Considerações Culturais na Determinação e Tratamento de Problemas Religiosos e Espirituais

David Lukoff Ph.D., Francis G. Lu, MD. e Robert Turmner, MD

 

Introdução

 

Na vida as dimensões espirituais e religiosas estão entre os fatores mais importantes que estruturam a experiência humana, crenças, valores, comportamento, assim como padrões de doenças. Contudo, o Staff da psiquiatria, em sua teoria, pesquisa e prática, assim como em seu sistema de classificação e diagnóstico, tem buscado tanto ignorar como considerar patológico, assuntos religiosos e espirituais que os clientes trazem durante o tratamento.

 

Esta tendência, representando uma forma de insensibilidade cultural, pode ser resgatada através das raízes tanto da psicanálise, como do behaviorismo e da terapia cognitiva. Freud via a religião; como “uma neurose obsessiva universal”, Skinner, amplamente, ignorou a experiência religiosa e Ellis, via a religião, como o equivalente ao pensamento irracional e distúrbio emocional. Igualmente, as experiências emocionais têm sido vistas, como evidência de psicopatologia. Freud descreveu a percepção mística da unidade, como uma “regressão aos narcisismo primário”  e em 1976, relatório sobre misticismo do Grupo pelo Avanço da Psiquiatria concebeu isto, como uma projeção de um “estado infantil primitivo”. Até mesmo as limitadas referências a religião e a espiritualidade em DSM-R foram usadas fartamente, para ilustrar a psicopatologia.

Inúmeros estudos recentes mostram que a visão negativa de espiritualidade e religião, na psiquiatria não é permitida. Uma meta-análise da saúde mental e religiosa encontradas, podem ser positivamente relatadas. Filiações com a Igreja e relacionamento com coisas divinas (i.e. Cristo, Deus, Virgem Maria e assim por diante) mostram uma associação com várias medidas de bem-estar. Uma pessoa relatando experiências místicas registram abaixo, na escala da psicopatologia e acima, em medidas de bem-estar psicológico que os controles. E numerosos estudos também, têm documentado efeitos positivos após experiência de quase-morte. Contudo, para a maioria das pessoas, religião e espiritualidade são convenientemente vistas, como fontes de força e bem-estar, do que como evidência psicopatológica.

Uma possível razão para que religião e espiritualidade tenham sidos associados com a psicopatologia é o “vazio de religiosidade” entre os profissionais da saúde mental e o público em geral. Levantamentos conduzidos nos E.E.UU, firmemente acham que, tanto o público em geral, como os profissionais de saúde mental, acreditam em Deus, num índice significantemente, mais alto, considerando ser a religião, a força mais importante em suas vidas.

A insensibilidade da Psiquiatria concernente a assuntos religiosos e espirituais, é também aparente na literatura de pesquisa, a qual tem amplamente, ignorado variáveis religiosas. Igualmente, muito da recente literatura clínica tanto tem ignorado a incidência e as experiências de significância espiritual como, estudos que mostram impacto positivo na saúde mental. Entretanto, estudos tem indicado que os profissionais de saúde mental constantemente, são chamados para avaliar e tratar  assuntos espirituais/religiosos. O Grupo pelo Avanço da Psiquiatria (GAP), relataram que “referências manifestas em relação à religião ocorre em torno de um terço, de todas as sessões psiconalíticas”. Membros da Associação Psicológica Americana relatam que, pelo menos um em cada seis, de seus clientes durante a passagem de 12 meses, trouxeram uma experiência mística dentro da terapia. Isto claramente, desafia um outro relatório do GAP que diz que, “experiências místicas são raramente observadas, na prática psicoteraptica”. Somando-se a isto, mais de 70% da população mundial confia em sistemas, não alopáticos de medicina e os curandeiros tradicionais que operam com esses modelos, quase sempre, idealizam e tratam as queixas dos pacientes como, sendo de causas espirituais.

Levantamentos da psiquiatria e programas de treinamento da psicologia entretanto, indicam que ambos, psiquiatras e psicológicos não tem dado o treinamento adequado para lidar com assuntos religiosos e espirituais que, freqüentemente surgem na prática clínica. O Post percebeu que “poucos psiquiatras são treinados para entender religião, e muito menos, tratar isto, com simpatia”. Contudo, quando se deparam com esses assuntos, muitos psiquitras podem estar operando fora dos limites do seu treinamento profissional o  que causa inquietação tanto clinica, quanto ética.

Para remediar, a falta de sensibilidade aos problemas religiosos e espirituais que se tornam foco do tratamento, os autores destes artigo propuseram, uma nova categoria de diagnóstico, originalmente intitulado, “Problema Psico-religioso ou Psicoespiritual” para, Força Tarefa no DSM-IV, em dezembro de 1991. Em janeiro de 1993, a Força Tarefa aprovou a proposta da categoria, depois de desafiar o título para “Problema Espiritual ou Religioso” (V62.61), a fim de concordar com o existente Código V das categorias (i.e. não há “Problema Psicomarital” ou “Problema Psicoacadêmico”). A definição no DSM-IV lê-se:

Esta categoria pode ser usada quando, o foco da atenção clínica é um problema religioso e espiritual. Exemplos, incluem experiências angustiantes que, envolvem perda de fé, problemas associados com a conversão  a uma nova fé, ou questionamento de outros valores espirituais que podem não necessariamente, estar relacionados a uma igreja  organizada ou instituição religiosa”.

