Vendas ‘Exotéricas’ e a Morte da Alma

(Collected Writings Vol. XII pp. 629-641)

Traduzido por Maria Beth Oliveira

            Como um corolário a isto, e antes de eu me aventurar ainda mais em tais ensinamentos abstrusos, devo cumprir minha promessa já dada a vocês em minha última carta. Tenho que ilustrar com princípios que vocês já conhecem, a terrível doutrina da aniquilação pessoal. Melhor banir de suas mentes tudo que até agora leram e pensaram que entenderam, em trabalhos como Budismo Esotérico, de tais hipóteses como a oitava esfera e a lua, e de que o homem compartilha de um ancestral comum com o macaco. Até os detalhes ocasionalmente dados por mim no The Theosophist e Lúcifer nada eram diante de toda a verdade, mas apenas amplas idéias gerais, dificilmente tocadas em seus detalhes. Certas passagens, entretanto, nos dão direcionamentos (dicas), especialmente minhas notas de pé-de-página em artigos traduzidos de Eliphas Lévi, “Cartas sobre Magia”.·

            No entanto, a imortalidade pessoal é condicional, pois existe tal coisa como “homem sem alma”, um ensinamento raramente mencionado, e mesmo assim falado em Isis Sem Véu; ¨ e existe o Avichi, bem denominado de Inferno, apesar de não ter conecção ou semelhança alguma com o bom Inferno dos Cristãos, seja geograficamente ou psiquicamente.  A verdade conhecida por Ocultistas e Adeptos de cada era não pode ser dada a um público qualquer; por isso apesar de cada mistério da filosofia oculta permanecer por metade velado em Isis e em A Doutrina Secreta, eu não tinha o direito de amplificar ou corrigir detalhes do Sr. Sinnett. Vocês agora poderão comparar esses quatro volumes e especialmente O Budismo Esotérico com os diagramas e explanações escritas nas Instruções, e verem por vocês mesmos.

            Tenho, antes de tudo, que direcionar suas atenções ao Esquema I. A numeração, como já foi dito, é exotérica, e vocês têm que deixá-la fora de suas considerações e cálculos. Mas examine bem o Avo Áurico, contendo um retrato do Microcosmo dentro do Macrocosmo, o Homem dentro do Universo, e tentem reter aquilo que tenho agora que revelar em todos seus detalhes.

            Vocês aqui acham o Paramatman, o Sol Espiritual, fora do Ovo Áurico humano assim como fora do Ovo Macrocósmico ou de Brahma. Por que? Porque, apesar de que cada partícula e átomo são, por assim dizer, acimentadas e comprimidas através, por esta Paramátmica Essência, mesmo assim é errado chamá-la de um princípio “humano” ou mesmo “universal”, pois o termo facilmente dará lugar a negação, senão a uma idéia errônea do conceito filosófico e puramente metafísico;  não é um princípio, mas sim a causa de cada princípio, o último termo, sendo aplicado pelos Ocultistas, apenas para sua sombra – o Espírito Universal que dá alma ao Kosmos sem limites seja internamente, ou além, do Espaço e Tempo.

            O Esquema mostra, entretanto, Buddhi, o semidisco amarelo, servindo como veículo para a sombra Paramátmica, para poder ser universal, e também assim, é o Atman humano, o Sol ou a esfera branca acima de Buddhi. Dentro do Ovo Áurico azul achamos o pentáculo macrocósmico laranja da VIDA, Prâna, contendo dentro de si o pentagrama (vermelho) que representa o homem. Notaram que enquanto o pentáculo universal tem sua ponta virada para cima (signo da Magia Branca), no pentáculo humano são os pontos inferiores que estão para cima, formando os “Cornos de Satã”, como os Cabalistas Cristãos o chamam? Isto é o símbolo da matéria, aquela do homem pessoal, e o pentáculo reconhecido do mago negro. Pois o pentáculo vermelho não representa apenas Kama, o quinto princípio, (visto exotericamente) mas, também é dito representar o homem físico, o animal de carne com seus desejos e paixões. Até agora, lhes dei apenas uma explicação, a saber, aquela que se refere ao ser humano e não aos princípios macrocósmicos. O pentáculo laranja pode ser tido como representante de ambos, universo e homem; mas para o presente apenas consideraremos o último.

