Bhagavad G?t?
Por Cláudio Azevedo
Azevedo, Cláudio; A Bhagavad G?t?, Editora Órion, Fortaleza, 2.009
(ainda no prelo)
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Capítulo 2 (parte 2)
s==]Ky=y==eg=/
O CONHECIMENTO TRANSCENDENTAL
aq= c=En=] in=ty=j==t=] in=ty=] v== m=ny=s=e m=&t=m=< +
t=q==ip= tv=] m=h=b==h=e n=Ev=]] x==eic=t=um=< ah*òs= ++äê++
atha caina? nitya-j?ta? nitya? v? manyase m?tam
tath?pi tva? mah?-b?ho naina? ?ocitum arhasi
(2.26) Se, no entanto, pensas que a alma sempre nasce e morre para sempre, mesmo assim, não tens razão para lamentar, ó pessoa de braços poderosos.
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t=sm==d< ap=irh=y=e*Cq=e* n= tv=] x==eic=t=uum=< ah*òs= ++äë++
j?tasya hi dhruvo m?tyur dhruva? janma m?tasya ca
tasm?d aparih?rye ‘rthe na tva? ?ocitum arhasi
(2.27) Alguém que nasceu com certeza morrerá, e após a morte ele voltará a nascer. Portanto, no inevitável cumprimento do dever, não deves te lamentar.
avy=kt==dIin= B=Ut==in= vy=kt=m=Qy==in= B==rt= +
avy=kt=in=Q=n==ny=ev= t=F= k:= p=irdev=n== ++äè++
avyakt?d?ni bh?t?ni vyakta-madhy?ni bh?rata
avyakta-nidhan?ny eva tatra k? paridevan?
(2.28) Todos os seres criados são imanifestos no seu começo, manifestos no seu estado intermediário, e de novo imanifestos quando aniquilados. Então, qual a necessidade de lamentação?
a=xc=y=*v=t=< p=xy=it= k:ûxc=d< An=m=< a=xc=y=*v=d< v=dit= t=q=Ev= c==ny=/ +
a=xc=y=*v=cc=En=m=< any=/ x=&[==eit= Xutv==py=en=] v=ed n= c=Ev= k:ûxc=t=< ++äï++
??carya-vat pa?yati ka?cid ena? ?scarya-vad vadati tathaiva c?nya?
??carya-vac caiman anya? ???oti ?rutv?py ena? veda na caiva ka?cit
(2.29) Alguns consideram a alma espantosa, outros descrevem-na como espantosa, e alguns ouvem dizer que ela é espantosa, enquanto outros, mesmo após ouvir sobre ela, não podem absolutamente compreendê-la.
dehI in=ty=m=< av=Qy==eCy=] dehe s=v=*sy= B==rt= +
t=sm==t=< s=v==*ò[= B=Ut==in= n= tv=] x==eic=t=um=< ah*òs= ++àî++
deh? nityam avadhyo ‘ya? dehe sarvasya bh?rata
tasm?t sarv??i bh?t?ni na tva? ?ocitum arhasi
(2.30) Ó descendente de Bharata, aquele que mora no corpo nunca pode ser morto. Portanto, não precisas afligir-te por nenhum ser vivo.
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Q=my==*ò3 y=u3=c%Mey==eCny=t=< Z=iF=y=sy= n= iv=6t=e ++àâ++
Sva-dharmam api c?veksya na vikampitum arhasi
Dharmy?d dhi yuddh?c chreyo ‘nyat k?atriyasya na vidyate
(2.31) Considerando teu dever específico de kshatriya, deves saber que não há melhor ocupação para ti do que lutar conforme determinam os princípios religiosos; e assim não há necessidade de hesitação.
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s=uûK=n=/ Z=iF=y==/ p==q=* D=B=nt=e y=u3m=< w*¡x=m=< ++àä++
yad?cchay? copapanna? svarga-dv?ram ap?v?ta?
sukhina? k?atriy?? p?rtha labhante yuddham ?d??a?
(2.32) Ó Partha, felizes são os kshatriyas a quem aparece essa oportunidade de lutar, abrindo-lhes as portas dos planetas celestiais.
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t=t=/ sv=Q=m=*] k:Iit=*] c= ihtv== p==p=m=< av==psy=òs= ++àà++
atha cet tvam ima? dharmya? sa?gr?ma? na kari?yasi
tata? sva-dharma? k?rti? ca hitv? p?pam av?psyasi
(2.33) Se, contudo, não executares teu dever religioso e não lutares, então na certa incorrerás em pecados por negligenciar teus deveres e assim perderás tua reputação de lutador.
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s=]B==iv=t=sy= c==k:Iit=*r< m=r[==d< ait=ircy=t=e ++àå++
ak?rti? c?pi bh?t?ni kathayi?yanti te ‘vyav??
sa?bh?vitasya c?k?rtir mara??d atiricyate
(2.34) As pessoas sempre falarão de tua infâmia, e para alguém respeitável, a desonra é pior do que a morte.