Pela primeira vez no DSM, há um reconhecimento que, problemas espirituais e religiosos podem ser o foco de consulta e tratamento psiquiátrico, e que, muitos desses problemas, não são atribuídos a uma desordem mental. É de se esperar que, esse desenvolvimento aumentará a precisão nas avaliações do diagnóstico, reduzindo o dano iatrogênico dos maus diagnósticos e aumentar o respeito dos profissionais de saúde mental pelas crenças e valores individuais.

 

Religião e espiritualidade

 

Religião e espiritualidade, são muitas vezes, usadas, como intercâmbio. Com outras definições a espiritualidade classifica a religião, e ainda outros, as consideram mutuamente, exlusivas. Tanto religião como espiritualidade, envolvem um sentido de significação e propósito à vida, fornece uma fonte de amor e relação, e ajuda a conservar crédulos, no relacionamento com o desconhecido e o incompreensível. Na literatura, uma destinção constantemente, delineada, entretanto, a qual colocamos neste artigo, utiliza o termo religião, para nos referirmos a “adesão a crenças e práticas de uma igreja ou instituição religiosa”. Espiritualidade é usada, para descrever “o relacionamento transcedente entre a pessoa e um Ser Mais Alto uma, qualidade de que vai além, de uma específica filiação religiosa”.

Na realidade, em todas medidas, tem havido um declínio na força da corrente principal das instituições religiosas, e confiança na religião e liderança religiosa, na cultura americana. Um estudo recente dos comportamentos religioso dos americanos descobriu que, metade das pessoas, dizem os entrevistadores, que diz freqüentar, regularmente a igreja, não estão falando a verdade. Somente 19%, praticam regularmente, sua religião, no entanto, 7,5% se dizem agnósticos e 22,5% mostram “apenas traços básicos” da religião em suas vidas. Outros 29% foram apresentados como, meramente ou nominalmente, religiosos, sugerindo que a metade dos americanos, buscam uma religião que, não lhes imponham atitudes e comportamento.

Mesmo que, algumas medidas de participação numa religião organizada esteja decrescendo, tem havido um consistente ou leve aumento no número de pessoas que relatam acreditarem em Deus ou alguma força espiritual, que rezam ou se envolvem em alguma prática espiritual, e que, relatam uma experiência mística. Nos últimos 25 anos, parece ter havido uma difusão no incremento de práticas espirituais, não associadas a instituições religiosas. Desse modo, esta tendência através da secularização, “não haja criado uma cultura irreligiosa, mas apenas, uma desvinculação da igreja”. Parece ser possível que, incidência de problemas espirituais apresentados num tratamento, seja igualmente, o aumento no futuro.

Problemas religiosos, tem recebido muito mais atenção que, os problemas espirituais na literatura clínica e pesquisa. Há um manual e acerca de, uma dúzia de jornais, voltados ao aconselhamento pastoral, vários mais para, “psiquiatria cristã”, tanto quanto, organizações profissionais e conferências que se dedicam, a problemas religiosos. Infelizmente, nada há comparável aos problemas espirituais. Análise Jungiana, psicosíntese, aconselhamento pastoral, e a literatura de psicologia transpessoal, tem orientado problemas espirituais (ver Lukoff et al. para uma revisão de livros, jornais e detalhes, sobre problemas espirituais). O Jornal de Psicologia Transpessoal tem publicado vários artigos sobre problemas espirituais, mas, não há jornal dedicado a este tópico.

Os elementos relacionados a uma tradição religiosa organizada, entretanto e elementos pessoais que, não estão de acordo com a tradição religiosa do indivíduo, quase sempre, aparece junto com experiências e problemas individuais. Por esta razão, os teóricos de relações-objetos têm notado, a importância da distinção entre uma pessoa idiossincrática, “representação de Deus”, e o Deus explicado, numa denominação particular. Contudo, em muitas partes neste artigo, os termos religião e espiritualidade, estão combinados dentro de um simples termo: religioso/espiritual. 

 

Levantamento de Problemas Religiosos e Espirituais

 

Barnhouse tem mostrado que, a significância psicológica da linguagem religiosa, quase sempre pode ser determinada pelo imediato conteúdo único, especialmente, se o diagnóstico diferencial com desordens psicóticas, está sendo considerado. Ela surgere que, uma história religiosa seja parte do padrão de avaliação. Spitzer et al, Lovinger e Pruyser também têm discutido métodos de levantamento, para distinguir problemas religioso/espiritual de psicopatologia, que se apresenta com conteúdo religioso. Há também, um número de escalas e entrevistas relevantes a problemas religiosos e espirituais. O DSM-IV percebe, especificamente que, os clínicos determinam pela esquizofrenia, em diferente situação cultural ou socioeconônica deles próprios, que devem ser levadas em conta, as diferenças culturais.

Idéias que, possam parecer ser ilusórias numa cultura, (ex. bruxaria e feitiçaria) podem ser comumente, ligadas a uma outra. Em algumas culturas, alucinações visuais ou auditivas, com conteúdo religioso, podem ser uma parte normal de experiência religiosa (ex. ver a Virgem Maria ou escutar a voz de Deus).

