A doença como fator de mudança

:: Osvaldo Shimoda ::

O corpo é um instrumento que a nossa alma usa para nos mandar mensagens. E as doenças são “recados” que a alma manda usando o nosso corpo físico sempre que a gente deixa de fazer o melhor, nos alertando que estamos nos desvirtuando do verdadeiro caminho (muitos se encontram ignorantes no campo espiritual e não têm consciência de que não estão por acaso nesta vida terrena, que estão para aprender, reparar erros cometidos em vidas passadas e, com isso, evoluir enquanto seres humanos).

Visto por esse ângulo, a doença faz parte de nosso aprendizado, e a dor e o sofrimento são necessários à evolução humana, é um processo de depuração para o progresso da alma.

A doença pode ser utilizada pela espiritualidade para limitar as atividades de uma pessoa, por exemplo, fazendo com que ela repense o seu materialismo excessivo e se conecte mais com o espiritual (é comum as pessoas negarem a existência do plano espiritual, das forças invisíveis, dando às costas à espiritualidade).

Há médiuns que vieram com os canais mediúnicos bem abertos, e que se “esquecem” (o véu do esquecimento não os deixa recordar suas existências passadas) que quando estavam no astral assumiram o compromisso de usar a sua mediunidade para ajudar as pessoas que prejudicaram no passado.

Por outro lado, a doença se instala para que muitos desenvolvam a humildade, a aceitação, a resignação, o respeito às leis da vida, a compaixão, a tolerância, o amor, a generosidade. Outros ainda contraem uma doença para se desapegarem da possessividade, do controle, e têm várias perdas em suas vidas para aprenderem a se desapegar.

É importante ressaltar que a doença e o sofrimento, não são punitivos, um castigo divino como muitos crêem, mas sim educativos, um fator de mudança. Quantas pessoas após experimentarem sofrimentos intensos por conta de uma doença mudam radicalmente, passam a dar mais valor à vida, a valorizar mais o espiritual e menos o material e esquecem as futilidades que antes tanto valorizavam?

Esses indivíduos aprenderam e cresceram com o sofrimento, evoluíram.

O materialista que não vê senão o corpo (acredita que só existam a matéria, as coisas visíveis, palpáveis, concretas) e não considera a existência do espírito, da alma; não pode compreender essas coisas.

As pesquisas do Dr. Raymond Moody Jr. (médico norte-americano, autor do Best Seller “Vida depois da vida”) com pacientes que passaram por situações de “quase-morte” (pacientes que tiveram paradas cardiorrespiratória e que foram ressuscitados pelos médicos) relataram experiências espirituais inusitadas (em espírito, saíram fora de seus corpos físicos, viram e ouviram o que se passava e o que era falado pela equipe médica, tiveram encontros no plano astral com parentes desencarnados, anjos, mentores espirituais etc.) que os transformaram profundamente, tornando-os mais humanos e espiritualizados.

Na T.R.E. (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual – Abordagem psicológica e espiritual canalizada por mim pelos Espíritos Superiores do Astral, os pacientes ao revivenciarem nas sessões de regressão experiências traumáticas de suas vidas passadas, causadoras de seus problemas, e após entrarem em contato com parentes desencarnados, mentores espirituais (seres desencarnados responsáveis pela nossa evolução espiritual) e outros seres de elevada evolução (Mestre Jesus, sua mãe Maria, mestres ascensionados da Fraternidade Branca, anjos, arcanjos, etc.) se transformaram também profundamente.

Os leitores que vêm acompanhando os casos clínicos descritos por mim neste Site, sabem dos inúmeros benefícios obtidos pelos pacientes que passaram por essa terapia.

Veja a seguir, o caso de uma paciente que sofria de endometriose e dificuldade de engravidar.

Caso Clínico:
Endometriose e dificuldade de engravidar.
Mulher de 28 anos, casada.

