HINDUÍSMO- San?tana Dharma
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Azevedo, Cláudio; A Caminho no Ser: Uma Visão Transpessoal
da Psicologia no Yoga S?tra de Pat?ñjal?, Editora Órion, Fortaleza, 2.007
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Cf. também “As Leis Fundamentais do Universo”
Extraído do livro “Yoga e as Tradições Sapienciais” 1:35-64
O hinduísmo, a Lei Eterna (San?tana Dharma), sempre conservou uma íntima união entre religião e filosofia, ainda que acontecessem exceções. É impressionante como desde tempos imemoriais uma concepção filosófico-religiosa de tendência monista sempre esteve presente na Índia. O mundo é concebido como um só processo em mudança. Antropologicamente, a tendência monista da filosofia hindu representa um desenvolvimento da capacidade humana de pensar, porque ela consiste em reduzir uma multiplicidade superficial em unidades progressivamente mais abrangentes.
Seus tradicionais deuses, que são cerca de 33, distribuídos para as diversas funções no céu e na terra, são apenas aspectos manifestados do ‘Um’. Ligado a esse caráter monista, sua filosofia apresenta o conceito de Lei Universal ou Ordem (dharma), cujo contrário é a desordem (adharma). E a ordem constatável na natureza é a periodicidade, que acontece nas estações de chuva, retorno dos astros, principalmente do sol e da lua, sempre pelos mesmos caminhos. Este fato sugeriu, à filosofia hindu, a eternidade por meio dos ciclos em sucessão, repetindo-se sem cessar.
Feuerstein 2:102-106 divide a historiografia indiana em nove fases: Pré-Vêdica (6.500-4.500 a.C.), Vêdica (4.500-2.500 a.C.), Bramânica (2.500-1.500 a.C.), Pós-Vêdica ou ‘Upanishádica’ (1.500-1.000 a.C.), Pré-Clássica (1.000-100 a.C.), Clássica (100 a.C.–500 d.C.), Tântrica/Purânica (500-1300), Sectária (1.300-1.700) e Moderna (a partir de 1.700).
Mas uma classificação mais sucinta nos vem de H. Von Glasenapp, em A Filosofia dos Indianos (Glasenapp, Helmuth von; Die Philosophie der Inder, Kröner, Stuttgart, 1.949), onde é aceitável a divisão do hinduísmo em três épocas, cada época com seus períodos e fases, embora as datas limite possam variar para os diversos historiadores:
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Época antiga ou arcaica (antes do ano 1.000 até 550 a.C.);
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Época clássica (550 a.C. até 1.000 d.C.); e
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Época escolástica (século XI em diante).