A Quinta Raça

A QUINTA RAÇA

Segundo Helena Blavatsky (1.831-1.891), em Gênesis 25:24-34 encontramos a história alegórica do nascimento dessa Raça. Mestre Vaivasvata, segundo o clarividente Charles Webster Leadbeater (1.854-1.934), de corpo com proporções perfeitas, nos seus 1,97 m, rosto irradiando grande poder, nariz aquilino, barba castanha, vasta e ondulada, olhos castanhos e penetrantes, era o Manu, e sob sua direção formou-se a quinta Raça.

A aliança entre os descendentes dos Hierofantes da Ilha e os descendentes do Noé atlante deu origem a uma raça mista de homens justos e perversos (Gn 9:1-29). Uma raça que desenvolveu uma linguagem inflexiva e um corpo mental que a possibilitou ligar-se ao mundo dos pensamentos. Chamada Ariana, foi instruída pelo Ser que hoje conhecemos como Gautama Buda. Há 40 mil anos Ele apareceu aos egípcios como Thoth, conhecido mais tarde pelos gregos como Hermes, emigrando para a Arábia para ensinar-lhes sua doutrina da Luz interior. Em 29.700 a.C. surgiu como o primeiro Zaratustra e fundou a Religião do Fogo na Pérsia, ensinando que o fogo e a água eram purificadores de tudo, sendo esta a forma e aquele a vida. Talvez provenha daí o ensinamento posterior de Ormuz como Espírito e Ahrimán como matéria, deturpado posteriormente como sendo um poder maligno. Posteriormente apareceu aos gregos como Orfeu, por volta de 7.000 a.C., ensinando por meio de cantos e música. Afirmava que o som estava em todas as coisas e que se o homem se harmonizasse, a Divina Harmonia se manifestaria através dele, alegrando toda a Natureza. Reapareceu por volta de 550 a.C. pela última vez, como Sidarta Gautama, para restaurar a religião hindu, alcançando então a iluminação final, o estado de Buda.

Chamada a antiga raça Caucásica, a Raça raiz Ariana, evoluiu das primeiras Dinastias divinas criadas com a estirpe sagrada que sobreviveu, há cerca de 800.000 anos, tendo sido dado o passo definitivo para sua criação há 100 mil anos, pela seleção de alguns Semitas, cuja religião era diferente das dos Toltecas. Foram eles deslocados, como vimos, através da Arábia, para uma “terra prometida” e proibidos de miscigenação com outras tribos. Fixaram-se definitivamente no planeta há 14.000 anos.

Em cerca de 70.000 a.C., após, como vimos anteriormente, sobreviverem ao cataclismo da Atlântida, fixaram-se em aldeias no continente, nas praias do Mar de Gobi. Há 60 mil anos atrás já eram numerosos e uma cidade se formou, ao longo de cerca de mil anos, na forma de um leque acompanhando a costa e adentrando ao continente por cerca de 36 quilômetros. Construída com pedras maiores que as da cidade egípcia de Karnak, suas ruas apontavam para a Ilha Branca. Construiu-se também uma magnífica ponte ligando a cidade, no continente, à Ilha Branca, fato que lhe deu o nome de Cidade da Ponte. Era dirigida por três seres: Suria (futuro Maitreya), Mahaguru (futuro Gautama Buda) e o Amado Vaivasvata (Manu da quinta Raça). Há 45 mil anos a cidade chegou a seu apogeu, como capital de um vasto império que incluía toda a Ásia oriental e central, Tibete, Índia, China e Tailândia, e todas as ilhas do Japão à Austrália.

Essa primeira Sub-raça Ariana foi conhecida como Hindu, Indo-egípcia ou Hindu-ariana. De modo algum primitiva, pelo longo convívio com a Hierarquia por mais de 700 mil anos, cultivavam um sentimento de unidade da raça, toda a população sabia ler e escrever e havia um sentimento de respeito e gratidão pelos superiores, com completa ausência do desejo de auto-afirmação. A honestidade e a confiança mútua imperavam. Eram reservados para com os de outra raça, como os Turanianos, astutos e matreiros, mas não os desprezavam. A proximidade com a Hierarquia influenciava a sua religião, que consistia em louvores e ações de graças, sendo o Espírito Solar o principal objeto de culto, nos festivais de solstícios e equinócios. Vênus também era adorado e admitiam que os Devas estivessem atuando por trás de todas as forças naturais.

Seu declínio iniciou-se nas ilhas e províncias externas por volta de 40.000 a.C., quando então o Manu decidiu enviá-los ao mundo. Liderados por Marte voltaram à Arábia, onde os ancestrais Atlantes dos hindus habitavam desde 79.797 a.C., com o fito de “arianizar” essa população árabe, a segunda Sub-raça Ariana, conhecidos também com o nome de Semitas arianos.

