Os Paradigmas Teosóficos

 

O PARADIGMA DA UNIDADE

A Doutrina Secreta estabelece três proposições fundamentais:

“Um PRINCíPIO Onipresente, Sem Limites e Imutável, sobre o qual toda especulação é impossível, porque transcende o poder da concepção humana e porque toda expressão ou comparação da mente humana não poderia senão diminuí-lo. Está além do horizonte e do alcance do pensamento, e segundo as palavras do Mandukya, é “inconcebível e inefável”. ( DS Vol.I – pág. 81)

Para que a generalidade dos leitores perceba mais claramente estas idéias, deve começar com o postulado de que há uma Realidade Absoluta, anterior a todo SER  manifestado ou condicionado. Esta Causa Infinita e Eterna, vagamente formulada no “Inconsciente” e no “Incognoscível” da filosofia européia em voga, é a Raiz sem Raiz de “tudo quanto foi, é e será”.  E, naturalmente, acha-se desprovida de todo e qualquer atributo, e permanece essencialmente sem nenhuma relação com o Ser manifestado e finito.

É a “seidade”,· mais propriamente que o Ser, Sat em sânscrito, e está fora do alcance de todo pensamento ou especulação.

Esta Seidade é simbolizada na Doutrina Secreta sob dois aspectos. De um lado, o Espaço Abstrato absoluto, representando a subjetividade pura, aquilo que nenhuma mente humana pode excluir de qualquer conceito, nem conceber como existente em si mesmo. De outro lado, o Movimento Abstrato absoluto, que representa a Consciência Incondicionada. Os próprios pensadores ocidentais têm afirmado que a consciência, separada da transformação, é inconcebível para nós, e que o movimento é o melhor símbolo da transformação e sua característica essencial.  Este último aspecto da Realidade Una é ainda simbolizado pela expressão “o Grande Sopro”, e o símbolo é bastante sugestivo para necessitar de outra explicação.  Assim, o primeiro axioma fundamental da Doutrina Secreta é esta metafísica una e ABsoluta seidade, representada na Trindade teológica pela inteligência finita.  (DS Vol.I – 81/82)

“A Doutrina Secreta é a Sabedoria acumulada dos séculos… e a Lei fundamental nesse sistema, o ponto central de onde tudo surgiu e para onde tudo converge e gravita, e sobre o qual repousa toda a sua filosofia, é o

PRINCÍPIO SUBSTANCIAL, Uno, Homogêneo e Divino: a Causa Radical única.”  (DS Vol. I – Pág. 304)

“É chamado ‘Princípio substancial’, porque se converte em ‘Substância’ no plano do Universo manifestado; que não passa de uma ilusão, enquanto continua a ser um ‘Princípio’ no Espaço visível e invisível, abstrato, sem começo nem fim. É a Realidade onipresente; impessoal, porque imanente em tudo e em cada uma das coisas. Sua impessoalidade é o conceito fundamental do sistema. Está latente em cada átomo do Universo; e é o próprio Universo.”   (DS Vol. I – Pág. 305)

“Esta unidade é algo completamente diferente da noção comum de unidade – como quando dizemos que uma nação ou um exército está unido, ou que este planeta está unido a outro por linhas de força magnética, ou algo semelhante. O ensinamento não é esse, e sim o de que a existência é UMA COISA, não uma coleçáo de coisas colocadas juntas. Fundamentalmente existe UM SER que possui dois aspectos: positivo e negativo. O positivo é o Espírito, ou CONSCIÊNCIA; o negativo é a SUBSTÂNCIA, o sujeito da consciência. Esse SER é o Absoluto em sua  manifestação primária. Sendo absoluto, nada existe fora dele. É o SER TOTAL. É indivisível, pois de outro modo não seria absoluto. Se fosse possível separar-lhe uma parte, o restante não poderia ser absoluto, pois surgiria imediatamente a questão da COMPARAÇÃO entre ele e a parte separada, e a comparação é incompatível com a idéia de absoluto. Conseqüentemente, é evidente que essa EXISTINCIA ÚNICA, ou Ser AbsoLUTO deve ser a R e a L i D a d e existente em cada forma que há..”  (Fundamentos da Filosofia  Esotérica – Pág.23)

O PARADIGMA DA PERIODICIDADE

A Doutrina Secreta afirma:

“A Eternidade do Universo in toto, como plano sem limites; periodicamente é “cenário de Universos inumeráveis, manifestando-se e desaparecendo constantemente”, chamados “as Estrelas que se manifestam” e “as Centelhas da Eternidade”. “A Eternidade do Peregrino” (nossa Mônada )é como Um abrir e fechar de olhos da Existência-por-si-Mesma'', segundo o Livro de Dzyan. “O aparecimento e o desaparecimento de Mundos são coma o fluxo e o refluxo periódico das marés.”

“Esta segunda asserção da Doutrina Secreta é a universalidade absoluta daquela lei de periodicidade, de fluxo e refluxo, de crescimento e decadência, que a ciência física tem observado e registrado em todos os departamentos da Natureza. Alternativas tais como Dia e Noite, Vida e Morte, Sono e vigília são fatos tão comuns, tão perfeitamente universais  e  sem exceção, que será fácil compreender por que divisamos nelas uma das leis absolutamente fundamentais do Universo.” ( DS Vol.I – Pág 84)

“A Doutrina Esotérica ensina, tal como o budismo e o bramanismo, e também a Cabala, que a Essência una, infinita e desconhecida existe em toda a eternidade, e que é ora ativa, ora passiva, em sucessões alternadas, regulares e harmônicas. Na linguagem poética de Manu, chamam-se esses estados Dias e Noites de Brahmâ.”  (DS Vol. I – Pág. 73)

“Ao iniciar-se um período de atividade – diz a Doutrina Secreta – dá-se uma expansão daquela Essência Divina, de fora para dentro e de dentro para fora, em virtude da lei eterna e imutável, e o universo fenomenal ou visível é o resultado último da longa cadeia de forças cósmicas, postas assim em movimento progressivo. Do mesmo modo, quando sobrevém a condição passiva, efetua-se a contração da Essência Divina, e a obra anterior da criação se desfaz gradual e progressivamente, o universo visível se desintegra, os seus materiais se dispersam, e somente as “trevas” solitárias se estendem, uma vez mais, sobre a face do “abismo”. Para usar uma metáfora dos livros secretos, que tornará ainda mais clara a idéia, uma expiração da “essência desconhecida” produz o mundo, e uma inspiração o faz desaparecer. Este é um processo que se observa por toda a eternidade, e o nosso atual universo presente não representa senão um dos termos da série infinita – que não teve princípio nem terá fim.”  (DS Vol. I – Pág. 73)

 

“O ETERNO PAI (o Espaço) ENVOLTO EM SUAS SEMPRE INVISÍVEIS VESTES, HAVIA ADORMECIDO UMA VEZ MAIS DURANTE SETE ETERNIDADES.”  [Estância I.1]   (DS Vol.I – Pág. 94)

PARADIGMA DA SUPREMA IDENTIDADE

Ensina também a Doutrina Secreta:

“A identidade fundamental de todas as Almas com a Alma Suprema universal, sendo esta última um aspecto da Raiz Desconhecida.” (DS Vol.I – Pág. 84)

‘”Peregrino” é o nome dado à nossa Mônada (os Dois em Um)  durante seu ciclo de encarnações. É o único Princípio imortal e eterno que existe em nós, sendo uma parcela indivisível do todo integral, o Espírito Universal, de que emana  e em que é absorvida no final do ciclo. Quando se diz que emana do Espírito Uno, usa-se de uma expressão tosca e incorreta, por  falta  de palavras  adequadas.”   (DS Vol.I – Pág. 84)

“Eis aqui o começo da Vida informe senciente: Primeiro, o Divino, o Um que procede do Espírito-Mãe; [depois, o Espiritual].”  (DS Vol.I – Pág. 98)

“O Raio Único multiplica os Raios menores. A Vida precede a Forma, e a Vida sobrevive ao último átomo.”

 “Através dos Raios inumeráveis, o Raio da Vida, o Um, semelhante ao Fio que passa através de muitas contas.”

“Quando o Um se converte em Dois, aparece o Triplo, e os Três são Um; é o nosso Fio, ó Lanu! O Coração do Homem-Planta, chamado Saptaparma.”

“É a Raiz que jamais perece; a Chama de Três Línguas e Quatro Mechas.”  (DS Vol.I – Pág. 99)

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…O homem é o símbolo septenário, no plano terrestre da Grande Unidade Una, o Logos

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No Catecismo (oculto), assim pergunta o Mestre ao discípulo:

“Levanta a cabeça, ó Lanu! Vês uma luz ou luzes inumeráveis por cima de ti, brilhando no céu negro da meia-noite? “Eu percebo uma chama, ó Gurudeva! Vejo milhares de centelhas não destacadas, que nela brilham.”

“Dizes bem. E agora observa em torno de ti, e dentro de ti mesmo. Essa luz que arde no teu interior, porventura a sentes de alguma maneira diferente da luz que brilha em teus irmãos humanos?”