            Agora, marquem bem, no sentido de compreenderem o que se segue, de que o Manas superior (azul índigo) está conectado com o Manas inferior (verde) por uma fina linha que os une juntos. Isto é o Antaskarana, aquela senda ou ponte de comunicação que serve de ligação entre o ser pessoal cujo cérebro físico está sob o comando da mente inferior (animal), e a Individualidade reincarnante, o Ego espiritual, Manas-Manu, o “Homem Divino”. O Manu pensador, portanto, é aquilo que somente reencarna. Na realidade e na natureza, as duas Mentes (a espiritual e a física ou animal) são uma, mas se tornam separadas na reencarnação. Pois, enquanto aquela porção do divino que vai para animar conscientemente a personalidade, separando-se, como uma densa mas pura sombra, do Ego divino,©coloca-se dentro do cérebro e sentidos§ do bebê no útero (ao completar sete meses), o Manas Superior não se une a criança antes desta completar sete anos de vida. Esta essência desvinculada, ou melhor o reflexo ou sombra do Manas Superior, se torna, ao tempo que a criança cresce, um princípio pensante distinto no homem, sendo seu principal agente, o cérebro físico. Não é de se estranhar que os materialistas que percebem apenas esta “alma racional”, ou mente, não a separará da matéria e do cérebro. Mas a filosofia oculta desenvolveu (resolveu?) eras atrás, o problema da mente, e descobriu a dualidade de Manas. Olhe no Esquema; veja o Ego Divino tendendo com seu ponto superior para Buddhi, e o Ego humano gravitando para baixo, imergindo na matéria e conectado com sua superior, metade subjetiva apenas por aquele Antaskarana. Você se lembrará do nome, pois é o elo de conecção durante a vida entre as duas mentes – a superior consciência do Ego e a inteligência humana da mente inferior.

            Para entender essa doutrina abstrusa corretamente e plenamente, tem-se que estar marcado totalmente com a idéia, que tentei em vão divulgar aos Teosofistas como um todo, a saber, a grande verdade axiomática de que apenas a realidade viva e eterna é aquela que os Hindus chamam de Paramatman e Parabrahman. Esta é a Essência-Raiz uma e sempre eterna, imutável e desconhecida para nossos sentidos físicos, mas manifesta e claramente perceptível para nossas naturezas espirituais. Uma vez imbuídos com esta idéia básica e a concepção mais ampla de que se é onipresente, universal e eterna, como o próprio Espaço abstrato, devemos ter dela emanado e devemos, algum dia, a ela voltar, e tudo o mais se torna fácil.

            Se assim é, chega-nos à razão de que: vida e morte, bem e mal, passado e futuro, são palavras vazias, ou na melhor das hipóteses, figuras de discurso. Se o próprio universo objetivo é apenas uma ilusão passageira, no que tange o seu início e sua finitude, então ambos, vida e morte, devem ser aspectos e ilusões. São elas, mudanças de estados, de fato, e nada mais. A vida real está na consciência espiritual daquela vida, numa existência consciente no Espírito, e não Matéria; e morte real é a percepção limitada da vida, a impossibilidade de sentidos conscientes ou mesmo a existência individual fora da forma, ou pelo menos, de alguma forma de matéria. Aqueles que sinceramente rejeitam a possibilidade de vida consciente divorciada da substância, e um cérebro, são unidades mortas. As palavras de Paulo, um Iniciado, se tornam compreensíveis. “Vós sois mortos e vossa vida está oculta com Cristo em Deus,” que é dizer: Vós sois, pessoalmente, matéria morta, inconsciente de sua própria essência espiritual, e sua vida real está oculta com seu divino Ego (Christos) em, ou imersa com, Deus (Atman); agora se separou de vós, pessoas sem alma.ª Ao falarmos, dentro de linhas esotéricas, toda pessoa irrevogavelmente materialista, é um HOMEM morto, um autômato vivente, a despeito de ser agraciado com grande poder cerebral. Escute para o que Aryasanga diz, atestando sobre este fato:

