A Suprema Realização do Ser

II. A Busca

 

Na minha busca incessante por Deus,

O esforço, o autoconhecimento e os insights

Me conduzem pela mão.

 

Ampliam minha consciência…

Me reduzem os obstáculos…

 

Minha ignorância e auto-identificação

Meus apegos… inclusive o de existir…

 

Tenho os olhos velados. Não consigo ver.

Somente analisando minhas dores e suas causas

É que percebo meu barulho mental.

 

Obstáculos que condicionam…

Memórias que aprisionam…

Experiências que atraio…

 

Até quando irei sem discernir?

Até aonde irei, guiado pelos ventos que atraí?

Até onde seguirei, imerso na impermanência…

Sofrendo com os conflitos internos que criei?

 

Tenho os olhos velados. Não consigo ver.

Somente percebendo o dual

É que percebo e evito minha dor.

 

Inércia, atividade e harmonia…

O concreto e o abstrato…

O Todo diferenciável e o Todo indiferenciado…

 

Até quando seguirei separado de Mim mesmo,

Sofrendo por não ser quem devo ser?

 

Até aonde seguirei sozinho?

Até onde irei?

 

Tenho os olhos velados. Não consigo ver.

Somente separando Aquele que vê daquilo que é visto

É que obtenho o contínuo discernir.

 

O manifesto desaparece…

O manifesto continua…

O que desaparece continua…

 

Percebi! Estava separado de Mim mesmo!

Percebi! Estava identificado comigo mesmo!

 

Posso seguir, nunca estive sozinho!

Posso seguir, sozinho!

 

Tenho os olhos abertos. Já consigo ver.

Meu discernimento joga luz no meu desconhecimento

E já posso caminhar ao lado de mim mesmo.

 

Estou pronto para a caminhada…

Com meus oito membros…

E meus sete passos…

 

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