“não é de modo algum diferente, embora o prisioneiro continue seguro pelo Karma e as suas vestes externas enganem os ignorantes, induzindo-os a dizer: Tua Alma e Minha Alma.” (DS Vol.I – Pág. 169)

O PARADIGMA DA CONSTITUIÇÃO SETENÁRIA UNIVERSAL

“TODAS AS COISAS, TANTO NO UNIVERSO METAFÍSICO COMO NO FÍSICO, SÃO SETENÁRIAS.”   ( DS Vol. I  – Pág. 202  item 1º)

“O próprio ensinamento relativo à constituição setenária  dos corpos siderais e do macrocosmo – de que advém a divisão setenária do homem ou microcosmo – era até agora considerada como dos mais esotéricos. Nos tempos antigos só eram dados a conhecer no momento da iniciação,juntamente com os números mais sagrados dos Ciclos.”   ( DS Vol.I – Pág. 211)

“Por outro lado, a eterna Lei Una, desenvolve todas as coisas Natureza que há de manifestar-se, em conformidade com um princípio sétuplo; e de outras, as inumeráveis Cadeias circulares de Mundos, compostos de sete Globos postos nos quatro planos inferiores do Mundo em Formação, pertencendo os outros três ao Universo Arquétipo. Destes sete Globos, somente um, o mais inferior e o mais material de todos, se encontra dentro de nosso plano ou ao alcance de nossos meios de percepção, permanecendo os outros seis fora do mesmo e sendo, portanto, invisíveis ao olho terrestre. Cada uma dessas Cadeias de Mundos  é o produto e a Criação de outra, ‘inferior e morta’; é sua reencarnação, por assim dizer. Para melhor esclarecer: ensina-se que cada planeta, seja conhecido ou desconhecido, é setenário, como também o é a Cadeia a que a Terra pertence.”  (DS Vol. I – Pág 196) 

Sabemos que cada átomo possui sete planos de ser ou de existência; e cada plano está regido por suas próprias leis específicas de evolução e de absorção.”  ( DS Vol. I – Pág. 194)

“Em simbolismo esotérico, o Espaço é chamado “Mãe-Pai Eterno  de Sete Peles”; e é constituído de sete capas, desde sua superfície não diferenciada até a diferenciada.”  DS Vol. I – Pág.77)

“A Ciência oculta reconhece a existência de Sete elementos cósmicos, quatro dos quais são inteiramente físicos, e o quinto semimaterial; ( o Éter); este último   chegará ser visível no ar até o final de nossa Quarta Ronda, e terá a supremacia sobre os outros na Quinta Ronda. Os dois restantes ainda estão absolutamente fora do alcance da percepção humana. Aparecerão,todavia, como pressentimentos, durante as Raças Sexta e Sétima da Ronda atual, e se tornarão de todo conhecidos na Sexta e na Sétima Ronda, respectivamente. Estes Sete Elementos , com seus inumeráveis sub-elementos (que são muito mais numerosos que os admitidos pela ciência)não passam de modificações condicionadas  e aspectos do elemento uno e único.” (DS Vol. I – pág. 80)

O PARADIGMA DA EVOLUÇÃO

A Doutrina Secreta ensina:

“O DESENVOLVIMENTO PROGRESSIVO DE TODAS AS COISAS, TANTO DOS MUNDOS COMO DOS ÁTOMOS. NÃO É POSSÍVEL CONCEBER O PRINCÍPIO DESSE MARAVILHOSO DESNVOLVIMENTO, NEM TÃO POUCO IMAGINAR-LHE O FIM.”

“O nosso Universo não passa de uma unidade em um número infinito de Universos, todos eles “filhos da Necessidade”, elos da Grande Cadeia Cósmica do Universo, sendo cada qual um efeito com relação ao que o procedeu, e de causa ao que lhe sucede.”  (DS Vol. I – Pág. 106)

“Em seu aspecto planetário sétuplo, A evolução da vida se efetua, nestes sete Globos ou corpos, desde o Primeiro até o Sétimo, em Sete Rondas ou Sete Ciclos”.  (DS Vol. I – Pág. 202)

“Nossa Terra, como representante visível dos globos-companheiros, invisíveis e superiores, seus “Senhores” ou “Princípios”, deve existir, do mesmo modo que os demais, durante sete Rondas. Nas três primeiras, ela se forma e se consolida; na quarta, alcança estabilidade e sua máxima consistência; nas três últimas, retorna gradualmente à sua primeira forma etérea: espiritualiza-se. Por assim dizer.”  (DS VolI – Pág. 202)

