Sobre a Raça Maya


Calendário

A precisão do calendário maia é muito grande, e que nos conduz a uma reflexão sobre conhecimento científico propriamente dito. Em torno da precisão do calendário maia poderemos fazer inúmeras perguntas. Por exemplo: como elaboraram cálculos tão gigantescos e complexos? Como desenvolveram em tão alto nível o conhecimento matemático necessário à astronomia? Poderemos saber o grau de precisão dos maias ao construir o calendário, mas não podemos demonstrar os caminhos seguidos para chegar até ele.

O ponto de partida, sem dúvida alguma, são as estações do ano responsáveis pelo ciclo da vida. E, como tais alterações estão vinculadas a fenômenos celestes, os astrônomos maias passaram a especular o cosmo. Através de investigações puderam conhecer o movimento dos astros montando dois calendários: um de significado ritual de 260 dias dividido em 13 grupos de 20 dias e um calendário solar de 365 dias com 18 grupos de 20 dias mais cinco dias. ( O erro maya é de 1 seg a cada 6 mil anos!)

Os dois calendários acabavam por se encontrar a cada 52 anos quando começava um outro ciclo. A estes dados acrescentaram outros referentes a Vênus, as fases lunares e eclipses conseguindo com todo esse esforço, cálculos bastante precisos.

Para construir todo este quadro de reflexão eram indispensáveis os cálculos. E, para realizá-los, produziram um sistema numérico. Assim, os maias conceberam um sistema que tinha como base 20. Os símbolos utilizados eram uma barra para indicar 5, um ponto para indicar a unidade e uma espécie de concha alongada para indicar o zero.

As inscrições glíficas que dizem respeito a números foram interpretadas faltando ser decifrado o “glifo-emblema”. Provavelmente caracteres gravados referem-se a certas festas e profecias relacionadas com as datas, as quais se constituem em presença constante nos monumentos.

Todo esse universo lógico marcado pelos cálculos se fazia acompanhar por uma leitura do “mapa celeste do nascimento”. De acordo com a data do nascimento, era previsto o “destino” do recém-nascido. Se o dia não era de bom agouro, cabia ao sacerdote encontrar maneiras de ultrapassar aquela dificuldade. Neste sentido, o sacerdote possuía a chave do tempo com a qual construiu uma filosofia fatalista. O mundo podia ser destruído porque seria recomposto mantendo-se assim uma perspectiva cíclica que marcava o ritmo da história. O interesse em confeccionar um calendário vinculava-se também a uma necessidade de definir datas.

Todos os acontecimentos que lhes pareciam importantes tinham suas datas fixadas em relevo numa pedra. Apesar desta preocupação constante com a cronologia predominava entre os maias a busca infindável de suas origens míticas que se sobrepunha à realidade.

Evidentemente, os arqueólogos, preocupados em datar objetos e culturas, tentaram estabelecer uma relação entre a cronologia maia e a cronologia cristã. As conclusões são discutíveis. Neste sentido, para não nos confundirmos, é melhor tomar a data de 2 600 a.C. como uma data inicial a partir da qual se iniciaria a longa trajetória dos maias. Esse pressuposto é apenas uma hipótese didática e não possui comprovação prática.

Evidentemente, os arqueólogos, preocupados em datar objetos e culturas, tentaram estabelecer uma relação entre a cronologia maia e a cronologia cristã. As conclusões são discutíveis. Neste sentido, para não nos confundirmos, é melhor tomar a data de 2 600 a.C. como uma data inicial a partir da qual se iniciaria a longa trajetória dos maias. Esse pressuposto é apenas uma hipótese didática e não possui comprovação prática.

 

Cronologia Maia

 

  • 3113 a. C. Criação do mundo. ( 30 a 40 mil anos)
  • 2600 a. C Migração p/ Mesoamérica.
  • 2000 a. C Ascensão da civilização olmeca
  • 1200 a C. Início da fase áurea da civilização olmeca (até 600 a C.)
  • 700 aC. A escrita
  • 400 a C. Calendários solares esculpidos.
  • 300a.c Sociedade hierárquica: reis e nobres
  • 100 a C. Teotihuacán é Fundada (comércio, religião)
  • 50 a C. Cerros construída ( jogo de bola, cem anos depois é abandonada)
  • 400 d.C. Domínio de Teotihuacán e algumas regiões desintegram lingua e cultura
  • 500 Tikal torna-se a 1a.grande cidade Maya.
  • 600 Império de Teotihuacán é destruído de maneira desconhecida. Tikal, a maior cidade estado 500 mil habitantes.
  • 683 Morre o imperador Pacal.
  • 751 Diminui o comércio entre as cidade-estado.
  • 869 Cessa a construção de monumentos públicos.
  • 899 Tikal é abandonada.
  • 900 Colapso das cidades meridionais, mas ao norte, em Yucatán, as cidades prosperam
  • 1200 As cidades mayas no Yucatán começam a ser abandonadas.
  • 1224 A cidade de Chichen é abandonada pelos toltecas um povo conhecido como Uicil-abnal adotou o nome itzá e se estabelece na cidade
  • 1244 Chichen itzá é novamente abandonada.
  • 1263 O povo itzá começa a construir a cidade de Mayapán
  • 1283 Mayapán torna-se a capital de Yucatán.
  • 1441 Revolta e a cidade é abandonada, degenera em 16 estados rivais
  • 1517 Espanhóis chegam a Yucatán ( em 1 século 90% da população estaria morta)
  • 1542 Os espanhóis fazem da cidade de Mérida a capital de Yucatán.
  • 1695 As ruínas de Tikal são descobertas por um padre espanhol e seus companheiros.
  • 1712 Os mayas de Chiapas se revoltam contra o governo mexicano
  • 1821 O México se torna independente da Espanha.
  • 1822 Um relatório das explorações que Antonio del Rios é publicado em Londres.
  • 1839 John Lloyd Stephens e Frederick Catherwood começam a explorar e revelar pela primeira vez ao mundo todo o esplendor da civilização Maya.
  • 1910 Revolução mexicana
  • 1952 A tumba do rei Pacal é descoberta por Alberto Ruz.
  • 1962 Os hieróglifos são catalogados pela 1a. Vez.
  • 2012 Fim desta era na visão maya.

 

“A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *