Śvetāśvatara Upaniṣad

A Meditação pode ser apreendida, e deve ser praticada de acordo com regras reconhecidas.

Através dos seus métodos, é possível perceber o Brahman pessoal, o qual,

unido com Maya, cria, preserva e dissolve o Universo e, igualmente,

o Brahman impessoal, que transcende todas as formas de ser,

que existe eternamente, sem atributos e sem ação.

 

OM …

Com nossos ouvidos, possamos ouvir o que é bom.

Com nossos olhos, possamos contemplar vossa integridade.

Tranqüilos no corpo, possamos nós, que vos veneramos, encontrar repouso.

OM …  Paz – paz – paz.

OM … Salve o supremo Eu!

 

 

Os discípulos indagam no interior de si mesmos:

 

  1. Qual é a causa deste Universo? É Brahman? De onde viemos? Por que vivemos? Onde finalmente descansaremos? Sob o comendo de quem estamos atados pela lei da felicidade e seu oposto?
  2. O tempo, a lei, o acaso, a matéria, a energia primordial, a inteligência – nenhum desses, nem uma combinação deles, pode ser a causa final do Universo, pois eles também são efeitos, e existem para servir a alma. Nem pode o Eu individual ser a causa, pois, estando sujeito à lei da felicidade e da miséria, não é livre.
  3. Os videntes, absortos na contemplação, viram dentro de si próprios, a realidade final, o ser autoluminoso, o Único Deus, que mora como o poder autoconsciente em todas as criaturas. Ele é Um sem segundo. Ele habita o interior de todos os seres, oculto da vista pelos invólucros das gunas – sattwa, rajas, e tamas. Ele reina sobre o tempo, o espaço e sobre todas as causas aparentes.
  4. Este vasto Universo é uma roda. Sobre ela estão todas as criaturas que estão sujeitas ao nascimento, à morte e ao renascimento. Ela gira continuamente e nunca pára. Ela é a roda de Brahman. Enquanto o eu individual pensa que é separado de Brahman, ele dá voltas sobre a roda, ligado às leis do nascimento, da morte e do renascimento. Porém quando, através da graça de Brahman, ele percebe sua identidade com ele, não gira mais sobre a roda. Ele alcança a imortalidade.
  5. Aquele que se realiza por transcender o mundo da causa e do efeito, em profunda contemplação, é expressamente declarado pelas escrituras com sendo o supremo Brahman. Ele é a substância; tudo o mais é a sombra. Ele é imperecível. Os que conhecem Brahman o conhecem como a única realidade por trás de tudo o que é aparente. Por essa razão, são devotados a Ele. Absortos Nele, libertam-se da roda do nascimento, da morte e do renascimento.
  6. O Senhor sustenta esta Universo, que é feito do perecível e do imperecível, do manifesto e do imanifesto. A alma individual, esquecida do Senhor, apega-se ao prazer e, desse modo, se prende. Quando ela vem para o Senhor, é libertada de todos os seus grilhões.
  7. A mente e a matéria, o senhor e o servo – ambas existem desde tempos sem início. Maya, que as une, também existe desde tempos sem início. Quando todas as três – a mente, a matéria e Maya – são conhecidas como unas com Brahman, percebe-se então que o Eu é infinito e não participa da ação. Revela-se então que o Eu é tudo.
  8. A matéria é perecível. O Senhor, o destruidor da ignorância, é imperecível, imortal. Ele é o único Deus, o Senhor do perecível e de todas as almas. Ao meditar sobre Ele, ao se unir a Ele, ao se identificar com Ele, a pessoa deixa de ser ignorante.
  9. Conhecei Deus, e todos os grilhões serão afrouxados. A ignorância desaparecerá. O nascimento, a morte e o renascimento não mais existirão. Meditai sobre ele e transcendei a consciência física. Assim alcançareis a união com o Senhor do Universo. Assim vos identificareis com Ele, que é Um ser ter segundo. Nele, todos os vossos desejos serão realizados.
  10. A verdade é que estais sempre unidos com o Senhor. Porém, tendes que saber disso. Não há nada além disso para saber. Meditai e percebereis que a mente, a matéria e Maya (o poder que une a mente e a matéria) são apenas três aspectos de Brahman, a Realidade Única.
  11. O fogo, apesar de estar presente nos gravetos, não é percebido até que um graveto seja friccionado contra outro. O Eu é como esse fogo: é percebido no corpo pela meditação sobre a sílaba sagrada OM.
  12. Que vosso corpo seja o graveto que é friccionado, e a sagrada sílaba OM, o graveto que se fricciona contra ele. Assim percebereis Deus, que está oculto dentro do corpo como o fogo está oculto dentro da madeira.