Muitos anos depois se instalou um reinado e um povo ao sul da Arábia, que, apoiado por ordens dadas pelo próprio Manu em eras anteriores, resistia a miscigenação. A idéia de serem um povo eleito de raça pura, a quem fora prometido uma terra sagrada, fazia-os reprimir a proposta da Hierarquia. Passados muitos séculos uma minoria emigrou até o delta do Nilo, onde sua história comoveu o Faraó, que os deixou aí permanecer. Um Faraó subseqüente os escravizou e eles voltaram a emigrar (cerca de 1.250 a.C.), desta feita à Palestina. Ficaram conhecidos como povo judeu. A Sub-raça árabe se estendeu por quase toda a África, invadindo o Egito, governando-o com o nome de Reis Hicsos (1.674 a.C.) e conquistando também o grande império Sumério-Acadiano da Pérsia e Mesopotâmia, que após séculos de guerras e desordens se tornou inteiramente despovoado.

Diante disso, há 30 mil anos, vieram da Cidade da Ponte, a terceira Sub-raça, a Iraniana. Conquistaram facilmente a Pérsia e a Mesopotâmia, crescendo em poder até dominar toda a Ásia ocidental, mas evitando a Arábia e a Índia. Seu império durou até cerca de 2.200 a.C., mantendo um alto nível de civilização com o seu um milhão de habitantes. Receberam, em 29.700 a.C., do Bodhisattva a Religião do Fogo, transformada paulatinamente no Zoroastrismo conhecido atualmente.

Há 20 mil anos a quarta e a quinta Sub-raça emigraram, provindas também da Cidade da Ponte, passando pelo império Persa com destinos diferentes. A Sub-raça Céltica, ou Celta, com destino ao Cáucaso, e a Teutônica, às margens do Mar Cáspio, a noroeste do Cáucaso. Em dois mil anos os Celtas apoderaram-se de toda a Ásia menor e Cáucaso, estendendo sua colonização à costa norte do Mediterrâneo, sendo os antigos gregos, denominados pelasgos. Esses gregos, que precederam ao seu próprio povo em sua terra, foram os ancestrais dos troianos, e dominaram todo o comércio marítimo no Mar Mediterrâneo. Posteriormente outras expansões colonizaram a Albânia e a Itália. Uma quarta onda, conhecida hoje como celtas, emigrou para a França e Bélgica, Ilhas Britânicas, Espanha, Suíça e Alemanha. Uma última onda atingiu a Escandinávia.

A quinta Sub-raça, a Teutônica, emigrou para a Cracóvia, na Polônia, de onde partiram as radiações finais. Foram para o sul (croatas, sérvios e bósnios) e para o norte e leste (os eslavos – russos modernos). Uma segunda onda, a leta, deu origem aos lituanos e prussianos e uma terceira, a germânica, deu origem aos teutões, godos e escandinavos.

Em 18.800 a.C. a Estirpe Fundamental da quinta Raça raiz emigrou para “arianizar” a Índia, e ao mesmo tempo, para que Shambhala fosse deixada sozinha à época do cataclismo futuro descrito adiante. Nessa migração encontraram remanescentes da terceira e quarta Raças. Surgiu um confronto estúpido, época em que surgiu um jovem sacerdote, personagem conhecido como Rama. Visando preservar alguns dos espécimes da Raça ariana, portadores de uma civilização mais adiantada, de uma guerra contra os decadentes Atlantes, Rama pregou a paz e a renúncia, simbolizados pelo cordeiro, e conduziu o seu povo até a Índia, provavelmente há 16.000 anos atrás. O império Tolteca presente foi pacificamente e paulatinamente dominado pela Raça ariana. Uma expedição ao Egito fundou pacificamente uma dinastia ariana, a quinta dinastia divina, que reinou até 3.900 a.C., subsistindo ao cataclismo que afundou Poseidonis.

Um movimento agressivo do Imperador Atlante de Poseidonis, fez com que ocorresse uma guerra que durou muitos séculos, com vitória dos gregos pelasgos. Intensas convulsões geológicas findaram o último período glacial e afundaram Poseidonis em 9.564 a.C.. Muitas colônias gregas foram destruídas, o Mar de Gobi se transformou em terra seca e a grande ilha argelina se uniu ao continente africano, convertendo em deserto o Mar do Saara. A Cidade da Ponte hoje se acha soterrada no grande e selvagem deserto restante após a era glacial (deserto de Gobi) e Shambhala se acha em um plano etéreo no mesmo local – o grande Gobi da Mongólia.

