Demagogia ideológica entre líderes políticos e religiosos

O nosso presidente era esquerdista. Mas por força das conjunturas internacionais e nacionais e interesses eleitoreiros, deixou de sê-lo. Mas o presidente tem um recalque contra a direita. Por isso, não larga mão das suas gracinhas em apoio aos esquerdistas trapalhões Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa, cujas atuações ele sempre apoia, mesmo quando elas são prejudiciais ao Brasil. E a maioria de seus ex-ministros e dos atuais também é simpatizante da esquerda. Destaca-se entre eles o da Justiça Tarso Genro. Haja vista o imbróglio que fez para negar o asilo político legítimo aos atletas olímpicos cubanos, e agora, o asilo que dá ao italiano Cesare Battisti, um esquerdista foragido da Justiça italiana. E o presidente só podia mesmo apoiar a estranha decisão de Tarso. Mas a crise econômica internacional tem infernizado a política ideológica demagógica do nosso governo. Com ela, apesar de o trabalhador ser sempre mais importante do que o capital, a sua causa não é a escassez de trabalhadores, mas de capital, ficando evidente que há capital sem trabalho, mas não pode haver trabalho sem capital! E a demagogia prolifera também nos meios religiosos.

A Igreja adotou, no século V, a doutrina do famoso teólogo inglês Pelágio contra santo Agostinho e são Paulo, que ensinam que a salvação (libertação) é de graça, e que nós não podemos fazer nada para atingirmo-la, quando Deus e Jesus já fizeram tudo, cabendo a nós, exclusivamente, fazermos agora a nossa parte. Mas como Lutero e seus seguidores são contra Pelágio, a Igreja, recentemente, passou a rejeitar também a doutrina pelagiana, inclinando-se para a da graça protestante. E o zé-povinho católico não sabe nada disso! O que acontece é que a Igreja está preocupadíssima com as religiões orientais e o espiritismo que crescem vertiginosamente entre os católicos, as quais defendem o ensino de Jesus e de Pelágio: “A cada um será dado de acordo com suas obras”. Aliás, quem não sabe que nós colhemos o que nós plantamos? O Eclesiastes é de Salomão. Mas há um texto nele (capítulo 9,5), que deve ser de outro autor, e que diz que os mortos não sabem coisa nenhuma. Esse autor só pode ser um dos judeus saduceus (materialistas), os quais não acreditavam na existência da alma (espírito) imortal (Atos 23,8).

Esse texto é aceito por algumas igrejas evangélicas, que são mais judias do que cristãs, em flagrante desacordo com os demais ensinos bíblicos. Segundo um outro ensino dessas igrejas, o espírito ficaria como que morto, dormindo, e só ressuscitaria no fim do mundo junto com o corpo.Mas não haverá o fim do mundo, mas de um ciclo. E essa doutrina subordina o espírito à carne, quando Jesus disse que a carne para nada aproveita (João 6,63). E Jesus e Moisés ensinam que “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos”. No entanto, há padres enrolando os fiéis com argumentos confusos sobre a ressurreição, a qual é do espírito e não da carne. No fundo, eles fracassam em mais uma sua tentativa de querer ocultar que há comunicação entre os vivos e os espíritos dos mortos. Porventura, comunicar-se-iam os católicos com os espíritos dos santos ou com os cadáveres dos santos? E os padres andam dizendo que a Igreja de hoje se preocupa com a qualidade dos fiéis e não com a sua quantidade. Mas como, se parece que tudo está valendo para ela não continuar a perder seus fiéis? PS: Agradeço a Aquiles M. dos Santos, Liliane Romanelli e Nestor Amaral Júnior os comentários sobre esta coluna.

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