  13. Como o óleo das sementes de gergelim, a manteiga na nata, a água no leito do rio, o fogo no pavio, o Eu habita dentro da alma. Percebei-o através da honestidade e da meditação.
  14. Como a manteiga na nata, o Eu está em tudo. O conhecimento do Eu é obtido através da meditação. O Eu é Brahman. Através de Brahman toda a ignorância é destruída.
  15. Para perceber Deus, controlai, em primeiro lugar, os sentidos exteriores e utilizai a mente. Meditai, então, sobre a luz no coração do fogo – meditai, melhor dizendo, sobre a consciência pura como sendo diferente da consciência comum do intelecto. Assim o Eu, a Realidade Interior, poderá ser visto além da aparência física.
  16. Controlai vossa mente de forma que a Realidade Final, o Senhor autoluminoso, possa ser revelada. Lutai com veemência pela eterna bem-aventurança.
  17. Com a ajuda da mente e do intelecto,impedi que os sentidos se apeguem aos objetos do prazer. Eles serão purificados pela luz da Realidade Interior, e essa luz será revelada.
  18. Os sábios controlam suas mentes, e unem seus corações com o Senhor Infinito, onisciente, que tudo permeia. Somente almas capazes de discernimento praticam as disciplinas espirituais. Grande é a glória do ser autoluminoso, a Realidade Interior.
  19. Escutai, todos vós, crianças da bem-aventurança imortal, e também vós, deuses que habitais nos céus: segui apenas os passos dos iluminados, e, através da contínua meditação, incorporai tanto a mente como o intelecto ao Brahman eterno. O Senhor glorioso vos será revelado.
  20. Controlai a força vital. Acendei o Eu interior pela prática da meditação. Embriagai-vos com o vinho do amor divino. Desse modo atingireis a perfeição.
  21. Sede devotados ao Brahman eterno. Uni a luz no vosso interior com a luz de Brahman. Dessa forma, a fonte de ignorância será destruída, e vos erguereis acima do karma.
  22. Sentai-vos eretos, mantendo o peito, o pescoço e a cabeça erguidos. Voltai os sentidos e a mente para o interior, na direção do lótus do coração. Meditai sobre Brahman com o auxílio da sílaba OM. Interceptai as temíveis correntes do oceano da prolixidade com a jangada de Brahman –  a sagrada sílaba OM.
  23. Mantende os sentidos sob controle com intenso esforço. Controlando a respiração, regulai as atividades vitais. Do mesmo modo como um cocheiro contém seus cavalos rebeldes, assim um aspirante perseverante contém sua mente.
  24. Retirai-vos para um lugar solitário, como uma gruta na montanha ou qualquer lugar sagrado. O lugar deve ser protegido do vento e da chuva, e deve possuir um chão suave e limpo, livre de pedras e da poeira. Não deve ser úmido, e deve estar livre de ruídos perturbadores. Deve ser agradável à vista e tranqüilizador para a mente. Sentados ali, praticai a meditação e outros exercícios espirituais.
  25. Ao praticardes a meditação, podereis ter visões de formas que lembram a neve, o cristal, o vento, a fumaça, o fogo, o relâmpago, vagalumes, o Sol e a Lua. Esses são indícios de que estais em vosso caminho para a revelação de Brahman.
  26. Ao vos absorverdes na meditação, percebereis que o Eu é separado do corpo e por essa razão não será afetado pela doença, pela velhice ou pela morte.
  27. Os primeiros sinais de progresso no caminho da Yoga são a saúde, uma sensação de leveza física, uma tez límpida, uma voz bela, um odor agradável na pessoa e a libertação dos desejos.
  28. Como uma peça de metal manchada reluz intensamente quando polida, assim o habitante do corpo, ao perceber a verdade do Eu, é libertado da dor e obtém a bem-aventurança.
  29. O iogue experimenta diretamente a verdade de Brahman ao perceber a luz do Eu dentro de si. Ele é libertado de todas as impurezas – ele, o puro, o que nunca nasceu, o luminoso.
  30. Ele é o Deus único, que está presente no Norte, no Leste, no Sul e no Oeste. Ele é o Criador. Ele penetra em todos os úteros. Somente Ele nasce agora como todos os seres, e somente Ele nascerá como todos os seres no futuro. Ele está no interior de todas as pessoas como o Eu interior, olhando para todas as direções.
  31. Adoremos o Senhor, o luminoso, que está no fogo, que está na água, que está nas plantas e nas árvores, que permeio todo o Universo.