B=y==d< r[==d< Wp=rt=] m=]sy=nt=e tv==] m=h=rq==/ +
y=e{==] c= tv=] b=hum=t==e B=Utv== y==sy=òs= D==G=v=m=< ++àç++
bhay?d ra??d uparata? ma?syante tv?? mah?-rath??
ye??? ca tva? bahu-mato bh?tv? y?syasi l?ghava?
(2.35) Os grandes generais que têm na mais alta estima o teu nome e fama pensarão que deixaste o campo de batalha simplesmente porque estavas com medo, e portanto te considerarão insignificante.
av==cy=v==d=]xc= b=hUn=< v=id{y=ònt= t=v==iht==/ +
in=ndnt=s=< t=v= s==m=qy=*] t=t==e du/K=t=r] n=uu òk:m=<< ++àê++
av?cya-v?d??? ca bah?n vadi?yanti tav?hit??
nindantas tava s?marthya? tato du?khatara? nu kim
(2.36) Teus inimigos te descreverão com muitas palavras indelicadas e desdenharão tua habilidade. Que poderia ser mais doloroso para ti?
ht==e v== p=>=psy=òs= sv=g=*] òj=tv== v== B==eZy=s=e m=hIm=< +
t=sm==d< WiT={@ k:=Ent=ey= y=u3=y= k&:t=in=xc=y=/ ++àë++
hato v? pr?psyasi svarga? jitv? v? bhok?yase mah?m
tasm?d utti??ha kaunteya yuddh?ya k?ta-ni?caya?
(2.37) Ó filho de Kunti, ou serás morto no campo de batalha e alcançarás os planetas celestiais, ou conquistarás e gozarás o reino terrestre. Portanto, levanta-te com determinação e luta.
s=uK=du/K=e s=m=e k&:tv== D==B==D==B==E j=y==j=y==E +
t=t==e y=u3=y= y=ujy=sv= n=Ev=] p==p=m=< av==psy=òs= ++àè++
sukha-du?ke same k?tv? l?bh?l?bhau jay?jayau
tato yuddh?ya yujyasva naiva? p?pam av?psyasi
(2.38) Luta pelo simples fato de lutar, sem levar em consideração felicidade ou aflição, perda ou ganho, vitória ou derrota – e adotando este procedimento nunca incorrerás em pecado.
A{== t=eCiB=iht== s==]Ky=e b=ui3r< y==eg=e tv=< wm==] x=&[=u +
b=u3Y= y=ukt==e y=y== p==q=* k:m=*b=nQ=] p=>h=sy=òs= ++àï++
a?? te ‘bhihit? s??khye buddhir yoge tv im?? ???u
buddhy? yukto yay? p?rtha karma-bandha? prah?syasi
(2.39) Até aqui, descrevi-te este conhecimento através do estudo analítico. Agora ouve enquanto Eu o explico em termos do trabalho sem resultados fruitivos. Ó filho de Pritha, quando ages com esse conhecimento, podes libertar-te do cativeiro decorrente das ações.
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sv=Dp=m=< apy=< asy= Q=m=*sy= F==y=t=e m=ht==e B=y==t=< ++åî++
neh?bhikrama-n??o ‘sti pratyav?yo na vidyate
sv-alpam apy asya dharmasya tr?yate mahato bhay?t
(2.40) Neste esforço, não há perda nem diminuição, e um pequeno progresso neste caminho pode proteger a pessoa do mais perigoso tipo de medo.
vy=v=s==y==òtm=k:= b=ui3r< Ake:h ku:on=ndn= +
b=hux==K== Ä< an=nt==xc= b=u3y==eCvy=v=s==iy=n==m=< ++åâ++
vyavas?y?tmik? buddhir ekeha kuru-nandana
bahu-?akh? anant?? ca buddhayo ‘vyavas?yin??
(2.41) Aqueles que estão neste caminho são resolutos, e têm apenas um objetivo. Ó amado filho dos Kurus, a inteligência daqueles que são irresolutos tem muitas ramificações.
y==m=< wm==] p=uû{p=t=]= v==c=] p=>v=dnty=< aiv=p=ûxc=t=/ +
v=edv==drt==/ p==q=** n==ny=d< ast=Iit= v==idn=/ ++åä++
y?? im?? pu?pit?? v?ca? pravadanty avipa?cita?
veda-v?da-rat?? p?rtha n?nyad ast?ti v?dina?