Baseados em suas experiências de trabalho, com uma seita judaica ultra-ortodoxa em Israel, Greenberg e Witzum propuzeram, o seguinte critério para distinguir entre crenças religiosa estritamente normativas e, experiências com sintomas psicóticos. Episódios psicóticos são (1) mais intensos do que experiências religiosas normativas, na comunidade religiosa deles; são (2) quase sempre, aterradoras para o individuo; (3) são quase sempre preocupantes e o individuo pode pensar um pouco mais; (4) são associados com experiências sociais e higiene pessoal; e (5) quase sempre, envolvem mensagens especiais de figuras religiosas. Estes critérios deveriam ser vistos como, determinantes e aplicadas de maneira sensível, de contexto cultural. Algumas experiências religiosas, genuínas e intensas podem ser horríveis e apavorantes, preocupar o individuo por um tempo e trazer dificuldades temporárias, em funcionamento. Greenberg e Witzum lembram aos clínicos: “Diferenciação de crenças e rituais religiosos de desilusões e compulsões, é difícil para terapeutas ignorantes de conhecimentos básicos daquela religião”.

A reação do clínico, à experiência religiosa/espiritual de uma pessoa, pode determinar se, a experiência está integrada e utilizada como, um estímulo para o crescimento pessoal ou se é reprimida como, um evento bizarro que pode ser, um sinal de instabilidade mental. Indivíduos sofrendo intensas experiências religiosas/espirituais estão muitas vezes, em risco de serem hospitalizados como mentalmente doentes. Um número de profissionais de saúde mental têm discutido a importância da distinção entre experiências espirituais intensas, das psicoses os critérios, para formar diagnósticos diferenciais, entre a psicopatologia e as experiências espirituais autênticas, têm sido propostos por Agosin, Grof e Grof, e Lukoff e há, uma considerável justa posição entre os critérios propostos. Lukoff sugere o uso de indicadores de bons prognósticos, para ajudar distinguir entre psicopatologia e autênticas experiências espirituais, incluindo, (1) funcionamento de um bom pré-episódio, (2) ataque agudo de sintomas durante um período de 3 meses ou menos (3) precipitantes de stress para episodio psicótico, e (4) uma atitude exploratória positiva decorrente da experiência.

 

Determinantes para uma Formulação Cultural de Problemas Religiosos e Espirituais

 

A Força Tarefa sobre DSM-IV trabalhou intimamente com o Grupo de Diagnóstico e Cultura [patrocinado pelo National Institute of Mental Health (NIMH) (Instituto Nacional de Saúde       Mental)] para conseguir aumento de sensibilidade, em assuntos culturais. Além do que, incluindo secções destinadas, a feições culturais específicas, relacionadas a muitos dos Eixos de desordens I e II, a Força Tarefa trabalhou com Grupo sobre Cultura e Diagnóstico para aumentar um glossário de síndromes limitadas à cultura no apêndice do manual e um esboço como um “fator relacionado ao ambiente psicosocial” que fornece, “apoio emocional, instrumental, e instrutivo”. Uma visão mais compreensiva, do papel da religião e espiritualidade que, reconheceria a importância dessas crenças e práticas, em todos aspectos do esboço. Por exemplo, a “identidade cultural do indivíduo” inclue, crenças religiosas/espirituais; uma referência cultural de grupos de pessoas que podem envolver comprometimento religioso/espiritual ou fé da pessoa. Explanações culturais da doença do indivíduo são quase sempre, influenciadas por uma identidade religiosa/espiritual da pessoa, como o “relacionamento entre o individuo e o clínico”.

Numbers e Amundsen editaram um livro que descreve 20 denominações judeu-cristã ocidentais da natureza do bem-estar, sexualidade, dignidade, doença mental, cura, cuidado, sofrimento, e morte. Sulliavan continuou este trabalho, com religiões não ocidentais, incluindo Budismo, Islamismo, Hinduismo, Taoísmo e Confucionismo entre outras. Embora que, especificamente, não focalizou doença mental, nesses volumes, fornecem uma importante contribuição para entender a visão do mundo, de grupos religiosos específicos. Browing et al. editaram um terceiro volume em série focalizando, religião e psiquiatria.

 

Tipos de Problemas Religiosos

 

Nesta seção, uma tipologia dos problemas religiosos é apresentada, seguida por uma seção sobre problemas espirituais e, casos nos quais, tais problemas coexistem com desordens do Eixo I. Os exemplos mais comuns, de problemas religiosos descritos na literatura clínica envolvem, tristeza relacionada à perda ou questionamento de fé; troca de membros, pertencentes ou conversão a uma religião; intensificação na adesão a crenças e, práticas da própria fé de alguém; e juntando, participando ou deixando um novo movimento ou, culto religioso. Normalmente, tais mudanças aconteceram sem causar qualquer dificuldade de significância psicológica, mas documentos da literatura clínica de casos de indivíduos, buscando levantamento em saúde mental e tratamento para esses problemas.

