O Toque

O tato é o primeiro sentido que se desenvolve e é através dele que a criança desenvolve a sua ligação emocional com os pais, que servirá de base ao seu desenvolvimento emocional e intelectual. Fundamental no crescimento, desenvolvimento, comunicação e aprendizado, o toque também é essencial à auto-estima. A pele é o órgão que nos dá a noção do que é interior e do que é exterior.

 

A privação do toque é causa básica de inúmeros distúrbios emocionais que vão dos distúrbios do sono aos comportamentos depressivos, violentos e agressivos. Além disso, na falta de contato com outras pessoas, o bebê tem a sua capacidade imunológica afetada, provavelmente pelo aumento dos hormônios do estresse, pela depressão do sono e pela inibição da produção da ornitina descarboxilase (ODC) enzima importante ao bom funcionamento do sistema imunológico. Bebês que recebem massagens nas costas executadas pelas mães têm menos infecções respiratórias, têm seu crescimento aumentado pela estimulação da secreção do hormônio do crescimento e têm menos episódios de diarréia.

O toque é um excelente método terapêutico, mas o toque manual intencional tem uma eficácia superior ao simples contato físico. Daí a importância do uso das mãos na cura. Todos temos o dom de curar a si mesmo e aos outros. E nossas mãos são o instrumento natural para a cura. Inconscientemente, a primeira coisa que fazemos quando nos machucamos ou sentimos dores é levar a nossa mão ao local afetado. O mesmo ocorre com as outras pessoas, quando colocamos as nossas mãos em seus pontos de dor. Um vórtice de energia (um dos 21 Chakras menores – Cf. no capítulo anterior) se encontra na palma de cada mão e é por ele que flui a energia curativa.

Nessas horas, em que o fluxo de energia se faz mais presente, podemos perceber nossas mãos avermelhadas e quentes (pela intensa vasodilatação), e sentir algumas sensações cinestésicas em sua palma, como formigamentos, dormências, pulsações ou uma sensação de que algo está saindo dela. Empiricamente ativamos esse Chakra cada vez que friccionamos as mãos, palma com palma, durante algum tempo, antes de tocar no outro para examiná-lo ou tratá-lo.

As diferentes culturas foram, conforme o contexto de seu povo, padronizando e convencionando formas de toque especificamente terapêutico. Na escola sueca o movimento principal, típico de países frios, é a fricção, que tem como principal característica o aquecimento dos músculos. O shiatsu, em oposição, nasce nos campos de arroz japoneses, como forma de prevenção das dores articulares, usando uma técnica que envolve movimentos de pressão que descaracterizam fundamentalmente a carícia, fruto de uma cultura extremamente conservadora. Já a massagem ayurvédica, a massagem terapêutica hindu, possui movimentos suaves, e se aproxima mais do modelo afetivo, o que também é justificável, posto que sua massagem é praticada entre os membros da família.

Em geral, algumas restrições são comuns em qualquer técnica como a febre. A febre é considerada como uma reação benéfica para o organismo, sinal de que ele está reagindo e que qualquer interferência externa não é bem-vinda. Da mesma forma, problemas como a osteoporose e neoplasias também são restrições à maioria das técnicas, pelo risco de fraturas.

Em qualquer técnica, é de suma importância observar um correto respirar e uma atitude de plena atenção ao que se está fazendo. O toque terapêutico deve ser feito de uma forma plenamente concentrada nos movimentos.e sincronizada com uma respiração abdominal (Cf. adiante em RESPIRAÇÃO). O uso da respiração abdominal é essencial em qualquer tipo de toque terapêutico. Dessa forma, quem dá a massagem recebe também benefícios, pois exercita a respiração e a própria concentração: é um processo meditativo (Cf. adiante em MEDITAÇÃO). 

Na década de 1.980, o Dr. John Zimmerman, do Instituto de Bioeletromagnetismo de Nevada (USA) mostrou que os hemisférios cerebrais de terapeutas curadores entravam em sincronia e, posteriormente, o de seus pacientes também, quando o curador impunha as mãos sobre o paciente. Essa sincronia é demonstrada ao EEG através de ondas alfa num ritmo de 7,8 a 8 Hz 10:41, a mesma das flutuações do campo magnético da Terra (7,8 a 8 Hz – a ressonância Schumann). Ou seja, as ondas cerebrais do curador pulsam na mesma freqüência, e ao mesmo tempo, que as ondas Schumann da Terra, como se conseguissem retirar energia do campo magnético terrestre num processo denominado “acoplamento de campo”.

Tanto fazia se os terapeutas eram carismáticos cristãos, médiuns espíritas, praticantes da religião da deusa (WICCA) ou videntes, os resultados eram os mesmos: uma flagrante ligação deles com a energia da Terra. Assim, o terapeuta curador consegue atuar em todos os níveis da aura, transmitindo as energias de cura existentes em torno dele e em toda parte, para reparar, reestruturar e recarregar os corpos do paciente com energias de cura existentes no campo de energia universal (CEU).

 

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