Olho-me, vejo-me em cor, silhueta, curvas e retas.
Sinto-me, carne macia, frágil
De delicada sensibilidade.
Procuro-me, e percebo que estou
Em cada pedaço diminuto de mim,
E ao mesmo tempo fora, ocupando o espaço além.
Percebo que para alcançar
preciso Usar meu frágil instrumento
Que responde a anseios múltiplos,
E que se curva diante de minha vontade.
Tão logo ordeno, as mãos alcançam o objeto;
A voz vibra no tom correto
E as pernas saltam e alcançam a margem.
No repouso, abasteço-me de energia sutil
reunindo-me ao Cosmos, num revigorante deleite.
Sou isso, carne, ossos, sangue e nervos.
Percebendo através dos sentidos o mundo que me cerca,
Absorvendo-o, interagindo e crescendo.
Cada célula almeja a plenitude
E a luz da realização.
Ao comando de minha alma,
Levando-me de volta ao meu verdadeiro lar.