A Montanha, o Alpinista e a Visão

 

Um Estudo Sobre a Consciência

Marlos Alves

Psicólogo Transpessoal pelo Woolger Training Seminars e Instituto Atman-PE.

Membro da Rede Brasileira de Sociologia Clínica
 

Seguramente Ken Wilber pode ser apontado como um dos maiores pensadores sistêmicos do século XX. Trata-se de um dos grandes nomes da Psicologia Transpessoal estabelecendo bases de aproximação entre Oriente e Ocidente em uma perspectiva maior de compreensão do desenvolvimento humano. Seu conhecimento enciclopédico o permite uma síntese entre autores, sistemas e filosofias tão complexas e aparentemente tão díspares como Hegel, Whitehead e Platão no Ocidente e Aurobindo, o Zen e o Budismo no Oriente.

 

Em uma obra de fôlego, publicada no Brasil com o título de “Uma breve história do Universo”, Wilber apresenta, num formato acessível e sintético, a evolução de sua cartografia da consciência. Nesse sentido, propõe um modelo de quatro quadrantes nos quais o humano se desenvolve simultaneamente. A ênfase desse modelo é a compreensão de um enraizamento solidário do Ser em uma trajetória ao mesmo tempo individual (quadrantes 1 e 2) e coletiva (quadrantes 3 e 4). Como bom pensador sistêmico que é entende o sujeito inscrito em uma realidade sócio-econômica, cultural, biológica e subjetiva. Como ilustrado abaixo.

 

QUADRANTE 1

Dimensão subjetiva

QUADRANTE 2

Dimensão biológica

QUADRANTE 3

Dimensão cultural

QUADRANTE 4

Dimensão sócio-econômica

 

Para fins desse breve artigo, detenho-me no quadrante superior esquerdo no qual evidencia-se a original contribuição de Wilber: propor um espectro que integra as contribuições dos principais teóricos da psicologia do desenvolvimento no ocidente e os modelos fornecidos pelas filosofias e tradições místicas do oriente, numa tentativa de compreensão do desenvolvimento da consciência em seus aspectos cognitivos, afetivos e espirituais. O que, logo de partida, assustaria muitos sérios pesquisadores no Ocidente é um desafio que Wilber abraça com muita desenvoltura, exigindo do leitor uma certa ginástica mental para conciliar os cerca de aproximadamente 60 teóricos estudados por ele para a produção do quadrante superior esquerdo. De modo esquemático, Wilber propõe uma imagem de uma escada, de um alpinista que a sobe e da visão que este tem a cada degrau. Com essa proposta tenciona mostrar como o Eu (alpinista) em seu processo de desenvolvimento ao longo da vida(escada) vai refinando a sua compreensão acerca de si mesmo e do mundo (visão). Partindo dessa imagem, tenciono resumir algumas idéias e noções básicas no pensamento do autor. Mencionei os quatro quadrantes inicialmente, pois as considerações que tecerei a seguir não podem ser compreendidas de forma isolada, mas tendo como a priori uma correlação com os demais quadrantes. O que forçosamente nos conduz a pensar que o desenvolvimento subjetivo se ampara em uma maturação neural, dentro dos ditames da cultura e sujeito aos jogos de força políticos e econômicos de um determinado momento histórico.

Roberto Assagioli, criador da psicossíntese, asseverou certa vez que a montanha é um símbolo poderoso para a representação do desenvolvimento humano. Assim, modifico ligeiramente a metáfora proposta por Wilber para o entendimento deste quadrante. A montanha evoca a imagem da ascensão rumo a níveis mais sutis, além dos esforço do alpinista em escalá-la e da visão de mundo que se modifica a cada nova etapa.

