Se, no Concílio Ecumênico de Trento (1545 a 1563), no lugar da Transubstanciação, tese teológica de São Tomás de Aquino baseada nos postulados filosóficos de Aristóteles, a contraproposta da Consubstanciação tivesse sido vitoriosa, como o queria uma parte dos bispos daquela época, a Igreja estaria livre, hoje, da grande dor de cabeça que ela tem com relação a esse seu mais polêmico dogma da Transubstanciação. O citado concílio é conhecido também como sendo o Concílio da Contra-Reforma da Igreja à Reforma de Lutero. Ele durou 18 anos, o que demonstra que houve muitas polêmicas antes que os bispos chegassem a um entendimento.
Já a da Transubstanciação afirma que, depois da Hóstia Consagrada, ela transforma-se ou transmuta-se no Corpo real de Jesus, e que o Vinho consagrado transforma-se ou transmuta-se no Sangue real de Jesus. Apesar de ter prevalecido a Transubstanciação, a maioria dos católicos pensa que a Igreja adota a Consubstanciação, a qual seria razoável perante a física moderna de Einstein e dos físicos quânticos, pois seria o metafísico ou a presença espiritual de Jesus, a qual não pode ser examinada em laboratório, ao lado do físico ou das espécies materiais do Pão e do Vinho consagrados, que podem, esses sim, subordinar-se a exames laboratoriais. Quem crê na Consubstanciação, é herege, às vezes sem o saber. É que a maioria dos católicos confunde de fato a teologia da Transubstanciação com a da Consubstanciação!
Muitos padres e bispos católicos têm suas dúvidas sobre a Transubstanciação, porém mantêm-nas em segredo. Daí eles não gostarem de abordar esse assunto em público, embora entre eles seja um tema quente, porém com a advertência na cabeça de que quem não aceitar esse e outros dogmas católicos não pode ser padre e menos ainda bispo ou, se já o for, não pode continuar sendo.
E assim, muitos deles aceitam a Transubstanciação porque são católicos, mas não são católicos porque crêem nela!