Pretende-se que sob a sua superfície jazem tesouros em jóias, estátuas, armas, utensílios, ouro, artes requintadas, etc.. A areia de Gobi move-se regularmente de este a oeste, sob a ação de terríveis tormentas que se armam continuamente. Ocasionalmente, alguns tesouros ocultos se descobrem, mas nenhum nativo ousa tocá-lo, pois todo o distrito está sob a maldição de um poderoso encantamento. Os desertos, e outras extensões selvagens e inabitadas de uma maneira geral, e o de Gobi particularmente, são habitados por astuciosos e maus espíritos (Lc 4:1-2 e 8:29). Os Bathi, gnomos odiosos mas fiéis (vide Volume 3, “Hierarquias – elementais”), guardam os tesouros ocultos desse povo pré-histórico. Toda a área da Mongólia até o Tibete é zelosamente guardada contra qualquer intrusão estrangeira. Os autorizados a atravessá-lo o fazem sob a condução de guardas que são instados a não fornecer informações sobre lugares e pessoas.

Quatro grandes civilizações floresceram então: os arianos europeus, os egípcios, os hebreus e os hindus indianos. Há 8.000 anos, o Manu instituiu um sistema de castas para diminuir a miscigenação e conseqüente desaparecimento do sangue ariano: a brâmane, arianos puros de cor branca; a rájana, ou ariana e tolteca de cor vermelha; e a visch, ariana e mongólica de cor amarela.

Paulatinamente os “filhos de Deus” se retiraram da Terra e os seus descendentes se misturaram com os “filhos dos homens”. Mas essas duas estirpes desapareceram total e paulatinamente em sua forma pura, sendo possível a sua distinção apenas pelo seu caráter e aptidões, mais ou menos elevadas. Assim é, pois, o sacrifício dos descendentes dos filhos de Deus, que a fim de conferir aos primitivos outra vez a possibilidade de se tornarem conscientes da mais elevada esfera espiritual, misturaram-se com todas as outras raças. Estes cruzamentos atingiram até às raças humanas mais inferiores, a fim de que também obtivessem estas disposições genéticas.

Então o mundo caiu nas mãos dos mais ignorantes. Em seu desconhecimento, sua primeira ação foi a de destruir as grandes culturas divinas que foram criadas em diversas partes do mundo. O poder passou de um povo para outro, resultado de constantes guerras, que trouxeram como conseqüência a ignorância, a pobreza e a miséria do sofrimento. Restaram somente ruínas dos hoje magníficos monumentos e construções existentes.

Os instrumentos de nossos ancestrais foram destruídos, em sua quase totalidade, com o fim de não transmitir aos futuros governantes nenhuma instrução sobre o uso das energias que dominam as forças da natureza nem como tais conhecimentos atuam secretamente. Um dos últimos iniciados, conhecido como Hosarsiph (Moisés), não pertencente à raça egípcia, mas, no entanto, crescido e tendo recebido no Egito a sua iniciação, salvou um desses instrumentos tirando-o do Egito. Por algum tempo, os sacerdotes desse povo guardaram esse segredo. Mas teve um tempo em que o derradeiro iniciado, abandonando a Terra, destruiu antes esses últimos equipamentos. Fê-lo para que os filhos dos homens não destruíssem, através de uma reação em cadeia, a si mesmos e a várias partes do mundo. Outros arquivos foram enterrados no Egito, para um propósito futuro, a salvo dos dias que virão.

Depois da destruição dos aparelhos e quando a mais elevada sabedoria desapareceu da superfície da Terra, os homens tiveram que trabalhar com suas próprias energias físicas para seu progresso; nas pedras, trabalharam manualmente como os homens primitivos e sofreram a tirania de seres da própria raça. Os homens tinham que descobrir as verdades divinas em si e na natureza, por conta própria, para atingirem o degrau mais elevado da evolução, e desenvolver ao máximo a sua inteligência.

Mesmo fora da superfície do Planeta, a Hierarquia, observou a humanidade e, sempre que necessário, interferiu a fim de ajudá-los a sair de situações difíceis. Os grandes Mestres de Vênus e de outros Planetas atuaram, dirigiram, lideraram e eventualmente se encarnaram, deixando seus legados à Humanidade, como cientistas, artistas e místicos, da forma mais elevada da arte, da música e da literatura.