 

Perda e Questionamento da Fé

 

Barra et al conduziu um estudo e revisão de perspectivas antropológica, histórica e contemporânea sobre perda religiosa como fenômeno da dor aumentada. Eles concluíram que: … uma quebra na seqüência religiosa de alguém, se em relação a uma filiação religiosa tradicional ou a uma procura mais pessoal por uma identidade espiritual, freqüentemente, resultou em indivíduos vivenciando muito, dos sentimentos associados com as mais “normais” situações de perda. Contudo, sentimentos  de raiva e ressentimento, vazio e desespero, tristeza e isolamento e mesmo alívio, poderia ser visto em indivíduos conflitantes, com a perda previamente confortante, de dogmas religiosos e identificação com a comunidade.

Como este tipo, caracteristicamente de perda, não é reconhecido pelos outros, os autores descrevem este fenômeno como, “dor sem imunidade”. Eles citam um caso de uma estudante graduada que, ao desistir de acreditar, em sua religião organizada de origem. Ela narrou acerca de um sentimento alienado, do medo, ansiedade, raiva, desesperança, e até a intenção de suicídio, como seqüela comum da reação à dor. “Roteiros Concernentes a um Possível Conflito Entre Psiquiatras da Associação Americana de Psiquiatria e os Cometimentos Religiosos e a Prática Psiquiátrica menciona um caso no qual, uma psiquiatra dá interpretações a um homem devotamente, religioso: “Ao fazer isto, ela denegriu seus cometimentos religiosos de longo tempo, como uma tola neurótica. Por causa da intensidade do relacionamento terapêutico, as interpretações causaram uma grande angústia que surgiu, relacionada a uma subseqüente tentativa de suicídio”. Shafranske (Shafranske E.: Além da contra-transferência: Ao ser afetado pela fé, dúvida e vazio, apresentado no Encontro Anual da Associação Americana de Psiquiatria. 1991) descreveu um homem do acompanhamento profissional cuja vida era fundamentada no lado conservador da Cristandade Católica Romana. Ele chegou a dúvida pelos dogmas de sua religião, e assim fazendo, declarou que havia perdido o estimulo de viver.

Um problema semelhante pode ser lembrado quando uma pessoa é levada ao ostracismo pela sua comunidade religiosa. Quando um Testemunha de Jeová precisou ter um transplante cardíaco por necessidade médica, apesar de objeções de sua família e da sua comunidade religiosa em elementos básicos religiosos, “sua família e a comunidade da igreja subseqüentemente, recusaram qualquer contato com ele. Ultimamente, o paciente tornou-se um quase suícida e precisou hospitalização psiquiátrica”.

 

Troca na Denominação de Membro ou Conversão a uma Nova Religião

 

Quando pessoas de diferentes princípios religiosos casam, um ou outro parceiro pode passar por uma experiência, separada de sua anterior comunidade religiosa. Mudança geográfica algumas vezes, levam uma pessoa para uma área que não possue, um ramo de seu grupo religioso original. Uma pessoa se ligando a uma nova fé ou grupo podem causar fortes experiências de conversão. Essas coisas e eventos relacionados, podem levar a um sentido de perda e desligamento, com as crenças religiosas originais e comunidade da pessoa.

 

Intensificação de Adesão a Crenças e Práticas

 

De uma forma nova, pacientes religiosos quase sempre vivenciam conflitos entre seus antigos e atuais estilos de vida, crenças e atitudes. Por exemplo, Spero desafia pela restauração da integridade deles. Ela aponta para indivíduos que, podem ter certo número de motivações que, aos se juntarem a um grupo, limitando a dificuldade de apoiar a si próprio, pela solidão, pela atualização do potencial dele em progredir, ao longo de um caminho para o desenvolvimento espiritual. Quase sempre, estudantes transitando da “cultura de encaixamento”, com seus professores espirituais, para ação mais independente em busca de ajuda psicoterápica. Na terapia de alguém que, deixou ou que está considerando se juntar ou deixar um grupo espiritual, as questões seguintes poderiam ser persuasivas.

O que me atrae nesta pessoa? Estou atraído pelo poder dele ou dela, pelo show-man, astúcia, realizações, glamour, idéias? Estou motivado por medo ou por amor? É minha reação primária, pela atração física, ativação emocional, estimulo ou ressonância intuitiva? O que me persuadiria confiar nele/nela mais do que em mim mesmo? Estou procurando pela figura de um parente para me aliviar de uma responsabilidade de minha vida? Estou buscando um grupo ao qual eu possa pertencer e ser cuidado, em troca de fazer o que eu disse? Por que estou desistindo? Estou fugindo de minha vida com isto?

 

Tipos de Problemas Espirituais

 

A definição de problemas espirituais em DSM-IV inclue o “questionamento de valores espirituais, os quais podem, não necessariamente, estar relacionados a uma igreja organizada ou uma instituição religiosa”.  O questionamento de valores espirituais implica em que a pessoa sem direção provavelmente, confiante em seu “envolvimento ou estado de conscientização ou devoção a um ser mais alto ou filosofia de vida”. Os problemas espirituais comuns envolvem, angustia relacionada a uma experiência mística, uma experiência de quase-morte, um surgimento espiritual/ocorrência, meditação e médica/doença terminal.

