Sobre a Raça Maya

 

A sociedade

 

Tendo em vista a natureza dos documentos analisados pelos arqueólogos não é fácil recompor em detalhe a organização da sociedade maia. De qualquer forma, sabe-se que apresentava grupos sociais com características bem definidas indicando estratificação social.

Os maias dividiam-se em províncias autônomas que eram verdadeiras cidades-Estado (como nos informa Alberto R. Lhuillier). Nelas a maior autoridade era o halach uinic. Ele desenvolvia funções religiosas e políticas sendo o seu cargo de natureza hereditária. As propriedades comunais, forneciam alimentos para a família dos camponeses e também para os sacerdotes e nobres. A eles cabia também trabalhar nas construções dos centros cerimoniais, transportando pedras com as quais erguiam pirâmides, faziam terraços, campos de pelota e templos.

Muitos desenhos representam nativos sem que se possa saber com segurança se seriam sacrificados ou escravizados. “Os cronistas da época da conquista deixaram algumas informações em seus escritos. Eles informam que a condição de escravo podia ser resultado de uma pena (adultério ou homicídio), por nascimento (pais escravos), prisioneiro de guerra, órfão destinado ao sacrifício pelo seu tutor ou ter sido comprado por um comerciante.”

A civilização maia passou por tantos períodos, por tantas transformações; sofreu inúmeras interferências de outras tradições indígenas, que fica difícil pensar não ter sofrido a sociedade maia grandes alterações na sua forma de organização social. Acredita-se, por exemplo, que num primeiro momento da vida em Tikal, as tarefas eram distribuídas de maneira pouco rígida permitindo mobilidade entre os afazeres necessários à vida do grupo.

Provavelmente em Chichén Itzá na sua fase marcada pela presença tolteca a situação tenha sido diferente, a sociedade bem mais estratificada e, provavelmente, com menor mobilidade. 

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