As Raças

A TERCEIRA RAÇA

Movimentos geológicos no mar de Gobi, ao sul do Hiperbóreo, região que cobria o atual deserto de Gobi na Mongólia, fizeram emergir a sudeste a cadeia do Himalaia, as terras do Ceilão (atual Sri Lanka), a ilha de Sumatra, a Austrália e a ilha da Tasmânia indo até a ilha de Páscoa, e estendendo-se a sudoeste até as ilhas Cabo Verde, Madagascar e parte da África, a Lemúria. Esse continente teve sua existência proposta, pela primeira vez, por Philip Schlater, zoólogo da Royal Society. Foi apoiado pelo evolucionista Thomas Henry Huxley (1.825-1.895) e pelo naturalista Alfred Russel Wallace (1.823-1.913). O maior divulgador do darwinismo na Alemanha, Ernst Heinrich Philipp August Haeckel (1.834-1.919), não só aprovou a idéia como colocou lá o berço da raça humana, a partir de primatas.

Segundo Helena Blavatsky (1.831-1.891), presente à Era Mesozóica estava esta Raça. À medida que esse hominídeo (o segundo Adão bíblico), presente ainda há cerca de 23 milhões de anos, desenvolvia o pensamento, ele também se transformava do andrógino original (primeira Sub-raça) em hermafrodita (segunda Sub-raça), hermafrodita com predomínio de um sexo (terceira Sub-raça) e finalmente homem e mulher habitando em dois corpos separados (Gn 2:21-22), por volta da quarta Sub-raça (há cerca de dezoito milhões de anos – 18.619.793 anos, no Mioceno, Período Terciário da era Cenozóica). Essa transformação na reprodução foi gradativa, desde a fase dos “nascidos do suor” (primeira Sub-raça), passando por uma fase ovípara (terceira Sub-raça), até uma fase na qual o ovo foi mantido no interior do corpo, semelhante ao que ocorre até os dias atuais.

Os da terceira Sub-raça eram seres gigantescos e fortes, uma raça de “gigantes” de 8 a 9 metros, um hominídeo vacilante, criaturas que “andavam às apalpadelas nas fumegantes florestas primitivas”, hermafroditas de cor negra, todos “sem mente” – sem inteligência. Primeira raça física densa, possuía apenas os sentidos do tato e da audição, com a visão em desenvolvimento. Utilizavam um terceiro olho no meio da fronte, como órgão principal da visão, que transmitia uma visão geral sem minúcias. Nas duas primeiras Sub-raças desenvolveram uma ligeira melhoria sobre os sons da natureza (como os gritos dos animais), uma linguagem de sons, sons cantados e compostos somente de vogais, evoluindo posteriormente para a linguagem monossilábica na terceira Sub-raça.

Chegou uma época em que alguns Senhores da Lua encarnaram em corpos especialmente preparados para Eles, sendo conhecidos como “Divinos Andróginos”, de beleza indescritível, gigantes avantajados (Gn 6:4), “filhos de Deus”. Esses Reis Divinos, germe nascedouro da quarta Raça, orientaram a construção de cidades poderosas, como Shambhala no mar de Gobi, cuja construção demandou cerca de mil anos, e templos ciclópicos, dos quais ainda subsistem algumas ruínas.

A essa época, de Capela, estrela da constelação do Cocheiro, milhões de espíritos, incompatíveis com os padrões de vida existentes, foram escolhidos para habitar a Terra, para aqui continuar a sua evolução e ajudar na evolução da terceira Raça. “Tinham pecado por sabedoria e orgulho… e se precipitaram dos céus à Terra…, degredados na face obscura do planeta… a lembrarem [-se] o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Eram as coortes de Lúcifer”. Esse fato encontra apoio no Livro Apócrifo de Enoque 6:21, os “Jubileus”, livro hebreu antigo, mais antigo que o Antigo Testamento e conhecido como a “pequena Bíblia”. Inscrições babilônias encontradas nas escavações em Kuniunik, lendas dos índios Pahute norte-americanos, o deus soota com seus kinanus, uma lenda mexicana e os relatos astecas de deuses que andavam na Terra, também se referem ao mesmo fato.

