O Judaísmo

A CABALA

 

A Cabala significa a prática de transmissão de conhecimentos esotéricos pela palavra falada. É um conhecimento que proclama ser de origem celestial e ter chegado aos hebreus através dos anjos.

Os reis Davi e Salomão, diz-se terem sido iniciados na Cabala e o Rabi Shimon ben Yohai ousadamente deu os passos no sentido de escrever parte dos ensinamentos. Seu filho, Rabi Eleazar, seu secretário e seus discípulos reuniram seus tratados e deles compuseram o Zohar, a fonte do cabalismo.

Segundo ele, a Luz Ilimitada, AIN SOPH AUR (veja anteriormente na VISÃO DO JUDAÍSMO sobre Deus), dá origem à arvore da vida. A árvore da vida representa simbolicamente as dez emanações da divindade (como nos ensinamentos de Pitágoras (580-500 a.C.)), dez aspectos do Universo manifestado e dez elementos da psicologia humana, constituindo a chave para decifrar os mistérios da Cabala, sistema místico judeu. Cada uma das dez emanações é definida como um Sephira: um número ou grupo de idéias elevadas, Forças ou anjos (veja Volume 3). Cada Sephira tem uma quádrupla natureza que se associa com os quatro mundos da Cabala, a saber:

  1. Atziluth: o Mundo Arquetípico ou das Emanações, o Mundo Divino;
  2. Briah: o Mundo da Criação ou Khorsis, o Mundo dos Tronos;
  3. Yetzirah: o Mundo da Formação e dos Anjos e
  4. Assiah: o Mundo da Ação, o Mundo da Matéria.

Assim, a árvore assume uma imagem antropomórfica, conhecida como o Adão Kadmon, o homem perfeito, o homem celeste, que é o Mensageiro de Deus, o Cristo (o Messias). Seria o “primeiro Adão”, citado em Gn 1:26s e I Cor 15:45, do qual a Tríade Superior permanece no Mundo Arquetípico como a futura Trindade. Os outros Sephira criam o mundo manifesto. São o “setenário” que cria o “segundo Adão” (Gn 2:7 e I Cor 15:45).

A Cabala encerra um estudo da relação das letras e números, na interpretação dos significados ocultos. Há 32 caminhos, ditos místicos, representados pelas 22 letras e dez números hebraicos, que quando combinados podem ser interpretados de três maneiras: tomar as palavras como acrósticos, atribuir valores numéricos às letras de uma palavra, fazendo relação entre palavras de mesmo valor numérico, e manipular palavras por anagramas.

O cabalismo formou uma tendência, caracterizada pela busca do êxtase, que leva a Deus e à libertação, e pela procura de um Messias que redimiria o povo e o mundo. Sob essa influência surgiriam mais tarde movimentos como os dos falsos messias e o do hassidismo.

Juntamente com os Grimórios (figuras e palavras “mágicas”), a Cabala seria um poderoso mecanismo de conhecimento e poder. Alquimistas e cientistas estariam fundindo os conhecimentos secretos dessas “ferramentas” e estariam chegando às grandes descobertas humanas. Essa elite de “estudiosos”, já há muitas décadas, formaria uma verdadeira ordem que estaria caminhando para revelar a verdadeira essência desses sinais; um grupo de pessoas, em sua maioria sionistas, “conspirando” para descobrir a verdade. Um fato, coincidente ou não, é que quase todos os cientistas envolvidos com Energia Atômica são judeus. Einstein nada mais teria feito do que desvendar parte do segredo da Cabala.

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