Entretanto, o fato de substituir uma escada por uma montanha não elimina o risco de uma compreensão linear e rígida do processo. Na verdade, Wilber sugere que se possa também referenciar o esquema percebendo-o como círculos concêntricos. Não se trata assim de níveis acima e abaixo, mas, de incorporação de uma estrutura por outra mais ampla. Uma holarquia(uma ordem crescente de holismo e totalidade em que todos se tornam partes de novos todos) na qual os estágios anteriores são incluídos e transcendidos pelos estágios seguintes. Nesse processo há um nível crescente de profundidade e decrescente de amplitude. Ou seja, um número menor de pessoas é que, na prática, vão acessando níveis cada vez mais profundos de consciência, apesar que, em estado potencial, todos os níveis estão acessíveis para todas as pessoas.

O motivo de Wilber não abandonar o modelo de escada é para dar ênfase ao aspecto de que cada degrau superior pressupõe que já foram incorporadas outras estruturas nos degraus anteriores. Por exemplo: não se pode formar parágrafos, sem antes saber formar frases e bem antes conseguir formar palavras. Em qualquer sociedade ou cultura as imagens antecedem os conceitos e estes as regras. Os níveis ditos superiores repousam sobre os inferiores, a ordem não pode ser invertida. O autor supõe uma hierarquização dos níveis de consciência. Portanto, como em muitos grandes teóricos da Psicologia no Ocidente, o que temos em jogo é uma abordagem desenvolvimentalista, partindo de estruturas mais simples para outras mais complexas de consciência que incorporam e transcendem as anteriores. A cartografia desenvolvida por esse autor foi criticada por sugerir um processo linear de desenvolvimento da consciência. Ao que ele responde que essa seria uma leitura apressada, pois todas estruturas são concomitantes, entrelaçadas e que o movimento do Eu é sempre no sentido de desenvolver e envolver. Transcender e incluir. Além disso, salienta que o Eu possui um centro próprio de gravidade dando respostas acima e abaixo de sua consciência média. O que implica em dizer que nenhum alpinista é simples em um patamar da montanha. Isto é, o Eu identificado com qualquer nível de consciência tende a dar 25% de suas respostas imediatamente abaixo e 25% imediatamente acima. Complementando, Wilber acrescenta dizendo que existem ainda todos os tipos de regressões, de saltos temporários para frente, de espirais e de experiências extremas. Rebate os críticos com uma outra crítica na qual evidencia uma postura que considera muito redutora. De um lado estaria o Ego e de outro, o Transpessoal como um nível único. Por esse esquema, acessar o Transpessoal é pura e simplesmente transcender o Ego e realizar de uma só vez todo o potencial interno. Essa redução segundo Wilber é muito perigosa porque cria uniformidade e superficialidade.

A chave para o entendimento do modelo proposto por Wilber é o que ele mesmo denomina de ‘estrutura 1-2-3’. Trata-se de uma outra forma de perceber o que já fora proposto pelo eminente psicólogo suíço Jean Piaget (a quem faremos menção em outros momentos do texto por se trata de um dos mais conhecidos pesquisadores do ocidente estudado por Wilber) quando afirmava que o aprendizado se dá através de dois movimentos: assimilação e acomodação. Cada novo estímulo gera um desequilíbrio resolvido por meio desses dois movimentos, visando formas de equilíbrio cada vez melhores. Para Wilber não é muito diferente: cada mudança no degrau da escada ou, como sugiro, cada novo patamar da montanha galgado pelo alpinista segue um processo de 1.fusão/identificação, 2.Diferenciação/transcendência, 3. Integração/inclusão. O Alpinista deve identificar-se com o patamar da montanha, para depois movimentar-se para além dele, desidentificando-se. Mas, e se algo der errado? Wilber nos chama atenção para o fato que as patologias acontecem em qualquer nível; sempre em uma falha ou na identificação (1), gerando fixação nesse movimento; ou ainda, apresentando problemas para diferenciar –se de forma clara, de estabelecer limites, e aí teremos um problema no segundo momento (2). Ou então, não conseguindo integrar as experiências, ficando alheio, dissociado e reprimindo os conteúdos não digeridos, revelando uma falha no terceiro momento do processo(3).

