica. Mas o que está inteiramente em desacordo Ele rejeita julgando contra. É assim que Ele mantém o Reino perfeitamente consis­tente e perfeitamente unificado. Lembra-te, porém, de que o que o Espírito Santo rejeita, o ego aceita. Isso é assim porque eles estão em desacordo fundamental sobre todas as coisas, estando em desacordo fundamental em relação ao que tu és. As crenças do ego em torno dessa questão crucial variam e é por isso que ele promove diferentes estados de ânimo. O Espírito Santo nunca varia nesse ponto e, assim, o único estado de ânimo que Ele en­gendra é a alegria. Ele a protege, rejeitando tudo que não nutre a alegria, e assim só Ele é capaz de manter-te totalmente alegre.

2. O Espírito Santo não te ensina a julgar os outros, porque Ele não quer que ensines o erro e o aprendas. Dificilmente Ele seria consistente em Seu ensinamento se permitisse que fortalecesses o que precisas aprender a evitar. Na mente de quem pensa, por­tanto, Ele é julgador, mas só no sentido de unificar a mente de modo que ela possa perceber sem julgamento. Isso faz com que a mente seja capaz de ensinar sem julgamento e, por conseguinte, de aprender a ser sem julgamento. O desfazer só é necessário em tua mente, de modo que não venhas a projetar em lugar de esten­der. O próprio Deus estabeleceu o que podes estender com per­feita segurança. Assim sendo, a terceira lição do Espírito Santo é:

Sê vigilante só a favor de Deus e do Seu Reino.

3. Esse é um passo da maior importância em direção à mudança fundamental. Contudo, ainda há nele um aspecto da reversão do pensamento, uma vez que implica que há alguma coisa contra a qual tens que ser vigilante. Avançou-se muito em relação à pri­meira lição, que é meramente o começo da reversão do pensa­mento e também em relação à segunda, que é essencialmente a identificação do que é mais desejável. Esse passo, que decorre do segundo assim como o segundo decorre do primeiro, enfatiza a dicotomia entre o desejável e o indesejável. Portanto, faz com que a escolha final seja inevitável.

4. Enquanto o primeiro passo parece aumentar o conflito e o se­gundo pode ainda acarretar conflito em certa medida, esse passo pede vigilância de forma consistente contra ele. Eu já te disse que podes ser tão vigilante contra o ego como a favor dele. Essa lição não ensina somente que podes ser, mas também que tens que ser. Ele não se preocupa com a ordem de dificuldades, mas com a prioridade clara que deve ser dada à vigilância. Essa lição é ine­quívoca no sentido de que ensina que é necessário não haver exce­ções, embora não negue que a tentação de fazer exceções vai ocorrer. Aqui, então, é feito um apelo à tua consistência apesar do caos. No entanto, o caos e a consistência não podem coexistir por muito tempo, já que são mutuamente exclusivos. Contudo, na medida em que tens que estar vigilante contra alguma coisa, não estás reconhecendo essa exclusividade mútua e ainda acreditas que podes escolher uma coisa ou outra. Ao ensinar o que escolher, o Espírito Santo, em última instância, vai ensinar-te que não preci­sas escolher de forma alguma. Isso finalmente libertará a tua mente da escolha e a dirigirá para a criação dentro do Reino.

5. A escolha através do Espírito Santo vai conduzir-te ao Reino. Tu crias através do que és verdadeiramente, mas o que és, tens que aprender a lembrar. O caminho para lembrar disso é ineren­te ao terceiro passo, que reúne as lições implícitas nos outros e vai além rumo à integração real. Se te permitires ter em tua mente só o que Deus lá colocou, estás admitindo a tua mente tal como Deus a criou. Portanto, tu a estás aceitando como é. Já que ela é íntegra, estás ensinando paz, porque acreditas na paz. Deus ainda dará o passo final por ti, mas à altura do terceiro passo, o Espírito Santo já te preparou para Deus. Ele está te aprontando para a tradução de ter em ser pela própria natureza dos passos que tens que dar com Ele.

6. Tu, em primeiro lugar, aprendes que ter se baseia em dar e não em receber. Em seguida, aprendes que tu aprendes o que ensinas e que queres aprender paz. Essa é a condição para a identifica­ção com o Reino, já que é essa a condição do Reino. Tens acredita­do que estás sem o Reino, tendo portanto te excluído dele na tua crença. Por conseguinte, é essencial ensinar-te que não há dúvi­da quanto à tua inclusão e que a crença segundo a qual não estás incluído é a única coisa que tens que excluir.

7. O terceiro passo é, então, para a proteção da tua mente, permitindo-te identificar-te só com o centro, onde Deus colocou o altar a Si Mesmo. Altares são crenças, mas Deus e as Suas criações estão além da crença porque estão além do questionamento. A Voz por Deus só fala em favor da crença que está além do ques­tionamento, que é a preparação para ser sem questionamento. Enquanto a crença em Deus e em Seu Reino for assaltada por quaisquer dúvidas em tua mente, a Sua realização perfeita não é evidente para ti. É por isso que tens que ser vigilante a favor de Deus. O ego fala contra a Sua criação e engendra, portanto, a dúvida. Não podes ir além da crença enquanto não acreditares inteiramente.

8. Ensinar a toda a Filiação sem exceção demonstra que percebes a sua integridade e aprendeste que ela é una. Agora tens que ser vigilante para manter em tua mente essa unicidade, porque se permitires a entrada da dúvida, perderás a consciência da inte­gridade da mente e serás incapaz de ensiná-la. A integridade do Reino não depende da tua percepção, mas a tua consciência da sua integridade sim. É apenas a tua consciência que necessita de proteção, uma vez que aquilo que é não pode ser agredido. En­tretanto, não podes ter um senso real do que é, enquanto estive­res em dúvida quanto ao que tu és. É por isso que a vigilância é essencial. As dúvidas sobre o que é não devem entrar na tua mente, ou não poderás saber o que és com certeza. A certeza é de Deus para ti. A vigilância não é necessária para a verdade, mas é necessária contra as ilusões.

9. A verdade é sem ilusões e portanto está dentro do Reino. Tudo o que está fora do Reino é ilusão. Quando jogaste fora a verdade, tu te viste como se estivesses sem ele. Fazendo outro reino que valorizaste, não guardaste só o Reino de Deus em tua mente e assim colocaste parte da tua mente fora dele. O que fizeste apri­sionou a tua vontade e te deu uma mente doente que tem que ser curada. A tua vigilância contra essa doença é o caminho para curá-la. Uma vez que a tua mente está curada, ela irradia saúde e através disso ensina a cura. Isso te estabelece como um profes­sor que ensina como eu. A vigilância foi requerida de mim tanto quanto de ti e aqueles que escolhem ensinar a mesma coisa têm que estar de acordo sobre o que acreditam.

10. O terceiro passo, então, é uma declaração do que queres acre­ditar e implica em uma disponibilidade para abandonar tudo o mais. O Espírito Santo vai fazer com que sejas capaz de dar esse passo, se tu O seguires. A tua vigilância é o sinal de que queres que Ele te guie. A vigilância de fato requer esforço, mas só até que aprendas que o esforço em si é desnecessário. Tu despendes­te grande esforço para preservar o que fizeste porque não era verdadeiro. Portanto, agora, tens que voltar o teu esforço contra isso. Só assim é possível cancelar a necessidade do esforço e re­correr ao ser que tu ao mesmo tempo tens e és. Esse reconheci­mento é totalmente sem esforço, posto que já é verdadeiro e não necessita de proteção. Está na segurança perfeita de Deus. Por­tanto, a inclusão é total e a criação é sem limites.

 

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