(2.42) Os homens de pouco conhecimento estão muitíssimo apegados às palavras floridas dos Vedas, que recomendam várias atividades fruitivas àqueles que desejam elevar-se aos planetas celestiais, com o conseqüente bom nascimento, poder e assim por diante.
k:=m==tm==n=/ sv=g=*p=r= j=nm=k:m=*f:D=p=>d=m=< +
òk>:y==iv=x=e{=b=huD==] B==eg=Exv=y=*g=it=] p=>it= ++åà++
k?m?tm?na? svarga-par? janma-karma-phala-prad??
kriy?-vi?e?a-bahul?? bhogai?varya-gati? prati
(2.43) Por estarem ávidos de gozo dos sentidos e vida opulenta, eles dizem que isto é tudo o que existe.
B==eg=Exv=y=*p=>s=kt==n==] t=y==p=Åt=c=et=s==m=< +
vy=v=s==y==òtm=k:= b=ui3/ s=m==Q==E n= iv=Q=Iy=t=e ++åå++
bhogai?varya-prasakt?n?? tay?pah?ta-cetas??
vyavas?y?tmik? buddhi? sam?dhau na vidh?yate
(2.44) Nas mentes daqueles que estão muito apegados ao gozo dos sentidos e à opulência material, e que se deixam confundir por estas coisas, não ocorre a determinação resoluta de prestar serviço devocional ao Senhor Supremo.
F=Eg=u[y=iv={=y== v=ed= in=sF=Eg=u[y==e B=v==j=*un= +
in=8*n8=e in=ty=s=Tv=sq==e in=y==e*g=Z=em= a=tm=v==n=< ++åç++
trai-gu?ya-vi?ay? ved? nistrai-gu?yo bhav?rjuna
nirdvandvo nitya-sattva-stho niryoga-k?ema ?tmav??
(2.45) Os Vedas tratam principalmente do tema três modos da natureza material. Ó Arjuna, torna-te transcendental a esses três modos. Liberta-te de todas as dualidades e de todos os anseios advindos da busca de ganho e segurança e estabelece-te no eu.
y==v==n=q=* Wdp==n=e s=v=*t=/ s=]pD=ut==edke: +
t==v==n=< s=v=e*{=u v=ede{=u b=>=É[=sy= iv=j==n=t=/ ++åê++
y?v?n artha udap?ne sarvata? samplutodake
t?v?n sarve?u vede?u br?hma?asya vij?nata?
(2.46) Todos os propósitos satisfeitos por um poço pequeno podem imediatamente ser satisfeitos por um grande reservatório de água. De modo semelhante, pode servir-se de todos os propósitos dos Vedas quem conhece o seu propósito subjacente.
k:m=*[y=ev==iQ=k:=rst=e m== f:D=e{=u k:d=c=n= +
m== k:m=*f:D=het=ur< B=Ur< m== t=e s=V<g==eCstv=< ak:m=*ò[= ++åë++
karma?y ev?dhik?ras te m? phale?u kad?cana
m? karma-phala-hetur bh?r m? te sa?go ‘stv akarma?i
(2.47) Tens o direito de executar teu dever prescrito, mas não podes exigir os frutos da ação. Jamais te consideres a causa dos resultados de tuas atividades, e jamais te apegues ao não-cumprimento do teu dever.
y==eg=sq=/ ku:o k:m==*ò[= s=V<g=] ty=ktv== Q=n=]j=y= +
òs=3Yòs=3Y=e/ s=m==e B=Utv== s=m=tv=] y==eg= Wcy=t=e ++åè++
yoga-stha? kuru karm?? sa?ga? tyaktv? dhanañjaya
siddhy-asiddhyo? samo bh?tv? samatva yoga ucyate
(2.48) Desempenha teu dever com equilíbrio, ó Arjuna, abandonando todo o apego a sucesso ou fracasso. Essa equanimidade chama-se yoga.
dUre[= Äv=r] k:m=* b=ui3y==eg==d< Q=n=]j=y= +
b=u3=E x=r[=m=< aònv=c% k&:p=[==/ f:D=het=v=/ ++åï++
d?rena hy avaram karma buddhi-yog?d dhanañjaya
buddhau ?ara?am anviccha k?pa??? phala-hetava?
(2.49) Ó Dhanañjaya, através do serviço devocional, mantém todas as atividades abomináveis bem distantes, e com esta consciência, rende-te ao Senhor. Aqueles que querem gozar o fruto de seu trabalho são mesquinhos.
b=ui3y=ukt==e j=h=t=Ih WB=e s=uk&:t=du{k&:t=e +
t=sm==d< y==eg==y= y=ujy=sv= y==eg=/ k:m=*s=u k:=Ex=D=m=< ++çî++
buddhi-yukto jah?t?h? ubhe suk?ta-du?k?te
tasm?d yog?ya yujyasva yoga? karmasu kau?ala?
(2.50) Um homem ocupado em serviço devocional livra-se tanto das boas quanto das más ações, mesmo nesta vida. Portanto, empenha-te na yoga, que é a arte de todo o trabalho.