Misturaram-se por toda a Terra, sendo também conhecidos como “filhos de Deus” (Gn 6:1s e 6:4), mas com o conhecimento do bem e do mal. Eram o “marido” bíblico (Gn 3:6) que, junto com sua mulher, comeram do fruto proibido no paraíso e foram expulsos (Gn 3:23). O terceiro Adão bíblico e sua mulher Eva. Vinham com as duas tendências, representadas pelos seus filhos: uma corrente rebelde e outra mais pacificada, o Caim e o Abel bíblico (Gn 4:1s). Essa última foi logo suprimida por aqueles, mais numerosos (Gn 4:8). Tinham conhecimentos que abrangiam as trevas e se misturaram com os da terceira Raça (Gn 6:2) gerando “os heróis, tão afamados nos tempos antigos” (Gn 6:4), imortalizados na mitologia grega. Daí se explica a preexistência da mulher de Caim, na terra de Node (Gn 4:16s).

Os Senhores da Lua prosseguiram aperfeiçoando os corpos dos da terceira Raça, descendentes do primeiro Adão andrógino, preparando-os para serem ocupados pelos egos mais avançados da Cadeia pretérita, provindos do segundo globo de sua sétima Ronda (a quarta Sub-raça, de cor amarela, ao contrário das outras): os descendentes de Seth (Gn 5:3). Mas uma minoria deles, os que na quinta Ronda da terceira Cadeia (vide em CADEIA LUNAR) se individualizaram através de intensa vaidade e orgulho, se recusou a ocupar aqueles corpos, desdenhando de suas formas.

Esses corpos não ocupados, o foram por entidades baixas, recém-saídas do reino animal na Cadeia anterior. Esses humanos primitivos, conhecidos como os “néscios”, obviamente não viam diferença nenhuma entre eles e os animais. Influenciados pelos descendentes de Caim, descobriram então que podiam se reproduzir à maneira animal (pecado original – Gn 3), “o pecado dos néscios”, e posteriormente adquiriram o costume de manter relações homossexuais com os seus semelhantes e, até mesmo, de ter contatos sexuais com animais, demonstrando desconhecimento completo acerca da verdadeira função e do correto uso da energia criativa, e se distanciaram progressivamente da Lei Universal. Haviam descoberto também o bem e o mal (Gn 3:22). Viveram tomando para si grandes fêmeas animais, procriando monstros que andavam de quatro, culminando numa raça de macacos dos quais resultaram os vários tipos de macacos antropóides (o elo perdido).

A eles tinham sido permitidas todas as formas de sensibilidade, menos a sexual, para a humanidade não se enredar no método animal, inferior, de procriação. Voltando atrás à forma de reprodução dos seres brutos, conheceram a queda do estado de alegria celeste que era o próprio homem, perfeito em sua origem (Gn 6:1s). No entanto, mesmo os Senhores da Lua não eram capazes de estimular essas consciências humanas e despertá-las.

Vendo o ocorrido, o grupo que se recusara a ocupar os corpos construídos pelos Senhores da Lua, choraram dizendo: “Os Amanasa macularam nossas futuras moradas. Isso é Carma. Vamos morar nas outras. Vamos morar nas outras. Vamos ensiná-los melhor, para evitar o pior” – Estâncias de Dzyan (“Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne…” – Gn 6:3). Ocuparam corpos ainda mais grosseiros, convertendo-se numa raça atrasada, inteligente e má. A presença e a atuação desses indivíduos determinaram uma ruptura no contato da terceira Raça com a Hierarquia espiritual, tornando possível o estabelecimento, no planeta, do que se pode chamar de “fraternidade das trevas”.

A essa altura, os Senhores da Lua e o Manu da Raça tinham empurrado todos os retardatários e já não havia no reino animal ninguém capaz de tornar-se humano. A evolução já tinha chegado a um ponto determinado na Terceira raça, mas que não podia ir mais longe até que recebesse algum estímulo tremendo fora dos poderes normais da Terra. Aqui houve, então, a interferência direta dos Logos, e assim, do nosso vizinho mais próximo, veio o maior de Vênus, o Sanat Kumara, o “Senhor da Chama”, o próprio Espírito do Logos Venusiano, cuja memória é venerada e considerada sagrada em todas as antigas religiões. Veio com a missão de acelerar a evolução mental, despertando o intelecto na humanidade, dando um impulso que só pode ocorrer uma vez em cada Esquema. Veio também com o objetivo de fundar uma Hierarquia oculta na Terra, conhecida hoje pelo nome de Grande Fraternidade Branca ou Ordem de Melki-Tsedek (Gn 14:17 – ver adiante). Assumiu o governo espiritual da Terra como Senhor do Mundo. Seres das constelações de Órion, de Arcturus, das Plêiades, de Sírius, do Grande Sol Central (conhecido pelos maias como Alcyone) e de muitas outras, apenas numeradas pelos cientistas, também teriam vindo à Terra.