            “Aquilo que não é nem Espírito ou Matéria, nem Luz ou Escuridão, mas é verdadeiramente o “container” (recipiente) e raiz destes, aquele que atua. A raiz projeta em cada Aurora sua sombra em Si mesmo, e aquela sombra pode ser chamada de Luz e Vida, Ó, pobre Forma morta. (Esta) Vida-Luz fluindo para baixo pela escada dos sete mundos, a escada, na qual cada degrau se torna mais denso e mais escuro. É nesta escala de sete vezes sete em que  atuará o escalador com fé e o reflexo, Ó pequeno homem! Assim atua, mas não o sabe.”

             Esta é a primeira lição a ser aprendida. A segunda é de estudar bem e saber os princípios de ambos, Kosmos e nós mesmos, dividindo o grupo em permanente e impermanente, o superior e imortal, e o inferior e mortal; pois apenas então poderemos ter maestria e guiar o cósmico inferior e pessoal, e depois o cósmico superior e impessoal.

             Uma vez que pudermos fazer isto, teremos assegurado nossa imortalidade. Mas, poderá ser dito: “Quão poucos são aqueles que podem fazer! Tais serão grandes Adeptos, e ninguém poderá atingir ao Adeptado em uma curta vida”.  Concordo; mas existe uma alternativa. “Se não puderdes ser o Sol, então que seja o humilde Planeta”, diz o Livro dos Preceitos de Ouro. E se mesmo isto estiver além de nosso alcance, então deixe-nos ao menos a pretensão de permanecermos dentro do raio de uma menor estrela, tal que sua luz prateada possa penetrar na escuridão lamacenta, através da qual a senda pedregosa da vida segue seu curso; pois sem esta radiância divina arrisca-se a perder mais do que possa imaginar.

 Ao que diz respeito, então, aos homens “sem almas” e a segunda morte da “Alma”, mencionada em Isis sem Véu,· vocês acharão que ali falei de tais pessoas sem almas, e mesmo de Avichi, apesar de ter deixado o último sem denominação. Leia do último parágrafo da página 367 ao fim do primeiro parágrafo da página 370, e então compare  o que está dito ali com o que disse agora.

            A tríade superior, Atma-Buddhi-Manas, pode ser reconhecida pelas primeiras linhas do trecho dos papiros Egípcios. No Ritual (agora o Livro dos Mortos), a Alma purificada (o Manas dual) aparece como “a vítima da influência negra do Dragão Apophis” ( a personalidade física do homem Kama-Rupico, com suas paixões). Se ele alcançou o conhecimento final dos mistérios infernais e dos céus, a Gnose – os mistérios terrestres e divinos da magia Branca e Negra – então a personalidade do defunto “triunfará sobre seu inimigo” – a morte. Isto se refere ao fato da união completa, ao fim da vida terrena, do Ego com seu Manas inferior, repleto com “a ‘colheita’ da vida”.  Mas, se “Apophis” conquista a “Alma”, ela então “não poderá escapar de sua segunda morte”.