  32. A Existência Única e Absoluta, impessoal, junto com sua inescrutável Maya, aparece como o Senhor divino, o Deus pessoal, contemplado com inúmeras glórias. Com seu poder divino, ele mantém o domínio sobre todos os mundos. Nos períodos de criação e dissolução do Universo, só Ele existe. Aqueles que O percebem tornam-se imortais.
  33. O Senhor é Um sem segundo. Com seu poder divino, ele reina sobre todos os mundos. Ele habita o interior do homem, e o interior de todos os outros seres. Ele projeta o Universo, sustenta-o e recolhe-o dentro de si.
  34. Seus olhos estão em todos os lugares; sua face, sues braços, seus pés estão em todos os lugares. Ele criou a partir de si próprio os céus e a Terra, e, com seus baços e suas asas, os mantém unidos.
  35. Ele é a origem e o apoio dos deuses. Ele é o Senhor de tudo. Ele espalha bem-aventurança e sabedoria sobre aqueles que são dedicados a Ele. Ele destrói seus pecados e dores.
  36. Ele pune os que infringem as suas leis. Ele tudo vê e sabe. Possa Ele contemplar-nos com bons pensamentos.
  37. Ó Senhor, revelastes vossa sílaba sagrada OM, que é Una convosco. Em vossas mãos existe uma arma com a qual a ignorância é destruída. Ó protetor de vossos devotos, não oculteis vossa benigna pessoa.
  38. Sois o supremo Brahman. Sois infinito. Assumistes as formas de todas as criaturas, permanecendo oculto dentro delas. Vós permeais tudo. Vós sois o único Deus do Universo. Aqueles que vos percebem tornam-se imortais.
  39. Disse o grande vidente Swetasvatara:
  40. Conheci, além de toda a escuridão, aquela grande Pessoa de fulgor dourado. Somente através do conhecimento Dele se pode conquistar a morte. Não existe qualquer outra forma de escapar da roda do nscimento, da morte e do renascimento.
  41. Não existe nada superior a Ele, nada diferente Dele, nada mais sutil ou superior a Ele. Sozinho, ele permanece, imutável, autoluminoso; Ele, o Grande, preenche este Universo.
  42. Embora preencha o Universo, Ele o transcende. Ele não é tocado por suas misérias. Ele não tem forma. Aqueles que O conhecem tornam-se imortais. Os outros permanecem nas profundezas da miséria.
  43. O Senhor Deus, que tudo permeia e é onipresente, habita o coração de todos os seres. Cheio de graça, Ele, ao final, dá a lliberação a todas as criaturas, voltando Suas faces na direção dele.
  44. Ele é o Eu mais profundo. Ele é o grande Senhor. É Ele que revela a pureza dentro do coração mediante a qual Ele, que é puro Ser, pode ser alcançado. Ele é o governante. Ele é a grande Luz, que brilha para sempre.
  45. Esse grande Ser, assumindo uma forma do tamanho de um polegar, habita para sempre os corações de todas as criaturas como seu Eu mais profundo. Ele pode ser conhecido diretamente pelo coração purificado através do discernimento espiritual. Ao conhecê-lo, os homens tornam-se imortais.
  46. Esse grande Ser possui mil cabeças, mil olhos e mil pés. Ele envolve o Universo. Embora transcendente, deve-se meditar sobre Ele como residindo no lótus do coração, no centro do corpo, dez dedos acima do umbigo.
  47. Somente Ele é tudo isso – o que já foi e o que será. Ele se tornou este Universo. Contudo, permanece para sempre imutável, e é o senhor da imortalidade.
  48. Suas mãos e pés estão em todos os lugares, seus olhos, cabeças e bocas estão em todos os lugares. Seus ouvidos estão em todos os lugares. Ele permeia tudo no Universo.
  49. Sem possuir órgãos dos sentidos, mas refletindo as atividades dos sentidos, Ele é o senhor e governante de tudo.
  50. Ele é o amigo e o refúgio de todos.
  51. Ele reside no corpo, a cidade de nove portões. Ele se distrai no mundo exterior de inúmeras formas. Ele é o mestre, o governante de todo o mundo, do animado e do inanimado.
  52. Ele se move rapidamente embora não tenha pés. Ele segura tudo, embora não tenha mãos. Ele vê tudo, embora não tenha olhos. Ele ouve tudo, embora não tenha ouvidos. Ele conhece tudo, mas ninguém O conhece. Ele é chamado o Supremo, o Grande.
  53. Mais sutil do que o mais sutil, maior do que o maior, o Eu está oculto no coração de todas as criaturas. Através da Sua graça, o homem abandona os seus desejos, transcende a dor, e o percebe como Brahman Supremo.

