O espiritismo prega a reencarnação. A Igreja dizia, equivocadamente, que ou ela acabaria com ele ou ele acabaria com ela. E ela incentivou os católicos a atacarem a doutrina de Kardec com todas as armas. Daí as calúnias contra o espiritismo e a lavagem cerebral feita nos católicos, que passaram a tê-lo como feitiçaria, e os médiuns como loucos.
Os padres ainda ensinavam que os espíritos comunicantes eram os diabos, contrariando o Deuteronômio 18,11, em que Moisés (não Deus) proibiu foi o contato com os espíritos dos mortos! A Igreja já renunciou a essas difamações, mas os nossos irmãos evangélicos herdaram dela essas e outras sucatas religiosas supersticiosas!
Com Kardec, o espiritismo, que é a única religião experimental, e a reencarnação passaram a ser estudados pela ciência. E entre os seus cientistas, há até quem tem Prêmio Nobel, como William Crokes e Charles Richet, que antes eram materialistas. E, atualmente, a maior parte dos cientistas espiritualistas crê na reencarnação e tem simpatia para com o espiritismo e as religiões orientais, em cujos postulados eles vêem alguns princípios condizentes com a física quântica, a genética e outras ciências. Exemplos: o psiquiatra e geneticista Jorge Andréas, o neurocirurgião e professor da Unicamp Nabur Facure, o filósofo Régis Morais, professor da Unicamp, Universidade Nacional de Lisboa e PUC do Chile, e o astrofísico português e professor Luís de Almeida, titular da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) e da Agência Espacial Européia (ESA), todos eles autores de renomadas obras espíritas.
Dizem alguns: se a população do mundo aumenta sempre, onde se encontrarem tantos espíritos para reencarnar? Respondemos que os espíritos são preexistentes à concepção do corpo. Se o espírito fosse criado junto com ele, a soberana vontade de Deus de criar espíritos teria de se subordinar à vontade do casal para copular e ter filhos!
E vamos à Bíblia: “Antes que entrastes no ventre materno, eu te conheci” (Jeremias 1,5). “Eu era um bom jovem, por isso caí num corpo perfeito” (Sabedoria 8, 19 e 20). O verbo “era” é passado, antes de nascer. “Bom jovem” ele foi numa vida anterior. E “caí num corpo perfeito” é a reencarnação num corpo merecido, carmicamente, por ele. João Batista disse que não era Elias, pois ele não se lembrava dessa sua vida. Deus quis que nós nascêssemos como se fôssemos zero km. “Somos de ontem, e nada sabemos” (Jó 8,9). E Jesus mostrou-nos que o seu precursor era mesmo reencarnação de Elias. “Eu vos enviarei o profeta Elias” (Malaquias 4,5). Jesus fala sobre o retorno de Elias, e os discípulos entenderam que se tratava de João (Mateus 17, 10 a 13). E mais, Jesus afirma que ele, João, é mesmo Elias: “E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos,[PARA OUVIR] ouça” (Mateus 11,14). Ora, Jesus não poderia falar de modo mais contundente que João é a reencarnação de Elias!
Aliás, a própria Bíblia de Jerusalém traz, numa nota de rodapé, a observação de que o povo judeu acreditava na reencarnação. Mas Jesus era também judeu. E é Ele próprio o autor dessa afirmação irretorquível, de que João Batista é reencarnação de Elias!