As Dimensões Espirituais da Liderança de Obama

Transformando relações oponentes e delegando poderes

             Um dos aspectos mais sutis, todavia transformadores de Obama, é que ele está criando um tipo novo de relação com o povo Americano, assim como com os povos do mundo. Ele trata as pessoas como adultos responsáveis, aceita sua inteligência e conversa com elas explicando as questões complexas em linguagem relativamente direta.

            Ele fala em nível mais profundo do que o usual sobre as questões complexas e emocionalmente difíceis, como as raças, o que fez com brilhantismo durante a campanha, ele extrai das pessoas o que elas têm de melhor recusando-se a ceder ao medo ou raiva. Obama não ergue barreiras aos que discordam dele, porque escuta atentamente seus argumentos, além de ver com clareza as diferenças que existem entre as pessoas e suas idéias.

            Recentemente, ele agradeceu ao povo de Illinois dizendo, “Foi lá que aprendi a discordar sem ser desagradável; a procurar a conciliação mútua, mantendo ao mesmo tempo aqueles princípios que nunca podem ser comprometidos, e sempre presumir o melhor nas pessoas, em vez do pior”.

            Ele é um líder muito disciplinado e concentrado que espera resultados. Ele também criou um grupo cultural “Não faça drama, Obama” – querendo dizer que os grandes egos, as rainhas do drama e aqueles que deixam transpirar informações não serão bem-vindos em sua administração.

            Ele se recusa a cair na armadilha das polaridades, receber uma informação e passar outra diferente; mas, ao contrário, enfatiza o que nos une, e não o que nos divide como um povo. Uma das diretrizes de sua campanha foi: “Respeitar, permitir, incluir.” Esta é uma mensagem pela qual o povo americano ansiava e a eleição de Obama mostrou uma visão de que sabemos, em nossos corações, do que precisamos.

            Obama não tenta encobrir as diferenças, antes reconhece as divisões, afirmando “que será o presidente de todo o povo americano”. Disse também, que “temos que… admitir a possibilidade de que o outro lado possa ter razão algumas vezes.”

            Obama tem a capacidade de ouvir a verdade de todos os lados e encontrar uma verdade superior que possa incluir todos nós.

            Ele não promete fazer tudo por nós, ao contrário, prefere nos ajudar a nos organizarmos e convida-nos a fazer grandes coisas juntos. Ele promove um encontro de parceria com seus auxiliares e com o povo americano, construindo um espírito de equipe. Quando estava mobilizando eleitores com seu famoso discurso “animem-se, estejam prontos para partir”, muitas vezes terminava afirmando “Juntos curaremos a nação e transformaremos o mundo.”

            As pessoas descreveriam isto como se fosse uma corrente de eletricidade percorrendo a multidão. E com milhões de horas de tempo voluntário e de dedicação focalizada na visão e propósito, as pessoas comuns conseguiram, verdadeiramente, mudar o mundo. Em seu discurso em Berlim, sendo ouvido por 100.000 (cem mil pessoas), Obama disse: “Sou um americano que se vê como um cidadão do mundo.” Obama parece estar destinado a liderar o mundo, pelo simples poder de sua visão, sua oratória, sua abordagem sensata e prática dos problemas.

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