Como sempre o foi, todas as vezes que a superstição e os erros imperam, pelos ciclos cósmicos das esferas, ou quando as trevas se tornam tão densas que ameaçam os limites exteriores do Planeta, colocando em risco nossos irmãos e civilizações próximas da Terra, então, outra vez, alguns filhos de Deus se sacrificam e descem à Terra a fim de, encarnados num corpo físico, trazerem consolo e luz espiritual à Humanidade. Foram Rama, Abraão, Zoroastro, Hermes, Orfeu, Pitágoras, Sócrates, Platão, Confúcio, Lao-Tsé, Mahavira, Maomé ou a própria consciência Crística encarnada como Krishna, Moisés, Buda e Jesus.

Mas também há alguns desses filhos de Deus, encarnados, que vivem no meio dos homens atuando em segredo. Também, em altas montanhas, nas cavernas ou em lugares isolados, onde imperturbados irradiam, na solidão, suas forças mais elevadas para a atmosfera terrestre (vide Volume 3). Muitos fazem parte, hoje, dos novos Servidores da Luz na Terra, a serviço das Hierarquias Cósmicas.

Segundo Helena Blavatsky (1.831-1.891), a sexta Sub-raça ária, já existia, no início do século XX, em algumas regiões da Austrália e Estados Unidos, com a meta de desenvolver plenamente o pensamento abstrato. A sétima Sub-raça ária, teria seu desenvolvimento levado a cabo no Brasil, ante a diversidade de povos, culturas e estados de consciência existentes, com vistas ao desenvolvimento completo da intuição.

FUTURAS RAÇAS

Pouco se sabe acerca delas. A Grande Hierarquia Oculta, conhecendo a origem do mistério do androginismo divino, prepara a evolução da humanidade para o androginismo consciente com que terminará a presente Ronda, após a 7a Raça. Como dito anteriormente, os diferentes estados de consciência manifestados são o diferencial entre as Raças. A 3a Raça, a primeira Raça física, nasceu sem inteligência e sem sexo, que foram posteriormente desenvolvidas. À 4a Raça, desenvolvida a partir da 4a sub-Raça da 3a Raça, predominou o emocional (desejos e sentimentos), até que a sua 5a sub-Raça desenvolveu um estado de consciência mais elevado, o mental concreto (o mundo dos pensamentos), necessário ao desenvolvimento da 5a Raça. Enquanto à 6a Raça o desenvolvimento completo do mental abstrato e da intuição é a meta, à 7a Raça compete o pleno desenvolvimento da sabedoria Crística.

Futuro sucessor do Manu Vaivasvata, Mestre El-Morya deve ser o Manu da sexta Raça raiz. Sabe-se que esta Raça deverá surgir a partir da 6a Sub-raça ariana. Já da 7a raça, sabe-se que deverá se formar da 7a Sub-raça da 6a Raça raiz e se desenvolverá na América do Sul.

Nos Estados Unidos, com a fusão dos povos iberos, anglo-saxãos e afros, deveria se dar a formação da 6a Raça raiz, a partir da 6a Sub-raça ária. Parece que a mentalidade sectária e racista nacional impediu que esse embrião da Raça se desenvolvesse plenamente, e que esse trabalho estaria se dando na América do Sul, também em terras brasileiras.

O PROJETO FUTURO NA QUARTA RONDA

A onda de vida passeará, ainda, por mais três globos, nenhum físico, seguindo uma tendência de espiritualização crescente. Em cada globo a onda de vida evoluirá por mais sete Raças, com suas sete Sub-raças e suas civilizações.

O PROJETO FUTURO NA NOSSA CADEIA

Encerrada a quarta Ronda, teremos pela frente mais três Rondas, ao final das quais, a humanidade deverá atingir a sua meta, que é a quinta Iniciação, o adeptado (vide volume 3). Esses serão os êxitos humanos. Os que não atingirem essa meta entrarão na próxima Cadeia, a quinta, para terminarem a sua evolução, mas sua meta será, agora, a sexta Iniciação.

O PROJETO FUTURO NO NOSSO ESQUEMA EVOLUTIVO

Na última Ronda, à medida que a onda de vida abandona, completamente, cada globo, esse entra em processo de desintegração, sendo sua matéria reaproveitada na construção de uma nova Cadeia. Nessa quinta Cadeia, os êxitos humanos da quarta Cadeia terão posição de destaque em sua construção e governo espiritual.

Todos os “êxitos” serão “promovidos”: o reino animal a humano, o vegetal a animal, o mineral a vegetal, etc.. Na quinta Cadeia ainda haverá planeta físico, mas na sexta e sétima Cadeias não, sendo o tipo de matéria mais densa daquela a etérea e desta a astral.

A meta espiritual dessa quinta Cadeia é, como já dito, atingir a sexta Iniciação, enquanto a meta da sexta Cadeia é a sétima Iniciação e a da sétima é a oitava Iniciação.

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