“Cada Ciclo de Vida ( Ronda ) no Globo D (nossa Terra)35 se compõe de sete Raças-Raíses, que principiam com a etérea e terminam com a espiritual, em uma dupla linha de evolução física e moral, desde o início da Ronda terrestre até o seu término.”  (DS VolI – Pág. 203)

“Sua humanidade só se desenvolve plenamente na Quarta Ronda – que é a nossa Ronda atual. Até esse quarto Ciclo de Vida, dá-se-lhe tal nome de “Humanidade” unicamente por falta de outro melhor. Assim como a lagarta se converte em crisálida e esta em borboleta, assim o Homem, ou melhor, o que mais tarde vem a ser o homem, passa através de todas as formas e reinos durante a Primeira Ronda, e através de todas as formas humanas durante as duas Rondas seguintes. Ao chegar à nossa Terra no princípio da Quarta, na presente série de Ciclos de Vida e de Raças, o Homem é a primeira forma animada que aparece nela, pois foi precedido somente pelos reinos mineral e vegetal, devendo ainda este último desenvolver-se e continuar sua evolução ulterior por intermédio do homem. [ Isso será explicado nos volumes iII e IV. Durante as três primeiras Rondas que hão de vir, a Humanidade, como o Globo em que vive, tenderá sempre a reassumir sua forma primitiva: a de uma Legião de Dhyân-Chohans]. 

“O homem tende a converter-se em um Deus, e depois em Deus, da mesma forma que todos os demais Átomos do Universo.”  (DS VolI – Pág. 203)

O PARADIGMA KÁRMICO

“A DOUTRINA FUNDAMENTAL DA FILOSOFIA ESOTÉRICA não admite no homem NEM  PRIVILÉGIOS, NEM DONS ESPECIAIS, salvo aqueles que foram conquistados pelo seu próprio Ego, por ESFORÇOS E MÉRITOS PESSOAIS através de uma longa série de mentepsicósis e reencarnações.”  (DS Vol.  I – pág 84)

“A VIDA UNA está estreitamente relacionada  à LEI UNA que governa o MUNDO DO SER: K A R M A. No sentido exotérico, esta palavra é simples e literalmente “AÇÃO”, ou melhor, “uma causa que produz um efeito”. Esotericamente, é algo totalmente distinto em seus efeitos morais de maior alcance. È a LEI DE RETRIBUIÇÃO INFALÍVEL.”  (DS Vol. III – pág – 323; Vol. II – pág. 346)

“Não é a onda que afoga o homem mas a AÇÃO PESSOAL do náufrago voluntário que  vai deliberadamente e se coloca sob a ação IMPESSOAL das leis que governam o movimento do Oceano.” ( DS  Vol. III – pág. 323)

“O Karma não cria nada, nem planeja coisa alguma. É o homem que imagina e cria as causas, e a LEI KÁRMICA regula seus efeitos, e este ajustamento não é um ato, senão a HARMONIA UNIVERSAL que tende sempre a retomar sua posição original, como um galho de árvore que, vergado á força , volta a endireitar-se com um vigor equivalente. Se acontece que se desloca o nosso braço, ao tentar dobra-lo fora de sua posição normal,devemos dizer que foi o galho que molestou o braço, ou que foi nossa própria insensatez a causa do mal? “ ( DS Vol. III – pág. 323)

“A LEI DO KARMA está intimamente relacionada com a LEI DA REENCARNAÇÃO. (DS Vol. III – pág. 324 )

O PARADIGMA DA REENCARNAÇÃO

Ensina também a Doutrina Secreta:

“A peregrinação obrigatória para todas as Almas, através do Ciclo de Encarnação , ou de Necessidade, conforme a Lei Cíclica e Kármica, durante todo esse período. Em outras palavras: nenhum Buddhi puramente espiritual ( Alma Divina )  pode ser uma existência consciente independente, antes que a centelha emanada da Essência pura do Sexto Princípio Universal – ou seja, da Alma Suprema – haja passado por todas as formas elementais pertencentes ao mundo fenomenal do Manvântara, e adquirido a individualidade, primeiro por impulso natural, e depois à custa dos próprios esforços, conscientemente dirigidos e regulados pelo seu Karma, escalando assim todos os graus de inteligência, desde o Manas inferior, até o Manas superior, desde o mineral e a planta, ao Arcanjo mais sublime (Dhyani-Buddha). (DS Vol. I – pág. 84)