Veio ao meu consultório querendo entender por que desenvolvera a endometriose (inflamação da membrana mucosa que reveste o útero internamente) há dois anos. Chorava de dor por conta das cólicas fortíssimas que sentia constantemente. A paciente tinha também o útero retrovertido (invertido). Por conta de um cisto hemorrágico passou por uma cirurgia e teve que extrair o ovário e a trompa direita.

Após novos exames constatou-se que a endometriose tinha migrado para o intestino, e ao se submeter à outra cirurgia foi tirada uma parte de seu intestino.

O outro motivo que a fez procurar a terapia era sua dificuldade de engravidar. Mesmo não tomando pílula anticoncepcional, não conseguia engravidar.

O sonho de seu marido (mais dele do que dela, já que nunca pensou em casar e tampouco ter filhos) sempre foi de ter um filho. O fato dela não conseguir engravidar gerava brigas constantes no casal.

Quando tomava medicação as dores cessavam e o avanço da doença também, mas, se parava, as dores voltavam novamente.

Ao regredir a paciente me relatou:

“Estou sozinha numa praia isolada, longe de casa. Sou branca, uso um vestido longo, clarinho, meus cabelos são compridos. Sou moça, devo ter uns 20 anos. É uma outra vida. Fui nessa praia para pensar”.

– Em quê – pergunto à paciente.

“Tenho que escolher, sinto-me angustiada (paciente começa a chorar).

Estou grávida… Tenho medo de contar à minha mãe”.

– Você tem pai? – Pergunto novamente à paciente.

“Ele nos abandonou, foi morar com outra mulher. Tenho que ajudar minha mãe lavando roupa numa casa grande. O dono da casa me prendeu no quarto e me falou que se não cedesse não iria mais nos deixar trabalhar na casa dele.

Minha mãe também trabalhava nessa casa, na cozinha.

Ela vivia dizendo que a gente tem que ser certa na vida, fazer as coisas direito. Fui levar a roupa lavada e a senhora, esposa do dono, não estava naquele dia. Ele estava com um amigo, fechando negócio.

Os dois me obrigaram a fazer sexo (paciente chora). Eu não queria.

Não posso deixar esse nenê vir, tenho medo de falar para minha mãe”.

– Avance mais para frente nessa cena – peço à paciente.

“Acabei tirando o nenê. Tomei um chá, uma erva abortiva. Minha mãe não ficou sabendo, eu a convenci a ir embora. Falei que o dono da casa estava me perseguindo, mas não contei o que aconteceu realmente.

Minha mãe ficou com medo, queria me proteger e a gente foi embora. Nunca contei a verdade, ela ia ficar triste, decepcionada comigo. Mudamos para outra cidade (pausa).

Há uma guerra, vejo um monte de soldados. Minha mãe cozinha numa outra casa, e eu lavo roupa (pausa).

Vou para a guerra como enfermeira”.

– E a sua mãe? – Pergunto à paciente.

“Nunca mais a vi”.

– Avance mais para frente nessa cena, anos depois – peço à paciente.

“Estou velha, cabelos brancos, mais gorda. Não quis casar, achava os homens nojentos. Após o abuso sexual, não quis me envolver com nenhum homem, embora muitos me quisessem. Na verdade, fui à guerra me matar. Eu me apresentei como voluntária. Via todos os dias gente morrendo. Eu os ajudava, abreviando o sofrimento deles.

Mas não deixei ninguém cuidar de mim, nem minha mãe. Não tive coragem de voltar para ver minha mãe.

Sentia falta dela, mas ela ficava me pressionando para arrumar um marido. Falava que eu não podia ficar sozinha, mas nunca tive coragem de lhe dizer que abortei uma criança. Por isso, acabei fugindo, indo para a guerra”.

– Vá para o momento de sua morte, veja como termina essa vida passada – Peço à paciente.

