Extraído de Azevedo, Cláudio; A Caminho no Ser: Uma Visão Transpessoal
da Psicologia no Yoga S?tra de Pat?ñjal?, Editora Órion, Fortaleza, 2.007
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“Meditação não é diferente de concentração. É uma mais alta qualidade dela” 1:156.
Paramahansa Satyananda
A contínua supressão das distrações e a manutenção ininterrupta (ekat?nat?) da mesma semente (b?ja) na tela mental (pratyaya) é o estado (avasth?) mental de dhy?na, onde o buscador autoconsciente (aha?k?ra) percebe sua mente fluindo junto com uma única imagem mental: está-se meditando. Enquanto estiverem surgindo distrações, fruto da atividade associativa da mente inferior, estar-se-á tentando dominar a técnica de sam?dhi pari??ma, na prática de dh?ra??. No momento em que a mente estiver livre de distrações, ligada inabalavelmente ao seu objeto (vi?aya) de concentração, estar-se-á no estado meditativo.
tÇ àTyyEktanta Xyanm! . 2.
tatra pratyayaikat?nat? dhy?na?
(III-2) Nele (tatra) [com a mente perfeitamente concentrada], o fluxo ininterrupto (ekat?nat?) [e prolongado] das imagens mentais (pratyaya) [é o que se denomina] meditação (dhy?na?) [plena atenção ou contemplação].
Em geral, aha?k?ra não percebe quando está meditando, apenas percebendo que o tempo que fora destinado à prática passou muito rápido. Esse é o sinal mais fiel de que se esteve meditando. Em geral, quando se está lutando para se concentrar, o tempo subjetivo passa mais lentamente que o cronológico, mas o contrário acontece quando se obtém dhy?na: esquece-se totalmente do mundo externo, do corpo e da respiração, como se estivesse sonhando, conscientemente e profundamente, surgindo, algumas vezes, lindas imagens, luzes e sons.
Dhy?na é um estado mental contínuo e ininterrupto, conseqüente ao domínio das distrações, em que brilha, com intensidade, a concentração em um único objeto (vi?aya), considerado agora como a ‘semente’. Permanecem somente a mente inferior (manomaya? ko?a) e a semente (b?ja), ou objeto de concentração impresso na tela mental. Atingir dhy?na avasth? implica que se está apto para o início da prática do último passo do Yoga: o sam?dhi.
BIBLIOGRAFIA
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As referências bibliográficas acham-se assim indicadas: xx:yy, onde ‘xx’ é o número da referência contido na BIBLIOGRAFIA (no final do livro) e ‘yy’ é a página onde se encontra.
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Quando precedendo ‘xx’ estiver escrito YS, a obra referenciada é o Yoga S?tra de Pat?ñjal?, BG quando for Bhagavad G?t?, VC quando for o Viveka Ch?d?mani, TB quando for o Tattvabodha? e SS quando a obra referenciada for o ?iva S?tra (obra de referência no ?ivaísmo de Cachemira). Nesses casos ‘xx’ é o capítulo e ‘yy’ é o s?tra.
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Satyananda, Paramahansa; Four Chapters on Freedom; Bihar School of Yoga, Bihar (India), 1.979;