 

Ó Brahman Supremo!

Vós não possuís forma, contudo,

(Embora ninguém saiba a razão)

Criais muitas formas;

Vós as criais, e então

As recolheis dentro de Vós.

Enchei-nos com os Vossos pensamentos!

 

Vós sois o fogo,

Vós sois o Sol,

Vós sois o ar,

Vós sois a Lua,

Vós sois o firmamento estrelado,

Vós sois o Supremo Brahman:

Vós sois as águas – Vós,

O Criador de tudo!

 

Vós sois a mulher, Vós sois o homem,

Vós sois o jovem, Vós sois a donzela,

Vós sois o ancião que cambaleia com seu cajado;

Vós estais voltado para todos os lados.

 

Vós sois a borboleta escura,

Vós sois o papagaio verde com olhos vermelhos,

Vós sois a nuvem de trovoada, as estações, os mares,

Sois sem princípio,

Além do tempo, além do espaço.

Vós sois Aquele de quem brotaram

Os três mundos.

 

Maya é a Vossa consorte divina –

Casada convosco.

Vós sois o Seu senhor, o Seu governante.

Ela é vermelha, branca e negra,

 

Sendo cada cor uma guna.

Inúmeros são os Seus filhos –

Os rios, as montanhas,

Flores, pedra e árvore,

Besta, pássaro e homem –

De todos os modos, iguais a Ela própria.

Vós, espírito na carne,

Esquecendo o que sois,

Unistes-Vos com Maya,

Porém apenas por uma estação.

Separando-Vos finalmente Dela,

Vós vos recuperastes.

 

Vós, imortal Brahman,

E Vós, feito de barro

(dois seres, porém um só) –

Como dois belos pássaros,

De plumagem dourada,

Inseparáveis companheiros,

Empoleirados nos altos galhos

Da mesma árvore –

Como homem provais

Os doces frutos da árvore,

Os frutos doces e os amargos:

Porém, como Brahman, senhor de Maya,

Permaneceis invisível,

Imóvel,

Calmamente observando.

 

Esquecendo sua unidade convosco,

Desnorteado pela sua fraqueza,

Cheio de dor está o homem;

Deixai-o, porém, olhar-Vos de perto,

Conhecer-Vos como a ele mesmo,

Ó Senhor, O mais venerado, E contemplar a Vossa glória –

Vejam: toda a sua profunda dor

Transforma-se em alegria.