 

Experiência Mística

 

As definições utilizadas pelos pesquisadores e clínicos variam consideravelmente, limitando da “revolta total de personalidade”, de Neumann, até “a força espiritual que, parece retirar você de si mesmo”, de Greeley. Uma definição de experiência mística, ambos congruentes com a maior literatura teórica e clinica com características aplicáveis, é como uma experiência passageira extraordinariamente, marcante, pelos sentimentos de unidade, relacionamento harmonioso com o divino e tudo o que existe, tanto quanto sentimentos de euforia, noese, perda de funcionamento do ego, alterações na noção de tempo e espaço e, senso da falta de controle sobre o evento. Numerosos estudos indicam que 30% a 40% da população tem passado por experiências místicas, sugerindo que elas são mais normais que os fenômenos patológicos.

Um exemplo de um caso ilustra, como uma experiência mística pode se tornar o foco do tratamento. O paciente era uma mulher, em seus 30 e poucos anos, que procurou a terapia para resolver problemas paternos não resolvidos e, culpa pela psicose de um irmão mais jovem. Durante aproximadamente, 2 anos no curso de sua terapia, ela vivenciou uma experiência mística, incluindo um estado de êxtase, um sentido de união com o universo, uma conscientização transcendendo tempo e espaço e, um senso maior de significado e propósito em sua vida. Esta experiência de modo crescente, tornou-se o foco de seu tratamento continuado, como ela trabalhou para integrar os insghts e troca de atitudes que se seguiram. Por causa, da rápida alteração em seu modo e sua concepção diferente, os autores consideraram diagnósticos de mania, esquizofrenia e histeria. Mas, eles o rejeitaram por causa de muitos aspectos dela agir, eram imutáveis ou melhorados e, sobretudo, a experiência dela parecia ser “mais integrada do que desintegrada”. Eles concluíram que, “enquanto um diagnóstico psiquiátrico não pode ser rejeitado, sua experiência era certamente, semelhante àquelas descritas pelos grandes místicos religiosos que, têm encontrado uma vida nova através delas”. Nobel percebeu que contudo, a experiência mística pode ser resultado, de uma melhor saúde psicológica, o processo é as vezes, de ruptura, e pode induzir  os indivíduos a buscar tratamento.

 

Experiência de Quase Morte

 

Grande pesquisa cientifica na década passada estabeleceu que, experiência de quase-morte ((EQM) é claramente identificável como, fenômeno psicológico não concernente, a desordem mental. É um evento subjetivo e profundo, vivenciado por pessoas que chegam próximos a morte ou acreditam que estão mortos inesperadamente, recuperam), como resultado de um grave machucado ou doença, que se depara com uma situação potencialmente fatal, e escapa incólume. Fenomenologicamente, EQM inclue 1) uma seqüência característica temporal de estados (i.e. paz e contentamento, desligamento do corpo físico, entrando numa região transitória de escuridão, vendo uma luz brilhante e passando através da luz, dentro de um outro estado de existência) tanto quanto 2) um aglomerado de componentes subjetivos (i.e. forte efeito positivo, dissociação do corpo físico, e elementos transcendentais ou místicos).

Cerca de um terço de todos os indivíduos que têm tido um próximo encontro com a morte têm tido EQM. Em 1982, o Instituto Gallup estimou que aproximadamente, 8 milhões de adultos americanos tiveram EQM. Numerosos estudos de pós-efeitos de EQM fornece forte evidência de sua natureza não-patológica. Dificuldades, normalmente, surgem entretanto, no acordar de um EQM. Problemas intra-psíquicos específicos incluem (1) raiva contínua ou depressão, relacionada a perda do estado de quase-morte; (2) dificuldade de conciliar EQM com crenças, valores ou estilos de vida anteriores; (3) o medo que EQM possa mostrar instabilidade mental. Problemas interpessoais trazidos pelo EQM incluem, (1) dificuldade de reconciliação, mudanças de atitude com expectativa da família e amigos, (2) um senso de isolamento, (3) medo do ridículo ou rejeição dos outros, (4) dificuldade de comunicação, o significado e impacto da EQM, (5) dificuldade de manter papeis de vida prévia que, não mais têm a mesma significação.

Muitos indivíduos têm relatado, duvidando da estabilidade mental deles e por isso, não discutindo o EQM com amigos e profissionais, por medo de serem rejeitados, ridicularizados ou considerados como, psicóticos ou histéricos. Por exemplo, uma pessoa relatou, “Eu vivi com esta coisa (EQM) por 3 anos e não contei a ninguém, porque  não quero que eles me coloquem numa camisa de força”. Um paciente hospitalizado lembrou que “Eu tentei contar a minhas enfermeiras o que havia acontecido quando acordei, mas, elas me disseram para não falar sobre isto, que eu estava imaginando coisas”. Apesar de tais problemas, a catástrofe da maioria dos indivíduos ao ter um EQM solidamente, relatam pós-efeitos favoráveis, incluindo, atitude positiva e troca de valores, transformação da personalidade e desenvolvimento espiritual.

