Revelações de ontem, de hoje e de sempre

Se Deus não faz acepção de pessoas, muito menos Ele o faria no tocante às etnias, aos credos e aos níveis de evolução das pessoas. Não tem cabimento, pois, a afirmação, hoje em descrédito, de que Deus se revelou apenas aos judeus e aos cristãos.

E, se os cristãos dos primeiros tempos deram continuação à Bíblia, criando o seu Novo Testamento, também os de hoje dão continuidade à Bíblia. Jesus não é só dos apóstolos, mas de todos os cristãos e até dos não-cristãos. Realmente, se a história do povo judeu, que forma o Velho Testamento, durou quase dois mil anos, por que a do povo cristão terminaria com menos de um século? Por acaso o cristianismo morreu? Se há um Velho e um Novo Testamentos, não poderia haver também uma espécie de novíssimo testamento, que registrasse a história do cristianismo que continua acontecendo?

Deus usa de espíritos encarnados e desencarnados para nos fazer as suas revelações. O Espírito de Jesus, o Filho de Deus por excelência, encarnou-se para nos fazer a mais importante das revelações de seu e nosso Pai, de seu e nosso Deus. Mas, desencarnado, manifestou-se também várias vezes, por exemplo ao apóstolo Paulo, na estrada de Damasco.

Eis o que nos diz mais sobre o assunto a Bíblia: “Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1,14). Jesus tinha muitas coisas para nos revelar, ainda, mas não o fez porque as pessoas não podiam suportá-las. Elas ficaram, pois, para ser reveladas no futuro. O Pai enviaria em seu nome o Consolador, um Espírito Santo (com artigo indefinido “um”, como está no original grego), que vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito (João 14,26).

E, confirmando isso, Jesus acrescentou que, quando viesse o Espírito da Verdade, ele nos guiaria a toda a verdade. Esse espírito não falará por si mesmo, mas falará tudo que tiver ouvido (João 16,13). Portanto, esse espírito vai ao encontro da doutrina do Espírito Santo, classificado por certas doutrinas como sendo Deus pois, se fosse Deus mesmo, falaria por si mesmo! Também Jesus o enviaria (João 15,26). E o espírito enviado traz revelações. “A revelação do (dum) Espírito é concedida a cada um” (1 Coríntios 12,7). “Se vierem revelações a outrem que estiver assentado, cale-se o primeiro” (1 Coríntios 13,30).

E, assim, podemos até profetizar, nas reuniões mediúnicas apropriadas, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados (1 Coríntios 13,31). Veja-se que o espírito, consolando, é um consolador. E diz mais são Paulo que podemos até profetizar. “…Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo…” (1 Coríntios 13,37). E temos que discernir os espíritos, pois há os atrasados ou falsos profetas (1 Coríntios 12,10; e 1 João 4,1).

Podemos afirmar que as revelações não terminaram, apesar de o Concílio Vaticano I (1970) ter ensinado que ela parou com a morte do último apóstolo (Decreto “Lamentabili”, E.D., nº 2.021). Realmente, elas continuam acontecendo e jamais deixarão de acontecer, já que a nossa evolução é para sempre!

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