 

Imutável sois Vós,

Supremo, puro!

Em Vós moram os deuses.

Vós sois a fonte de todas as escrituras:

Porém, que proveito terão as escrituras

Se forem suaves nos lábios, Mas ausentes do coração?

Para aquele que Vos conhece chega a plenitude –

Para ele somente!

 

Vós sois o Senhor e o Mestre de Maya,

O homem é seu escravo.

Unindo-Vos com Maya, elaborastes o Universo.

Vós sois a fonte de todas as escrituras,

E a fonte de todos os credos.

O Universo é a Vossa Maya;

E Vós, grande Deus, Seu senhor,

Onde quer que o olho caia,

Ali, dentro de todas as formas,

Vós habitais.

 

Vós sois um Só, apenas um.

Nascido de muitos úteros, Vós vos tornastes muitos:

Para Vós todos retornam.

Vós, Senhor Deus, concedeis todas as bênçãos,

Vós a Luz, Vós o Adorável.

Quem quer que Vos encontre

Encontra paz infinita.

 

Vós sois o Senhor Deus de todos os deuses,

Todos os mundos descansam em Vós;

Vós sois o governante das bestas,

De duas patas, de quatro patas;

Seja Vossa a devoção dos nossos corações!

Vós sois o Senhor bem-aventurado,

Mais sutil do que o mais sutil.

Somente em Vós existe paz.

 

Vós, único guardião do Universo,

Vós, senhor de tudo,

Nos corações das criaturas

Vós vos escondeis.

Os deuses e os que vêem se tornam um convosco.

Aqueles que Vos não conhecem não morrem.

 

De todas as religiões Vós sois a fonte.

Ao brilhar a luz do Vosso conhecimento,

Não existe dia ou noite,

Ser ou não ser –

Somente Vós sois.

 

Somente Vós sois – Vós a Luz

Imperecível, adorável;

Grande Glória é o Vosso nome.

Ninguém está ao Vosso lado,

Ninguém é igual a Vós.

 

Invisível é a Vossa forma,

Invisível aos olhos mortais;

Só aqueles que vêem

Em seus corações purificados –

Só eles Vos vêem.

Só eles são imortais.

Nem macho nem fêmea Vós sois,

Nem neutro;

Seja qual for a forma que assumis,

Isto Vós sois.

 

Vós permeais o Universo,

Vós sois a própria Consciência,

Vós sois a Criador do Tempo.

Onisciente sois Vós.

Ao Vosso comando, Maya,

Vosso poder divino,

Projeta este Universo visível,

Projeta o nome e a forma.

 

Vós sois o Ser Primordial.

Vós apareceis como este Universo

De ilusão e de sonho.

Vós estais além do tempo.

Indivisível, infinito, o Adorável –

Que um homem medite sobre Vós

Dentro do seu coração,

Que ele se consagre a Vós, E Vós, Senhor Infinito,

Vos dareis a conhecer a ele.

 

Vós, o útero e túmulo do Universo,

E seu domicílio;

Vós, fonte de toda virtude,

Destruidor de todos os pecados –

Vós estais instalado no coração.

Quando sois visto,

O tempo e a forma desaparecem.

Que o homem sinta a Vossa presença,

Que Vos contemple interiormente,

E a ele virá a paz,

Paz eterna –

Para ninguém mais, para ninguém mais!

 

Vós sois O eterno entre não-eternos,

A Consciência do consciente;

Embora único, preencheis

Os desejos de muitos

 

Que o homem se dedique

A conhecer-Vos,

Que siga o Vosso caminho,

E ele Vos conhecerá:

Todos os grilhões serão afrouxados.

 

Pode um homem enrolar o céu

Com um pedaço de pele?

Pode ele pôr fim à sua miséria

E não Vos conhecer?

 

Se um homem devotado a Deus, no mais alto grau, meditar a respeito das verdades dessas escrituras, e se esse homem for tão dedicado ao seu Guru como é dedicado a Deus, essas verdades realmente resplandecerão.

 

OM… Paz – paz – paz.

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