“Só o conhecimento dos renascimentos constantes de uma mesma Individualidade ao longo de todo o Ciclo de Vida; a certeza de que as mesmas MÔNADAS  têm que passar através do ‘CICLO DE NECESSIDADE’, recompensadas ou punidas, mediante tais renascimentos, pelos sofrimentos suportados ou pelos crimes cometidos durante existências anteriores;só esta doutrina, dizemos , é capaz de explicar o problema misterioso do BEM E DO MAL, e de reconciliar o homem com a terrível injustiça aparente da vida. Nada que não apresente uma certeza semelhante pode aquietar nosso sentimento de justiça em revolta. Pois, quando aquele que desconhece a nobre doutrina lança as vistas em torno de si e observa as desigualdades de nascimento e de fortuna, de inteligência e de capacidade; quando vê as honras que se dispensam aos néscios e aos viciosos, para quem a sorte foi pródiga em seus favores, por mero privilégio de berço, enquanto seu próximo, apesar de sua inteligência e de suas excelsas virtudes – que o fazem muito mais digno por todos os títulos – perece de necessidade e por falta de simpatia; quando contempla tudo isso e se vê forçado ante a impotência para aliviar o sofrimento imerecido, com o coração sangrando e os ouvidos dilacerados pelos gritos de dor em torno de si, só o bendito conhecimento do KARMA o impede de maldizer a vida e os homens, assim como o seu suposto Criador.” ( DS Vol. III – pág. 321)

“Assim, pois, o Karma está intimamente, ou melhor, indissoluvelmente unido à LEI DE RENASCIMENTO ou da Reencarnação da mesma Individualidade espiritual em uma longa e quase interminável série de Personalidades. Estas últimas são como os diversos personagens representados pelo mesmo ator;  identificando-se o ator com cada um deles e sendo assim identificado pelo público durante o espaço de algumas horas. O homem INTERNO, ou real, que personifica tais caracteres, sabe durante todo aquele tempo que ele é Hamlet só pelo breve prazo de alguns atos, os quais representam, entretanto, no plano da ilusão humana, toda a vida de Hamlet. Sabe também que, na noite anterior, foi o Rei Lear, e que este, por suam vez, sucedeu a Otelo, que representou em outra ocasião. E, ainda que se suponha que o personagem exterior e visível ignora essa circunstância – e na vida real semelhante ignorância é, infelizmente, demasiado verdadeira – disso, todavia , tem pleno conhecimento a INDIVIDUALIDADE PERMANENTE, sendo a atrofia do Olho Espiritual no corpo físico a causa que impede o registro desse conhecimento na consciência da falsa Personalidade.” (DS Vol. III – pág. 324)

“Os que acreditam na Reencarnação e no Karma são os únicos que têm uma vaga percepção de que todo o segredo da vida está na série ininterrupta de suas manifestações, seja no corpo físico, seja fora dele.”  ( DS Vol. I – pág. 272)

PARADIGMA HOLOGRÁFICO

O Princípio subjacente no PARADIGMA HOLOGRÁFICO é o da VIDA UNA expressando-se através de todas as formas do Universo, como pode ver-se pelos seguintes testemunhos da Ciência Oculta:

“O Pai-Mãe tece uma Tela, cujo extremo superior está unido ao Espírito, Luz da Obscuridade Única, e o inferior à Matéria, sua Sombra. A Tela é o Universo, tecido com as Duas Substâncias combinadas em Uma, que é Svabhâvat (Mulaprakriti, Raiz da Materia).”

“A Tela se distende quando o Sopro do Fogo a envolve; e se contrai quando tocada pelo Sopro da Mãe. Então os  Filhos se separam, dispersando-se, para voltar ao Seio de sua Mãe no fim do Grande Dia, tornando-se de novo uno com ela. Quando esfria, a Tela fica radiante. Seus Filhos se dilatam e se retraem dentro de Si mesmos e em seus Corações; elas abrangem o Infinito.”

“Então Svabhâvat envia Fohat para endurecer os Átomos. Cada qual é uma parte da Tela. Refletindo o ”Senhor Existente por Si Mesmo” como um Espelho, cada um vem a ser, por sua vez, um Mundo.”  (DS Vol. I –  Pág.96 – Estância III, slokas 10 a 12)

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“A Raiz da Vida estava em cada Gota do Oceano da Imortalidade, e o Oceano era a Luz Radiante, que era Fogo, Calor e Movimento.”  (DS Vol. I –  Pág.95)

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“Em Teogonia, cada semente é um organismo etéreo, do qual evolve mais tarde um Ser celeste, um Deus”  (DS Vol. I –  Pág.240)

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“Cada dia que passa mais se demonstra a identidade entre o animal e o homem físico, entre a planta e o homem, entre o réptil e a sua furna, a rocha e o homem.”   (DS Vol. I –  Pág.293)

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