Dizem, os antigos ensinamentos, que há aproximadamente 16 milhões e meio de anos, eles vieram, os “Senhores da Chama”, numa ocasião em que Mercúrio, Vênus e a Terra se encontravam em conjunção íntima. Veio então, pelo caminho magnético assim formado, uma enorme, resplandecente e radiosa nave possuidora de um poderio e de uma beleza deslumbrantes, trazendo para a Terra “três vezes trinta e cinco” seres humanos de uma perfeição para além dos nossos mais elevados ideais, mais deuses do que homens, reis divinos de remota memória. Foram os irmãos mais velhos da nossa humanidade, altamente aperfeiçoados, de um ramo mais antigo da família, dotados de infinita compaixão pelas “criaturas” humanas.

Na época existia um imenso mar sobre a Ásia central (mar de Gobi – hoje na Mongólia) e nesse mar havia uma ilha de incomparável beleza onde Eles desceram – a Ilha Branca da cidade de Shambhala. Alguns tinham corpos físicos, outros, como Sanat Kumara, criaram para si um corpo de matéria etérea, mas nenhum tomou qualquer corpo terrestre. Isso possibilitou ao Logos Planetário da Cadeia Terrestre encarnar-se no corpo de Sanat Kumara (vide doutrina Tulku no volume 2). Trouxeram com eles, para auxiliar na evolução da Terra, adições aos reinos animal e vegetal como, as abelhas, as formigas e o trigo.

O nosso Logos planetário erigiu um ashram (quartel-general) em Shambhala, em substituição ao Centro Regente planetário anterior que era Iberah (profundamente interno e esotérico – com sua contraparte física existente na lagoa IberaPratyekas Buddhas) e quatro Kumaras (três esotéricos e um encarnado) – como descritos em Ez 1:5-14. O Kumara encarnado é chamado de Sanat Kumara, conhecido como o Senhor do Mundo e que seria o “Pai” na Bíblia judaico-cristã. No ashram coexistiam também quatro Maharajas, que eram os quatro “Senhores do Carma” do nosso sistema solar. na Argentina), e compôs o Seu grupo de Altas Entidades formando aquilo que é conhecido hoje como “A Câmara do Conselho do Senhor do Mundo”. A Câmara é composta de uma Hierarquia Divina que mantém contatos extra-planetários e raramente planetários, todos de origem venusiana. Esses sete Espíritos são três Buddhas, chamados de Budas de atividade (

A Câmara do Conselho permitiu a milhões de entidades tornarem-se humanas antes de fechar a porta da evolução do animal, restringindo a quantidade de seres do sétimo reino, o reino humano, e impedindo o acesso ao Conhecimento. Mas também abriram uma porta que possibilitava ao homem atingir o reino espiritual, através do qual poderiam participar das fileiras da Hierarquia. Esta porta era o Portal da Iniciação e ainda permanece aberto hoje nos mesmos moldes dos dias da terceira Raça. Para isso se decidiu demarcar nitidamente os limites entre as forças da matéria e do Espírito (o problema do mal e do bem) com o fito único de mostrar ao homem a maneira de transpor as dificuldades que tinham de ser vencidas no caminho para a liberdade espiritual.

