Um Diálogo
Cláudio Azevedo:
Quanto aos termos sânscritos utilizados no Advaita Vedanta, há algumas diferenças entre Parambrahmam – Brahmam – Brahma. Brahma se refere a um Universo em particular, sendo considerado como a Energia primordial que cria um Universo e Brahmam é o Vazio Primordial, de onde emanam os múltiplos Brahma’s (Universos no Multiverso). A Realidade Una é Parambrahmam (o Tao que não pode ser pronunciado), a verdadeira Luz da qual tudo o mais é mero reflexo! Assim, tenho dúvidas cartesianas quanto a quem corresponde o Ser, definido pela DEP, pois ora a descrição de Ser se enquadra na descrição de Brahmam (O Deus Criador do Multiverso que é igual a Atmam; que ora é o Manifesto, ora entra em repouso – pralaya – se tornando Imanifesto), ora se enquadra na ‘não-definição’ de Parambrahmam (Aquele do qual não podemos dizer Nada, cuja descrição é ‘não-isso’, não-aquilo’: o Verdadeiro Tao). O Vedanta fala de Parambramam como Aquilo que está acima do Ser (Sat) e do não-Ser (Asat), então, cartesianamente, o Ser é Brahmam, a Consciência Pura, Aquilo!
Qual a Sua fonte, quanto ao Concílio de Constantinopla?
Moacir Amaral:
2- Sem sombra de dúvidas o Ser é Parabrahmam, o Incognoscível, além do Ser e do Não-Ser. Nada se pode falar disso, por isso dele fala-se “Aquilo” ou “Isto” simplesmente, sem atributos, sem nome nem forma.
3- O Ser não cria o Universo, quem cria o Universo é o Deus criador, ou o Brahmam que cria os diversos Brahmas. O Deus criador, ou Brahmam, são aparições, Consciência de Si mesmos, no Ser ou em Parabrahmam.
4- Parabrahmam = Ser = Quinto triãngulo.
5- No Ser aparece a Consciência. A Consciência cria o resto. Em Parabrahmam aparece Brahmam. Brahmam cria o resto.
Que alegria desconhecida é cruzar essa porta
e, no inefável, livre entrar!
Abrir-se ao que é,
âmago,
Ser essencial,
e chegar.
Descansar.
E deixar nas vicissitudes do tempo,
o passado a se dissipar.
A tristeza de quem fica,
a falta em quem sente,
a dor de quem sofre.
As histórias que se contam.
Que bênção maravilhosa
é cruzar céu e terra,
e no Infinito morar.
Sem olhar para trás.
Boa é a ordem da Vida.