“Estou num quarto, acho que é um hospital. Sinto dor no peito, morri de infarto. Minha mãe veio me buscar em espírito. Fala que não precisava ter escondido o ocorrido, que ela poderia me ajudar.

Ela está com um menino ao seu lado. Ele é branquinho, lindo, é o filho que abortei (paciente chora).

Ele diz que me perdoou, me chama de mãe. Minha mãe me abraça, meu peito ainda dói”.

Na sessão seguinte, na 4ª sessão (última) a paciente me relatou:

“Vejo uma praia, tem uma moça sentada numa pedra. Ela é bonita, alta, usa um vestido longo, azul, tem um cabelo preto, comprido. É a minha mentora espiritual. Ela me abraça, diz que estava me esperando. Pega a minha mão e me faz sentar na pedra, junto com ela.

Ela diz: ‘A água é a fonte da vida, você não pode negar o caminho que já estava aberto. Seu companheiro (marido) precisa aprender a respeitar a vida, as leis da vida. Como ele achou que podia interromper tanto a vida?
Indiretamente, ajudou as mulheres a interromperem muitas vidas. Ele facilitava o acesso às drogas abortivas (paciente me disse que antes de casar com o marido, ele vendia comprimidos proibidos, abortivos).

Ele acha que não existe a lei do retorno (causa e efeito), uma das leis universais, mas a única coisa que realmente não existe é a barganha com Deus. Enquanto ele não entender isso, a vida não vai acontecer, ele não terá o filho que tanto deseja. Mas a porta vai se abrir para o seu companheiro quando for a hora dele. Ele ainda não compreende as leis da vida, e você está sendo usada pela espiritualidade para ensiná-lo. Mas ambos têm lições para aprender disso. Você passou muito tempo não querendo construir uma família, e ele passou algum tempo impedindo essa construção, através das pílulas abortivas’”.

– Pergunte à sua mentora por que você nunca quis construir uma família? – Peço à paciente.

“Ela diz que foi por conta daquela vida passada em que fui abusada sexualmente e com isso fiquei com medo de criar laços afetivos com um homem e constituir uma família.

Portanto, o meu marido foi colocado em minha vida para me ensinar a confiar nos homens, e eu vim para ensiná-lo a respeitar as leis da vida, pois ele é muito materialista, ainda ignorante no campo espiritual.

Minha mentora me diz que sou um canal de comunicação da espiritualidade, por isso vim com essa mediunidade bem aflorada (paciente já trabalhou como médium de incorporação num centro espírita, mas por conta das dores fortes que sentia em função da endometriose, acabou não mais trabalhando como médium)”.

– Pergunte à sua mentora se caso você não exercer à sua mediunidade ajudando as pessoas, a doença vai persistir – Peço à paciente.

“Afirma que a doença vai persistir até a lição ser aprendida tanto de minha parte como de meu marido.

– Quais são as suas lições? – Peço à paciente.

“Humildade, amor materno, criar laços de família, aceitação e resignação”.

– E do seu marido? – Pergunto à paciente.

“Ela diz que são mais complicadas, mas as principais são: humildade, respeito às leis da vida, compaixão, tolerância, amor, generosidade.

Diz ainda que caso Deus permita, mais para frente será concedido um filho.

Pede para eu voltar a trabalhar minha mediunidade num centro espírita.

Ressalta que foi esse o propósito que vim desenvolver na encarnação atual. A aceitação de minha missão tem que ser completa, de corpo e alma, assim como a aceitação da vontade de Deus. Ela está agradecendo ao nosso Pai por ter permitido esse encontro, essa terapia.

Está também agradecendo aos seus guias espirituais (a mentora estava se referindo à equipe espiritual que assessora o meu trabalho no consultório) pela oportunidade desse encontro.

Diz ainda que o canal desse encontro ficará aberto porque posteriormente terei que voltar à terapia, e está abençoando essa casa que o senhor abriu (na verdade, o consultório é um portal da espiritualidade dos Espíritos Superiores)

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