A Hierarquia Divina utilizou-se de três métodos para possibilitar ao homem animal transformar-se em um homem consciente. Alguns encarnaram em alguns corpos (os Arhats, os Vigilantes) doando a eles um corpo mental, outros enviaram uma “faísca”, estimulando, de uma maneira aparentemente magnética, o germe nascedouro da inteligência já existente pela proximidade deles com os Senhores de Vênus (continuaram sem conhecimento – os que esperavam) e uma minoria foi deixada seguir o seu curso normal de evolução (continuaram sem inteligência – os “sem mente”), que consistem hoje os elementos raciais menos desenvolvidos da Terra. “O Sacrifício da Chama” se realizou e por milênios permaneceu. Esses últimos, vindos da quinta Sub-raça da terceira Raça, eram os que, sem livre arbítrio, obedeciam cegamente a qualquer impulsão proveniente dos Reis divinos. Então todos os homens que tiveram mente conheceram o pecado dos “sem mente”.

Esses Cíclopes, com “um só olho” (as três últimas sub-Raças, citadas por Hesíodo (800 a.C.) como os três Cíclopes, filhos de Caelus e Terra), aprenderam certos poderes com os Atlantes (a quarta Raça, já existentes nessa época e que dominava a Terra), porém não tardou que se lhe tornassem novamente inacessíveis devido ao mau uso que fizeram. Entretanto, o que havia sido adquirido por aqueles indivíduos inferiores provenientes do ciclo lunar, que se integraram à fraternidade das trevas, por lei, não lhes podia ser retirado até que se cumprissem certos ciclos relacionados ao exercício do livre-arbítrio do homem. Por isso a fraternidade das trevas ainda tem poderes e conhecimentos sobre leis materiais, embora isso não ultrapasse determinados limites, tendo, sua atuação, estado sob o controle da Fraternidade da Luz desde o início dos tempos. A pressão das trevas, sobre a consciência do homem era permanente e o reino humano servia de campo de luta entre duas correntes: a das trevas e a da Luz, entre a ignorância e o Conhecimento.

Após um confronto agudo dessas correntes, consumou-se um holocausto planetário que provocou o desaparecimento, por inteiro, da Lemúria, sob o Pacífico, há cerca de 700 mil anos, restando apenas algumas ilhas, como descrito adiante. Seus descendentes são os negros (da 5a Sub-raça, de cor negra), negrilhos (da 6a Sub-raça, de cor azul escura) e negritos (da 7a Sub-raça, de cor cinza azulada).

Por milênios a Hierarquia habitou e trabalhou em Shambhala, e necessário se fez a formação de uma organização com atribuição de funções para administrar a evolução em todos os departamentos da natureza, a Grande Loja Branca. Composta de 49 membros, essa Hierarquia Espiritual foi o embrião da Grande Fraternidade Branca. Trabalhavam sozinhos, pois a raça humana ainda era primitiva demais. Foi apenas na metade do período da raça seguinte que altas funções na Hierarquia de Luz foram confiadas a seres humanos já avançados, pois algumas entidades venusianas foram chamadas para uma outra atividade, mais elevada, no Sistema Solar.

Mas por que entidades venusianas desempenhariam um papel tão importante no nosso planeta?

Vênus é uma Cadeia planetária muito mais velha do que a Terra, e está hoje em sua quinta Cadeia, sendo o mais avançado de todos os planetas de nosso Sistema Solar. Ele evoluiu de uma maneira completamente excepcional, num processo de cultura Iniciática. Foi uma experiência que deu certo e o Esquema consumou seu desígnio em cinco Rondas em vez de sete.

A sabedoria arcana diz que o Logos planetário de Vênus amou tanto a Terra que se encarnou e lhe deu leis perfeitas. Na verdade afirma que existe um vínculo psíquico entre os Logos planetários de ambos os planetas, uma diferença de polaridade, sendo a Terra positivamente polarizada e Vênus negativamente, sendo possível o fluxo de energia de Vênus à Terra.

Grande Guru da semente do Cristo em todo o cosmo, Hierarca de Vênus, Sanat Kumara é o Ancião dos Dias (Dn 7:9, 7:13 e 7:21), a quem foram dados “império, glória e realeza” (Dn 7:14). Sanat Kumara (do sânscrito, sempre jovem) e o grupo de almas de Luz que o acompanhou ofereceram-se como voluntários para manter a “Chama da Vida”, em benefício dos povos da Terra. Fizeram este voto, até que a humanidade respondesse ao amor do Altíssimo e mais uma vez se dedicasse a servir sua poderosa Presença (Dn 7:27), embora pouquíssimos eleitos tenham conseguido se beneficiar desse grande sacrifício.

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