 

Ocorrência Espiritual/Emergência

 

Grof e Grof têm colecionado casos que relatam, ilustrações das mais comuns das apresentações, quase sempre relacionadas, a prática intensiva das técnicas espirituais da Ásia, que penetrou no Ocidente nos anos 60. Estas experiências místicas, o despertar do Kundalini (um complexo processo físico-psico-espiritual) transformador descrito na tradição Yogi), crise iniciatória shamanística (um rito de passagem para shamans das culturas indígenas, comumente, envolvendo doença física e/ou crise psicológica), e abertura psíquica (súbita ocorrência de experiências paranormais). Grof e Grof relatam que, ainda que na emergência espiritual, haja uma ocorrência descontrolada do fenômeno espiritual, com significante ruptura na prática ocupacional/social/psicológica, durante uma ocorrência espiritual há um gradual desabrochar do potencial com mínima quebra na prática ocupacional/social/psicológica.

As culturas Não Orientais tradicionais distinguem entre grave doença mental e ocorrências espirituais vivenciadas por alguns futuros shamans. Razões antropológicas mostram que o balbuciar de palavras confusas, exibindo curiosos hábitos de comer, cantar continuamente, dançar selvagemente, e ser “atormentado por espíritos” são elementos comuns, durante crises iniciatórias que significam, o destino de um individuo que se tornará um shaman. Os indivíduos em culturas ocidentais ocasionalmente, podem experimentar, problemas espirituais semelhantes.

Contudo muitas ocorrências espirituais são conceitualmente, comparáveis à categoria DSM-IV de perda. Mesmo quando, a reação de uma pessoa, a um encontro com a morte, os critérios de diagnóstico para um maior episódio depressivo, o diagnóstico de uma desordem mental não é dada, porque os sintomas resultam, de uma reação normal à morte de um bem amado. Mais propriamente, o diagnóstico de perda, o qual está na mesma seção que problema religioso ou espiritual, está determinado. Similarmente, ocorrências espirituais que possam resultar, numa melhora a longo tempo, em especial bem-estar e atuação, quando tratado propriamente, não deveria ser diagnosticado como, desordens mentais, mas, certamente, como um problema religioso ou espiritual.

 

Meditação

 

As percepções alteradas que têm sido relatadas durante fazes de intensa meditação, entretanto, os professores espirituais não os consideram como patológicos. O DSM-IV também reconhece que “experiência voluntariamente induzida, na forma de despersonalização ou incompreensão, parte meditativa e prática do transe que, são prevalentes em muitas religiões e culturas, não devem ser confundidas com, Desordem de Despersonalização”. Tais experiências, se causam angustia, deveriam ser categorizadas como problema religioso ou espiritual.

Kornfield descreve uma ocorrência espiritual, que aconteceu durante um intenso retiro de meditação. O “super-zeloso jovem karatê” decidiu meditar e não se moveu um dia e noite inteira. Quando ele se levantou sentiu-se cheio de uma explosiva energia: [ele irrompeu no meio de um saguão repleto de 100 encolhidos silenciosos e começou a berrar e a praticar manobras em seu karatê com velocidade tripla.. Então ele disse: “Quando eu olho para vocês, vejo atrás de cada um de vocês, uma trilha de corpos mostrando suas vidas passadas”]. A comunidade da meditação resolveu a situação, parando a sua prática de meditação e iniciando-o, uma corrida de 10 milhas pela manhã e à tarde. Sua dieta foi mudada incluindo carne vermelha, como é de se pensar, teve um efeito fundamental. Eles o acordaram para tomar banhos quentes frequentemente, e mexer no jardim. Uma pessoa estava com ele o tempo todo. Após três dias, ele teve possibilidade de voltar a dormir e, foi permitindo começar a meditar vagarosa e, cautelosamente outra vez. Tradições asiáticas reconhecem um número de casos associados com maravilhosas e terríveis visões, especialmente, de luz. Quando estas tradições são transplantadas nos conceitos Ocidentais, tais problemas ainda podem ocorrer.

A medição, especialmente formas Budistas, entretanto, podem ter um atrativo especial para pessoas com desordem de personalidade narcisista e fronteiriça, porque a doutrina legitimiza e racionaliza sua falta de estrutura e integração. Walsh e Roche discutiram como indivíduos, que tem risco de sério distúrbio psicológico, durante a prática da meditação podem ser identificados. Apesar de tais dificuldades, ocorrerem durante a prática da meditação, literatura clinica e de pesquisa também documenta, um amplo alcance de benefícios.

 

Doença Médica/Terminal

 

Apesar de catalogado aqui, como um problema espiritual, as práticas e benefícios tanto religiosos quanto espirituais, quase sempre influenciam, as maneiras dos pacientes reagirem à doença médica. Os aspectos religiosos das vidas dos pacientes, entretanto, quase sempre são ignorados, ou superficialmente, explorados pelos psiquiatras durante a consulta privada Waldfogel e Wolpe descrevem o caso de uma mulher hospitalizada com um problema espinhal após um acidente automobilístico que mostrou sintomas consistentes de uma desordem depressiva. Mas, na consulta, o psiquiatra descobriu que ela precisava de práticas religiosas e espirituais que eram em partes de sua vida antes da hospitalização. Ele recomendou, psicoterapia para explorar crenças religiosas a luz do seu acidente, o qual ela obteve no gravador e assim, ela podia escutar música religiosa. Um membro do clero de sua fé encontrado e fez diversas visitas ao hospital para dar-lhe apoio.

