Retiro com Jean-Yves Leloup

Após termos caminhado na Terra Santa da Galiléia nas pegadas de Yeshoua de Nazaré e de Myriam de Magdala, nossa peregrinação continuará sobre a terra santa da Provence rumo à floresta e à gruta que guardam vivas a memória da “mulher incomparável” (da mais carnal à mais espiritual).  Sofia constantemente a caminho, no seu desejo de intimidade com o Logos “por quem tudo existe”….

• a partida: ou a “saída” da rotina, do impasse, onde o “conhecido” e o “habitual” nos enclausuram;
• a errância: partir ainda não é encontrar o seu caminho, mas buscar aquilo que poderia dar sentido e orientação à nossa caminhada;
• a volta (techuva): a conversão, a descoberta do coração; para Myriam, o encontro com Yeshoua;
• o caminho: caminhar com alguém, caminhar na Sua Presença: para Myriam este é o caminho das Beatitudes ao lado do Mestre e Senhor que ergue aqueles que caíram no caminho recolocando-os “em marcha”;
• a passagem: a subida rumo a Jerusalém, a passagem através da fatiga, do sofrimento, da traição, da morte; o caminho que nos faz passar desta vida mortal à própria essência da Vida: a Páscoa;
• o caminho sem caminho ou a caminhada sobre as águas: este é o caminho tomado por Myriam de Magdala após a ressurreição; ela está sozinha, Aquele que caminhava diante dela, daqui em diante estará “dentro”; através da invocação do Seu Nome ela viverá na Sua Presença ressuscitada, imaterial…;
• a viagem da alma, rumo ao silêncio e ao repouso: viagem da alma após a morte, que deve atravessar diversos climas das suas memórias e lembranças pessoais ou coletivas antes de conhecer o repouso (cf. o Evangelho de Maria).

De Stes Maries de la Mer à Ste Baume, chegando até o Saint Pilon, as travessias por todas essas belas paisagens e as Escrituras que as acompanham serão convites à peregrinação interior e ao encontro com os grandes arquétipos que nos fundam…

Jean-Yves Leloup