            Essas poucas linhas, de um papiro de muitos milhares de anos, contem uma revelação total, conhecida, naqueles dias, apenas pelos Hierofantes e Iniciados. A “colheita da vida” consiste das mais refinadas ideações espirituais, da memória dos feitos mais altruístas e nobres da personalidade, e a constante presença durante a benção após a morte de todos aqueles que amou com devoção divina, espiritual.¨ Lembre do ensinamento: A alma humana (Manas inferior) é o único e direto mediador entre a personalidade e o Ego divino. Aquilo que vai se tornar nesta terra a personalidadeindividualidade) é a soma de todos os traços característicos espirituais, mentais e físicos, que, estando impressos na alma humana, produz o homem. Agora, de todas estas características, apenas suas ideações purificadas é que podem ser impressas no superior Ego imortal. Isto é realizado pela “alma humana” emergindo de novo, em sua essência, em sua fonte paterna, mesclando-se com seu Ego divino durante a vida, e reunindo-se inteiramente com ele após a morte do homem físico. Portanto a não ser que Kama-Manas transmita a Buddhi-Manas tais ideações pessoais, e tal consciência de seu “Eu” como sendo assimilada por seu Ego divino, nada daquele “Eu” ou personalidade poderá sobreviver no Eterno. Apenas aquilo que vale a pena dentro do Deus imortal em nós, e idêntico em sua natureza com a quintessência divina, poderá sobreviver; pois neste caso são suas próprias, “sombras”, do Ego, ou emanações que ascendem a ele e são de novo nele absorvidas, se tornando, mais uma vez, parte de sua própria Essência. Nenhum pensamento nobre, nenhuma grande aspiração, desejo, ou amor imortal divino, pode chegar ao cérebro do homem de barro e aí se estabelecer, a não ser como uma emanação direta do superior para, e através, do Ego inferior; tudo o mais, intelectual como possa parecer, procede da “sombra”, a mente inferior, em sua associação e mistura com Kama, e passa e desaparece para sempre. Mas as ideações mentais e espirituais do “Eu” pessoal a ele voltam, como partes da essência do Ego, e nunca poderão sumir.  Assim, da personalidade que foi, apenas suas experiências espirituais, a memória de tudo que é bom e nobre, com a consciência de seu “Eu”, colorida com tudo aquilo dos “Eus” pessoais que a precederam – sobrevive e se torna imortal. Não há nenhuma imortalidade separada ou distinta para os homens da terra fora do EGO que os informa. Este Ego Superior o único Doador de seus alter Egos na terra e seu único representante no estado mental chamado Devachan. Assim como a última personalidade desencarnada, entretanto, tem o direito ao seu próprio estado especial de bem-aventurança, livre e desimpedida das memórias de todas as outras, é a última vida apenas que é plena e realisticamente vívida. O Devachan é quase sempre comparado ao dia mais feliz, numa série de muitos milhares de outros “dias” na vida de uma pessoa. A intensidade de sua felicidade faz o homem esquecer inteiramente de tudo, seu passado se torna obliterado. (mal denominado de

            Isto é o que chamamos Estado Devachanico e a recompensa da personalidade , e é neste antigo ensinamento que a estranha noção Cristã de “Paraíso” foi construída, emprestada junto com muitas outras coisas dos Mistérios Egípcios, de onde a doutrina foi endossada. E este é o significado da passagem relatada em Isis. A Alma triunfou sobre Apophis, o Dragão de Carne. Daí, a personalidade viverá na eternidade, em seus elementos superiores e nobres, e a memória de seus feitos passados, enquanto as “características” do “Dragão” estarão se desgastando no Kama Loka. Se a pergunta for feita, “Como viver na eternidade, quando o Devachan dura por volta de 1000 a 2000 anos? A resposta será: “do mesmo modo que a memória de cada dia que vale ser relembrado vive na memória de cada um de nós.” Para melhor exemplificar, os dias passados numa vida pessoal podem ser tomados por nós como uma ilustração de cada vida pessoal, e esta ou aquela pessoa representa o Ego divino.

