A Igreja adotou, no século V, a doutrina do famoso teólogo inglês Pelágio contra santo Agostinho e são Paulo, que ensinam que a salvação (libertação) é de graça, e que nós não podemos fazer nada para atingirmo-la, quando Deus e Jesus já fizeram tudo, cabendo a nós, exclusivamente, fazermos agora a nossa parte. Mas como Lutero e seus seguidores são contra Pelágio, a Igreja, recentemente, passou a rejeitar também a doutrina pelagiana, inclinando-se para a da graça protestante. E o zé-povinho católico não sabe nada disso! O que acontece é que a Igreja está preocupadíssima com as religiões orientais e o espiritismo que crescem vertiginosamente entre os católicos, as quais defendem o ensino de Jesus e de Pelágio: “A cada um será dado de acordo com suas obras”. Aliás, quem não sabe que nós colhemos o que nós plantamos? O Eclesiastes é de Salomão. Mas há um texto nele (capítulo 9,5), que deve ser de outro autor, e que diz que os mortos não sabem coisa nenhuma. Esse autor só pode ser um dos judeus saduceus (materialistas), os quais não acreditavam na existência da alma (espírito) imortal (Atos 23,8).
Esse texto é aceito por algumas igrejas evangélicas, que são mais judias do que cristãs, em flagrante desacordo com os demais ensinos bíblicos. Segundo um outro ensino dessas igrejas, o espírito ficaria como que morto, dormindo, e só ressuscitaria no fim do mundo junto com o corpo.Mas não haverá o fim do mundo, mas de um ciclo. E essa doutrina subordina o espírito à carne, quando Jesus disse que a carne para nada aproveita (João 6,63). E Jesus e Moisés ensinam que “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos”. No entanto, há padres enrolando os fiéis com argumentos confusos sobre a ressurreição, a qual é do espírito e não da carne. No fundo, eles fracassam em mais uma sua tentativa de querer ocultar que há comunicação entre os vivos e os espíritos dos mortos. Porventura, comunicar-se-iam os católicos com os espíritos dos santos ou com os cadáveres dos santos? E os padres andam dizendo que a Igreja de hoje se preocupa com a qualidade dos fiéis e não com a sua quantidade. Mas como, se parece que tudo está valendo para ela não continuar a perder seus fiéis? PS: Agradeço a Aquiles M. dos Santos, Liliane Romanelli e Nestor Amaral Júnior os comentários sobre esta coluna.