Com a plena conscientização do corpo astral, advinda do treinamento perceptivo de nossas próprias sensações, sentimentos, emoções e pensamentos, adquire-se a faculdade de sentir e perceber coisas que antes não sentíamos nem percebíamos, mas que existiam. Apenas não estávamos conscientes delas.
O nosso corpo astral, sem órgãos específicos, capta as freqüências vindas de seu exterior através de toda a sua extensão. “Vê-se”, “ouve-se”, “cheira-se” por todo o corpo astral. A consciência dessa capacidade é ativada após a vivificação dos seus Chakras astrais, o despertar de cada um desses capacita ao corpo astral a sensibilidade de captar uma nova freqüência vibracional e transferi-las à consciência.
Os místicos afirmam que vêem, ouvem, sentem dor, tocam e abraçam de um modo totalmente diferente do ordinário. O jesuíta francês, Padre Auguste Poulain (1.836-1.919), em sua obra “As Graças da Oração”, afirma que “tem a alma sentidos intelectuais, espirituais, que de certo modo se assemelham aos do corpo, de modo que analogamente e de diferentes meios ela pode perceber a presença de puros espíritos e de Deus em particular” 44:65. A porção astral dos Chakras já se encontra plenamente desperta em nosso estágio evolutivo. Enquanto as porções etéricas dos Chakras se encontram na superfície do corpo etérico, suas porções astrais se encontram na intimidade do corpo astral.
O primeiro Chakra astral responde pela capacidade de perceber sensações cinestésicas, como o arrepiar de pelos na espinha dorsal ou a sensação de desequilíbrio ou de levitar (como o sentido em meditação profunda, sono ou em “viagens astrais”). Já o segundo é o responsável pela percepção interna dos estados emocionais e desordens internas do organismo, próprias ou de outrem. O terceiro Chakra possibilita a faculdade de receber toda a espécie de sensações, provenientes do mundo externo, embora sem percebê-las claramente, como a sensação de que alguém vai ligar, ou que não se deve fazer algo. Se estivermos percebendo algo não visível (mediúnico ou não), o primeiro Chakra astral dá a informação cinestésica da sua presença (como um eriçar de pelos), o segundo revela os sentimentos envolvidos, o terceiro mostra a sua localização, forma, tamanho e intenção (amistosidade ou não).
Já o quarto Chakra possibilita ao homem receber vibrações de outros seres astrais, conhecendo instintivamente seus estados emocionais, capacitando-nos, por empatia, a sentir as mesmas dores do próximo. Em graus extremos, essa empatia pode afetar o corpo físico, reproduzindo os ferimentos e lesões do outro, fenômeno conhecido como estigmatização. Enquanto o quinto Chakra astral confere a audição astral (canalização de mensagens, vozes ou músicas) e o sexto a visão astral (simbólica ou literal), o Chakra astral esplênico capacita ao homem viajar na dimensão astral. O despertar do Chakra coronário faculta ao homem poder abandonar e retornar ao corpo físico, conscientemente, quando quiser, de modo que não mais se vê diferença entre o sonhar, o entrar em Samadhi (êxtase contemplativo) e o morrer (Mahasamadhi).