Principalmente, as doenças terminais aumentam receios de dor física, o risco do desconhecido ao morrer, a ameaça, a integridade e a incerteza da vida depois. Vários artigos têm esclarecido o valor da consulta particular dos psiquiatras, médicos e enfermeiras que trabalhando juntos com clérigos ao cuidar de pacientes. Hay percebeu que, “Porque doença terminal pode precipitar uma crise espiritual, todos da equipe de profissionais do hospital sentem responsabilidade, ao fazerem intervenções e direcionar um acesso espiritual.”

 

Problema Religioso/Espiritual Coexistindo com Desordem Mental

 

O DSM-IV inclue um número de mudanças importantes no conceito da seção, contida no Código V. No DSM-III-R, esses diagnósticos são chamados “Condições Não-Atribuídas a Desordem Mental”. No DSM-IV a seção desses problemas é intitulada “Outras Condições Que Podem Ser Um Foco de Atenção Clínica”. Em suma, reconhecer que, um problema pode ocorrer, sem uma desordem mental e que, um problema pode existir, com uma não relacionada desordem mental concumitante, a nova definição desta seção, expecificamente percebe, a possibilidade de que um indivíduo possa ter uma desordem mental que, relacionada com o problema, mesmo que o problema seja suficientemente, crítico para assegurar atenção, clinica independente. Mesmo que, por exemplo, problema religioso/espiritual possam ser determinados junto com desordem bipolar, se o conteúdo religioso/espiritual é designado, no tratamento de um episódio maníaco. Este, expande grandemente, o potencial da utilização desta categoria, como sintomas e tratamento de algumas desordens mentais que incluem, aspectos religiosos e espirituais. Alguns exemplos de habituais co-ocurrências são apresentadas nas secções seguinte.

 

Dependência e Abuso de Álcool e Droga

 

O forte relacionamento entre comprometimento religioso/espiritual (e.g. comparecimento a igreja) e o evitar do álcool ou droga ilícita, é bem estabelecido. É também sabido que, pacientes em tratamento de álcool, que estão envolvidos com uma  comunidade religiosa, após o tratamento têm baixa taxa recidiva que, aqueles que não tem. Infelizmente, pouco se sabe das dimensões religiosas/espirituais do tratamento do vício, por causa das variantes religiosas/espirituais terem sido negligenciados na pesquisas. Apenas, os Programas dos Doze Passos, no qual reglião/espiritualidade atuam como, um papel  central que domina o tratamento do vicio, nos direcionamentos da saúde mental. Exemplos incluem o seguinte: Um dos 12 passos dos Alcoólicos Anônimos (AA) menciona, “Um Poder maior que nós mesmos”, o passo final menciona, um “acordar espiritual” e cinco dos 12 passos fazem uma especifica referência, a Deus. Os fundadores do AA não ponderam, se fatores religiosos e espirituais são importantes na recuperação, contudo, mais propriamente, se é possível para alcoólicos, se recuperarem, sem ajuda de um poder mais alto. Alguns teóricos e clínicos têm até chegado a conclusão, de vício, como essencialmente, crise espiritual, não desordem mental.

 

Desordem Compulsiva-Obsessiva

 

Superficialmente, comportamentos de rituais religiosos e compulsivo-obsessivo compartilham, algumas características em comum: papel proeminente, de limpeza e pureza, a necessidade de rituais a serem observados de maneira específicas, e inúmeras vezes, do receio de realizar o ritual, incorretamente. Greenberg e Witzum descrevem um individuo que, se preocupava em fazer suas orações corretamente, levando-o a gastar 9 horas ao dia em oração em vez de os habituais 40 a 90 minutos gastos pelos ultra-ortodoxos judeus. Pessoas com desordem compulsiva-obsessiva nesta comunidade religiosa tornam-se preocupadas, com algum detalhe ou área de prática religiosa que eles ignoraram, ou outros dogmas de fé, por eles violados. Nestes indivíduos a devoção escrupulosa envolvida com a utilização da religião, como uma metáfora para a expressão de exigências compulsivas. (Os autores também concluíram entretanto,  que os judeus ultra-ortodoxos não tinham alto risco de desenvolverem, desordem compulsiva-obsessiva).

Em tais casos, Greenberg e Witzum recomendam, um encontro do paciente junto com o líder religioso presente, e que, “Durante as determinações, os termos, os símbolos da religião de pacientes estritamente, religiosos deviam ser  usados… para habilitar o paciente a se sentir, o mais confortável possível.” Quando esses fatores religiosos asseguram, atenção clínica independente e são explicitamente, determinados em tratamento, problema religioso ou espiritual deveriam ser registrados como, desordem compulsiva-obsessiva.

 

Desordens Psicóticas

 

A recorrência de uma desordem mental é, um problema religioso ou espiritual que ocorrem entre as desordens psicóticas, especificamente, a psicose maníaca. Goodwin e Jamison especulam que, “Pode haver muitos místicos que, bem podem ter sofrido, da doença maníaco-depressiva – por exemplo, Santa Theresa, São Francisco, São João.” Pdvoll e Lukoff também têm discutido, as similaridades entre episódios maníacos depressivos e experiências místicas.