Inicialmente o alpinista depara-se com a montanha. Uma estrutura de nove patamares a serem vencidos. Essa a sua saga: galgar cada patamar da montanha. Apreender o que os seus olhos descortinam a cada novo platô. Cada patamar tem suas características geológicas, morfológicas e de vegetação. É preciso habituar-se ao relevo, explorá-lo até tornar-se íntimo, ter segurança nesse processo, dominá-lo por inteiro até que ele já esteja totalmente incorporado. Aí sim, é possível ascender. A montanha é a metáfora da epopéia humana, do desenvolvimento ontológico do Ser, nas esferas física, emocional, e psicoespiritual.

O primeiro nível a ser galgado é o sensório-físico. Em linhas gerais, caracteriza-se pela identidade com base material, ou seja, em termos de sensações e impulsos. Há a apreensão entre os limites físicos do corpo e o mundo externo. No próximo patamar, o fantásmico-emocional, temos as imagens e símbolos que se vão carregando de emoções positivas ou negativas, e que acompanharão o alpinista para o resto de sua vida. Parafraseando Margareth Mahler, Wilber diz que o alpinista trata o mundo como a sua ostra. O mundo é uma extensão de si. Essa posição egocêntrica não significa egoísmo, pelo contrário: trata-se de uma incapacidade ainda de diferenciar-se do mundo. A chegada ao terceiro patamar se evidencia pela capacidade do alpinista em representar mentalmente o mundo concreto, daí a denominação de mente representativa. É a entrada no mundo lingüístico através de uma mente conceitual, capaz de estabelecer esquemas nos quais reduz o mundo ao “seu” mundo. Os patamares vencidos até aqui constituem o nível pré-pessoal. Saímos de uma identidade com base material para outra com dimensão biológica, e a partir dela para outra com um eu mental egocêntrico e narcisista. Biograficamente estas três fases estariam compreendidas nos primeiros 7 anos da criança.

Antes de avançarmos, faremos uma breve digressão. Wilber sugere a existência de um patamar zero. Na verdade, ele faz uma breve referência ao trabalho de Stanislav Grof, outro gigante da Transpessoal cuja contribuição foi a de  reposicionar o desenvolvimento psíquico em um período anterior ao nascimento. Para Grof, o Ser não é uma tabula rasa ao nascer. Em seu trabalho, apresenta uma análise profunda das influência dos períodos gestacionais para o ser vivente. Denomina esse domínio de perinatal, ao qual reservaremos futuramente outro artigo específico.

No quarto patamar começa a fase pessoal, assim denominada porque estabelece para o ser humano a sua compreensão acerca do mundo e sua relação com ele. O alpinista descobre que tem que se guiar por regras e desempenhar papéis sociais. Daí o alpinista transitar do egocentrismo para uma nova perspectiva na qual é possível se colocar no lugar do outro. Wilber denomina de operacional concreto em referência a Piaget que situava essa fase entre os 7 e os 11, até 14 anos. Inaugura-se uma nova perspectiva sociocêntrica voltada para os membros de seu grupo familiar, social, etc… Alcançando o quinto patamar é possível para o alpinista passar de uma consciência operacional concreta que pensa o mundo, para uma consciência que pensa o próprio pensamento. É a capacidade introspectiva, de fazer abstrações, de pensar em termos de “E se no lugar disso, fizéssemos aquilo?”. Ou: “A solidão é como se fosse um ôco dentro da barriga.” Esse patamar é chamado de operacional formal por Wilber também em referência aos trabalhos publicados por Piaget. É a idade da razão e da revolução. Pode-se a partir daqui fazer a crítica dos papeis e regras que antes se desempenhava de modo mais ou menos irrefletida. Não é à toa que esse período etário corresponde à adolescência. Neste nível acontece uma importante transição do sociocentrismo para uma visão mais integrada, global, universalista e cosmocêntrica: minha tribo não é a única tribo, minha ideologia não é a única ideologia, meu Deus não é o único Deus. Visão Lógica é o patamar seguinte, também em denominado centauro, pois aqui uma visão existencial integrada refina e supera a fragmentação ainda presente no operacional formal. A tendência de uma lógica ainda aristotélica do tipo “ou é isso ou aquilo” é superada, caminha-se em direção ao pensamento dialógico, conforme Edgar Morin, de juntar princípios, idéias e noções que parecem oporem-se uns aos outros, unindo antagonismo e complementaridade. Capacita-se a pensar em termos de redes de relações. Em suma, o Eu observador não mais se identifica exclusivamente com a mente, portanto pode transcendê-la e integrá-la com outros elementos da consciência como o corpo e seus impulsos.

