E as leis de Deus são perfeitas e justas. Até a nossa libertação final, temos, pois, nossos destinos construídos por nós mesmos, já que vamos colhendo o que tivermos plantado, isto é, alegrias e tristezas. E as penas têm por objetivo nos regenerar, mostrando-nos que é compensadora a vivência do Evangelho de Jesus, e não a nossa ruína para sempre, o que seria incompatível com a sabedoria, a perfeição, a onipotência, a justiça e o amor infinitos de Deus, e incompatível mesmo até com a nossa justiça humana, apesar de ela ser imperfeita. E, mesmo que o indivíduo só plante abrolhos, ele tem um limite de tempo para isso. Como, pois, poderia ser punido com uma pena maior ou para sempre por causa de erros finitos e limitados no tempo e no espaço? Ademais, estamos sempre evoluindo. Como diz são Paulo, nós vamos sendo transformados de glória em glória (2 Coríntios 3,18). O nosso homem interior se renova de dia em dia (2 Coríntios 4,16). O inferno é, pois, temporário. Os teólogos do passado erraram nesse e outros assuntos e espalharam erros pelos séculos afora. A Bíblia confirma o que dizemos. Lemos em Oséias 13,14: “Onde está, ó inferno, a tua destruição?” E está registrado no Apocalipse 20,14: “Então, a morte e o inferno foram precipitados no lago de fogo”. Isso quer dizer que o inferno não é para sempre; ao contrário, será destruído para sempre!
Aliás, infernos, purgatórios e céus não são locais geográficos, mas estados de espírito e acompanham-nos aonde formos. Pelo exposto, ficou demonstrado que, pelas eternidades afora, vamos tendo mesmo vários destinos, um feito por Deus, ou seja, o de salvação geral de todos nós, um dia, e outros temporários, feitos por nós mesmos durante a nossa existência sem fim, como espíritos imortais que somos.