Alguns indivíduos com esquizofrenia, apresentam ilusões de serem Cristo ou de receberem comunicação diretamente, de Deus. Mesmo nesses casos, a literatura de tratamento documenta que, há quase sempre um valor terapêutico a fim de determinar a concepção religiosa da pessoa para salvar as válidas dimensões religiosas/espirituais de suas experiências. Por exemplo, quando o paciente desenvolveu, a grandiosa ilusão de que ele ou ela era Deus ou o messias, as válidas dimensões religiosas/espirituais da experiência, pode ser afirmada, através da psicoterapia. A psicoterapia transpessoal pode ser especialmente, valiosa no período psicoterápico porque promove a integração das partes das experiências de saúde religiosa/espiritual nas psicoses.

 

Sumário

 

Scott Peck, um psiquiatra que escreveu vários livros sobre as dimensões espirituais da vida, incluindo o best-seller. A Estrada Menos Viajada, entregou um determinado convite, o qual atraiu a uma salão de conferência, o Encontro Anual de 1992 da Associação Americana de Psiquiatria. Ele destacou que, os psiquiatras são “mal-equiapados”  para lidar com qualquer patologia religiosa/espiritual ou de saúde. Continuando a negligenciar, assuntos religiosos/ espirituais ele diz que perpetuam as condições que são relacionadas a tradicional negligência a esses assuntos: “Razão de, mal-diagnóstico destruidor, não infrequente, de abuso; um aumento de baixa reputação; pesquisa e teoria inadequadas; e uma limitação do próprio desenvolvimento na pessoa dos psiquiatras.

Em anos recentes, tem havido um número de desenvolvimento, que tem começado a socorrer a insensibilidade cultural da psiquiatria, para as dimensões religiosas e espirituais da vida. Em 1990, a APA Committee on Religion and Psiquiatry (Comitê sobre Religião e Psiquiatria) iniciou uma Posição Declarada da APA intitulada “Observações Concernentes a Possível Conflito entre Posicionamento Religioso de Psiquiatras e a Prática Psiquiátrica”. Essas observações enfatizam que “psiquiatras deveriam manter respeito pelas crenças de seus pacientes… e não impor, seus próprios sistemas de crença religiosos, anti-religiosos ou ideológicos a seus pacientes, nem deveriam substituir tais crenças ou ritual por conceitos diagnósticos aceitos ou prática terapêutica. “Essas observações reinforçam a importância do reconhecimento e diferenças concernentes em crenças religiosas/espirituais entre os clínicos e seus pacientes. Mais recentemente, o Conselho de Apresentação para Graduação de Educação Médica publicou os novos “Requerimentos Especiais em Treinamento para Residência de Psiquiatria,” o qual incorporou, diversas mudanças obrigando instrução sobre o gênero, etnia, orientação sexual e crenças religiosas/espirituais. Finalmente, a inclusão do “problemas religioso ou espiritual” como uma categoria de diagnóstico pela primeira vez, com reconhecimento do DSM-IV que, assuntos religiosos e espirituais podem ser o foco de consulta e tratamento psiquiátrico. John McIntyre, MD, antigo presidente da APA e Harold Pincus, Diretor do Escritório de Pesquisa, observaram que, esta nova entrada em DSM-IV era “um sinal do crescimento as sensibilidade da profissão não apenas na religião mas, por uma diversidade cultural em geral. É de se esperar que, esses desenvolvimentos aumentarão a precisão nas determinações de diagnóstico, reduzir o mal iatrogênico de abusos, e aumentando o respeito a saúde mental profissional pelas crenças e valores dos indivíduos.

 

Referências

 

 

1. American Psychiatric Association: Committe on Religion and Psychiatry: Cults and New Movements. Washington, American Psychiatric Press, 1989.

2. Barnhouse RT: How to evaluate patients’religious ideation. In Robinson L (ed): Psychology and Religion: Overlaping Concerns. Washington, American Psychiatric Press, 1986

 

3. Caird D: Religion and personality: Are mystics introverted, neurotic, or psychotic? Br J Soc Psychol 26: 345, 1987.

 

4. Engler J: Therapeutic aims in psychotherapy and mediation. In Wilber K, Engler J, Brown  D (eds): Transformations of Consciousness, Boston, Shambkhala, 1986, pp 17:51

 

5. Greeley A: Ecstasy: A Way of Knowing Englewood Cliffs, NJ, Prentice Hall, 1974.

 

6. Hood RW: Psycholologicalk strengh and the report of intense religious expererience. Journal the Scientific Study of Religion 13:65, 1974.

 

7. Lukoff D: Diagnosis of mystical experience with psychotic features. Journal of Transpersonal Psychology 17: 155, 1985.

 

8. Mahler H: The staff of Aesculapius. World Health November 1977, p 3

 

9. Peterson EA, Nelson K: How to meet your cllilentes’ spiritual needs. J. Psychosoc Nurs p 243.

 

10. Van der Lans J: What is psychology of religion about? In Malony H (ed.): Psychology of Religion. Grand Repids, MI, Baker, 1991

 

11. Walsh R, Roche L: Preciptation of acute psychotic episodes by intensive meditaion in individuals with a history of schizophrenia. Am J Psychiatry 136: 1) 85, 1979

 

 

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David Lukoff, PhD

Department of Psychology

Saybrook Institute

450 Pacific Avenue

San Francisco, CA 94133

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