Os próximos patamares da montanha são melhor descritos no conjunto das tradições e sistemas orientais. São estágios invulgares do desenvolvimento humano. Portanto, complementam as cartografias do ocidente no que tange aos aspectos espirituais do desenvolvimento humano. Constituem os níveis transpessoais do psiquismo. De acordo com Murray Stein, Jung, já em 1932 já fazia referência a estágios mais amplos do desenvolvimento humano reconhecendo a unidade da psique e do mundo material. Entretanto, Jung tinha sérias dúvidas quanto à capacidade dos ocidentais em acessarem tais níveis de consciência. São estados que só podem ser descortinados através da experiência direta. Algumas ressalvas, no entanto, são  necessárias sobre algumas confusões criadas pela noção de ‘além do pessoal’ e de bobagens como “abandono do eu, da racionalidade, morte do ego, etc”. De acordo com as psicólogas Theda Basso e Aidda Pustinilk, fundadoras da metodologia dinâmica energética do psiquismo, o sujeito neste nível tem uma consistente compreensão do mundo e de si mesmo estruturando um EU saudável, organizado e consciente de sua participação no todo. As autores sugerem a imagem do eu como uma fiação elétrica a qual quanto maior o nível de estruturação e organização, suportará mais e com segurança as cargas elétricas circulantes em seus circuitos. Pelo exposto percebe-se que ao contrário da idéia equivocada que se faz na qual “os níveis transpessoais são aqueles em que abandonamos o Ego”, a proposta  Transpessoal, como Wilber apresenta claramente, pressupõe não um abandono, mas uma estrutura egóica que dê sustentação e permita integrar as vivências nesses níveis. O alpinista que chega até este patamar assim o fez com uma cara de experiências que lhe permite uma maturidade necessária para integrar as experiências desse nível. Incorre-se em erro de conceituação teórica, dizer, portanto, que a razão é abandonada nos próximos níveis. Ela continua lá e em certa medida é imprescindível para elaboração das experiência consoante o processo 1-2-3 exposto anteriormente. É possível que em patamares anteriores o alpinista tenha experienciado situações que lhe deram vislumbres desse estágio. Entretanto ele não possuía, naqueles níveis, base, ou em outras palavras, as estruturas necessárias à sua integração. Adentremos os três patamares finais em nosso trajeto rumo ao pico da montanha.

O primeiro deles, o Psíquico caracteriza-se pela ampliação das capacidades cognitivas e perceptivas em que  o conhecimento se dá sem uma necessidade de argumentação racional, através da pura intuição. Aqui se processa o insight profundo da conexão sujeito-objeto, entre o eu e o mundo lá fora. É uma percepção metafísica que transcende em muito, o que alguns críticos colocam em termos de regressão ao indiferenciado, adualismo psicótico. O segundo, o Sutil, é acessado através das práticas contemplativas em que nos colocamos em contato com os grandes arquétipos – modelos originais – universais (o que em termos junguianos corresponderia ligeiramente aos arquétipos do Velho Sábio, da Mandala e do Si Mesmo) ou seja repositórios da sabedoria sutil acerca do mundo; vivenciada diretamente na prática meditativa. Finalmente o terceiro, o Causal, é um estado de pura observação, em que a consciência alcança seu nível mais radical: uma infinita liberdade de espaço, tempo e de objetos. O que de forma simplista poderia ser descrito como uma “fruição do vazio”. A denominação causal é para apontar que esse estado é a base criativa de todas as dimensões, de todos os patamares descritos anteriormente. Vencidos os nove patamares, encontramo-nos no topo da montanha. De acordo com Wilber não se trata de um décimo estágio, mas sim de uma integração muito profunda entre todos os estados de consciência; a realidade ou condição de todos os estados, o nível extremo de não-dualidade. No topo, tem-se uma visão ampla e irrestrita de tudo que se passa abaixo. Uma visão sem limites, sem amarras ou condicionantes.

