Religião
Os sacerdotes eram responsáveis pelos sacrifícios, faziam oferendas, estudavam astronomia, faziam calendários e liam escritos, em suma, concentravam uma grande parcela do poder. Eram muito temidos sendo responsáveis pela imposição dos prêmios e castigos e, principalmente, pela transmissão das tradições.
Uma espécie de nobreza desfrutava de privilégios, atuava na administração da cidade. Possuíam terras e supõe-se que não pagavam tributos.
Muito abaixo dos sacerdotes estão os guerreiros, e artesãos que se dedicam à confecção de uma série de objetos muitos deles de uso ritual. Os comerciantes, se é que existiam como grupo social, não tinham expressão.
Nos inúmeros templos os sacerdotes realizavam cultos ligados à fertilidade do solo. Os centros rituais de maior importância eram muito freqüentados tanto por jovens que iriam ser sacerdotes, como por artífices que construíam monumentos, produziam cerâmica e teciam.
A vida dos maias era ritualizada e, neste sentido, é difícil separar o político e o econômico do religioso. Os rituais eram organizadores do cotidiano, da guerra e dos sacrifícios. Os maias sempre estavam preocupados com a presença dos seus deuses.
Sabemos da importância dos rituais, em primeiro lugar, a presença marcante de inúmeros centros cerimoniais é um forte indício. Ou seja, a freqüência, as dimensões e a localização desses centros são bastante significativas da importância que possuíam na vida daquela população. E, em segundo lugar, as pinturas murais, esculturas e decorações de vasos elucidam muitas questões sobre a vida dos antigos maias.