            Para obter a chave que abrirá a porta de muitos dos mistérios psicológicos, é suficiente compreender e lembrar aquilo que precede e aquilo que se segue. Muitos Espíritas sentiram-se terrivelmente indignados ao ser-lhes dito que a imortalidade pessoal era condicionada; e no entanto tal é o fato lógico e filosófico. Muito já foi dito a respeito do assunto, mas parece que ninguém até hoje entendeu a doutrina. Mais ainda, não basta só saber que tal fato é dito existir. Um Ocultista, ou aquele que pretende se tornar um, deve saber por que assim é; por ter aprendido e compreendido a raison d’être¨, se torna mais fácil de direcionar os outros retamente em suas especulações erradas, e, mais importante de tudo, lhe dá a oportunidade, sem dizer muito, de ensinar pessoas a evitar a calamidade que, triste dizer, ocorre em nossa época quase que diariamente. Esta calamidade será agora bem melhor explicada.

             Deve-se saber de fato, muito pouco dos modos de expressão Oriental para falhar em ver nesta passagem tirada do Livro dos Mortos, e das páginas de Isis referidas:

(a)-uma alegoria para os não iniciados, contendo nosso ensinamento esotérico; e (b)-de que os dois termos, “segunda morte”e “alma”, são num sentido, vendas. “Alma” refere-se indiferentemente a Buddhi-Manas e Kama-Manas. E a respeito do termo “segunda morte”, a qualificação “segunda” se aplica a diversas mortes que devem ser ultrapassadas pelos “princípios” durantes suas encarnações. Somente os Ocultistas entenderão plenamente o sentido em que tal declaração é feita. Pois temos: (1) a morte do corpo; (2) a morte da Alma Animal em Kama-Loka; (3) a morte do Astral (Linga-Sharira), seguindo a do Corpo; (4) a morte metafísica do Ego Superior, o imortal, toda vez que “cai na matéria”, ou incarna numa nova personalidade. A Alma Animal, ou Manas Inferior, que apaga o Ego divino que se separa dele para informar a personalidade (detalhes sobre o processo serão agora dados) não pode por qualquer meio possível escapar da morte no Kama-Loka, de qualquer maneira aquela porção deste reflexo permanece como um resíduo terrestre e não pode ser impresso no Ego. Assim o mais importante e principal segredo, no que diz respeito à “segunda morte”, do ensinamento esotérico, era e é até hoje a possibilidade terrível da morte da Alma, isto é, sua separação do Ego na terra durante a vida da pessoa. Isto é a morte real (apesar das chances de ressurreição), que não demonstra nenhum traço na pessoa e no entanto a torna moralmente um cadáver vivente. É difícil de ver por que este ensinamento deveria  ter sido preservado até agora com tal segredo, quando, se fosse espalhado entre as pessoas, de qualquer modo entre aquelas que acreditam em reencarnação, bastante bem poderia ter sido feito. Mas assim foi, e não tenho nenhum direito de questionar a sabedoria da proibição, senão ter dado a ela aceitação, como foi dado a mim, sob promessa de não revela-la ao mundo como um todo. Mas agora tenho permissão de dá-la a todos, revelando seus princípios fundamentais primeiro para os Esoteristas; e depois quando eles assimilarem completamente, será então seu dever ensinar aos outros este assunto especial da “segunda morte”, e avisar todos os Teosofistas de seus perigos. A promessa de segredo, portanto, não mais se estenderá sobre este artigo único e solitário do credo esotérico.

A fim de tornarmos o ensinamento mais esclarecedor, terei que andar sobre terreno antigo; na realidade, entretanto, é dado sob nova luz e novos detalhes. Tentei passa-los no The Theosophist como fiz em Isis, mas falhei no sentido de me tornar compreendida. Agora explicarei ponto por ponto.

                                                                 H.P. Blavatsky

                                                 (Collected Writings, Vol. XII pp. 622-629)

                                                            (da Instrução da E.E. No. III) continua

                                                                   com Razão Filosófica. . .

 

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