Tratamos até agora das estruturas ou níveis de consciência. Passemos ao alpinista. Fundamentalmente tudo gira em torno dele. É o sujeito da ação. Ele escala a montanha. A escalada em si não importa, pois só adquire um significado na medida em que se apresenta o sujeito da ação. É só a partir desse ponto que faz sentido falar em escalada íngreme, por exemplo. É ao alpinista que determinará, dadas as condições concretas que se lhe apresenta, o como, quanto e quando de sua empreitada. Haverá níveis cujo esforço empregado será mínimo. Outros nos quais toda sua resistência e habilidades serão postos à prova. Por fim, etapas aparecerão como intransponíveis e outras nem sequer serão cogitadas a suplantar.

Ao longo de seu trajeto o alpinista poderá ferir-se. Essas marcas irão acompanhá-lo e definir em etapas posteriores a necessidade de cuidados que foram negligenciados até então; sob pena de deter seu avanço. Forma-se uma lesão cuja tendência é a de se arrastar pelos patamares posteriores, envolvendo, encobrindo e provocando distorções. O que equivale a dizer que uma patologia instala-se, e seu núcleo traumático pode estar em qualquer patamar da montanha. Por essa razão, assim como o alpinista com escoriações perde potência durante sua subida, o Self(eu) adulto pode perder uma parte considerável de seu potencial em seu desenvolvimento individual o que se torna grande empecilho para ascender estágios superiores. Mesmo assim, o impulso ascensional continuará presente, reclamando o topo da montanha que lhe é meta suprema.

Finalmente, as visões que se alteram na medida em que subimos a montanha. Como dissemos, as visões nos primeiros patamares, são naturalmente as mais limitadas. São visões egocêntricas que criam uma cosmovisão restrita. Primeiramente o Ser é puramente visceral, instintivo. De forma um tanto imprecisa, esses estágios que antecedem o hominídeo e que se ligam por essas características podem ser entendidos sob o nome de arcaico. As sociedades antigas, sobretudo as totêmicas e as fundadas nas religiões animistas podem ser agrupadas pela denominação de mágica. As nuvens se movem no céu porque estão nos seguindo. As características das pessoas e do mundo tendem a se fundir. A próxima visão é a mítica que se estrutura através de rituais e da construção de mitologias. Já temos aqui um nível maior de descentramento. Em seguida, passa-se ao quarto patamar, o operacional concreto, no qual a visão de mundo passa a ser racional. Em outras palavras: para mudar a realidade é preciso uma atuação concreta, não haverá intervenção de instancias superiores, divinas. A partir do quinto patamar refina-se uma visão de globalidade, cosmocêntrica que se aprofunda com o feminismo e a questão do gênero; com a ecologia e uma noção de espiritualidade a-dogmática e livre de fundamentalismos.

Esse, portanto, o percurso. O desenvolvimento individual traz um colorido novo acerca do mundo a partir de momento em que incorporamos experiências mais ricas e transcendentes. Os vislumbres de uma nova perspectiva para a relação Eu-Outros vem sendo colocado individualmente por pensadores tão díspares quanto Wilber ou o sociólogo Francês Edgar Morin, ainda um religioso como Aurobindo. É fato que a cosmovisão já se desenha e se consubstancia. Cabe, pois, um esforço, individual e coletivo para sua sustentação, através do desenvolvimento de novas formas de ser-no-mundo, na medida em que se expandem os horizontes e a verticalidade de nossa consciência.

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