É um exercício terapêutico que surgiu na China na década de 1.970. Criada pelo médico Zhuang Yuan Ming, é uma união de movimentos do estilo Shao Lin de Kung-Fu com a fisioterapia chinesa (Tui Na). Composto de três séries de exercícios, com dezoito movimentos cada, executados lentamente num fluxo contínuo ao som de músicas tradicionais chinesas, o Lian Gong revelou-se extremamente eficaz como método de cura de dores articulares, tendinosas e de certas disfunções orgânicas e doenças respiratórias.
A primeira série de movimentos é dividida em outras três séries de exercícios: pescoço e ombro, costas e região lombar, glúteos e pernas. A segunda série, também dividida em três séries, contém dezoito exercícios para dores articulares, lesões por esforço repetitivo (LER), fibromialgias, bursites e disfunções orgânicas. A última série compõe-se de exercícios para melhorar a atividade cardíaca e pulmonar bem como tratar infecções das vias respiratórias. Esses 54 movimentos são realizados em cerca de 36 minutos, num processo de automassagem e fisioterapia.
Crianças e idosos podem praticar sem problemas, sendo contra-indicados apenas àqueles portadores de câncer e às gestantes. Além de trabalhar o corpo, observou-se seu efeito também na melhora de distúrbios emocionais depressivos. A única exigência é que os movimentos sejam feitos de forma concentrada enquanto se coordena os movimentos dos braços e mãos com o deslocamento do peso de uma perna para outra. É essa transferência de peso que faz com que o Ch’i desça em direção ao solo e que a energia do solo flua através da perna.
A introdutora da arte no Brasil, a professora de filosofia e artes corporais chinesas Maria Lúcia Lee, afirma que as artes corporais chinesas são ideais para repor e movimentar o Ch’i, fazendo-o se movimentar através dos meridianos:
“São mais de cinco mil anos de história e por isso os exercícios da tradicional medicina chinesa são altamente elaborados. Assim, três minutos da sua prática equivalem a uma hora de exercícios ocidentais”.