O Farol do Desconhecido

– VII –

            Acreditamos que agora refutamos suficientemente nestas páginas alguns erros concernentes às nossas doutrinas e crenças; entre estes aquele que persiste em representar os Teosofistas  – a qualquer preço aqueles que fundaram a Sociedade _ como politeístas ou ateus. Nós não somos nem um ou outro; assim como eram certos Gnósticos que, enquanto acreditando na existência planetária, deuses solares e lunares, não ofereciam a eles nem rezas nem altares.Desde que não acreditamos num Deus pessoal, fora do próprio homem que é seu templo – como ensinado por São Paulo e outros Iniciados – nós acreditamos num impessoal e absoluto PRINCÍPIO, ¨ tão acima de toda concepção humana que assim consideramos qualquer um que pretenda definir este grandioso mistério universal um mero blasfemo e um tolo presunçoso. Tudo que nos é ensinado a respeito deste Princípio incomparável e eterno, é de que não é nem espírito, nem matéria, nem substância, nem pensamento, mas o recipiente que contém (container) de todos estes, o container absoluto. É em outras palavras o “Deus-nada” de Basílides, tão pouco compreendido mesmo pelos escolásticos e os hábeis analistas do Musée Guimet (tomo XIV),· que define este termo ridicularizando, falando dele como “Deus-nada que ordenou e previu todas as coisas, apesar de não ter nenhuma razão ou vontade”.

            Sim, certamente, e este “Deus-Nada”, sendo idêntico com Parabrahman dos Vedantinos – o conceito mais filosófico e grandioso – é também idêntico com o AIN-SOPH  dos Judeus Cabalísticos. Este último é também o “deus que não é”, “Ain” significando não-ser ou o absoluto, o nada ou (palavra grega) de Basílides, significando aquela inteligência humana, sendo limitada neste plano material, não pode conceber nada que é, mas que não existe sob nenhuma forma. Como a idéia de ser é limitada por algo que existe, seja substância, atual ou potencial, ou na natureza das coisas, ou apenas na mente – aquilo que não pode ser percebido por nossos sentidos, oi concebido por nosso intelecto que condiciona todas as coisas, não existe para nós.

– “Onde, então, você localiza o Nirvana, ó grande Arhat?” pergunta o rei a um venerável Budista ascético, interrogando a respeito da Boa Lei.

– “Em nenhum lugar. Ó grande Rei!”foi a resposta.

– “Nirvana, portanto não existe? . . .”

– “O Nirvana é, mas não existe.”

            O mesmo acontece com Deus “que não é”, um termo que é meramente uma tradução literária insatisfatória, pois esotericamente, deve-se dizer o deus que não existe, mas que é. A raiz de ….. é …., significando “e não qualquer um”, com o significado de que aquilo de que se está falando não é uma pessoa ou coisa, mas a negação de ambos. Então para o ouden en de Basílides é absolutamente idêntico com o En ou o “Ain Soph” dos Cabalistas. Na metafísica religiosa dos Hebreus, o Absoluto é uma abstração, “sem forma ou existência”, “sem alguma similitude a qualquer outra coisa” (Franck, La Kabbale, p. 173). Deus, portanto, é NADA, sem nome e sem qualidades; é por esta razão que é chamado de AIN-SOPH, pois a palavra Ain significa nada.

            Não é o Princípio imutável e absoluto, que é apenas a potencialidade de ser, do qual os deuses, ou princípios ativos do mundo manifesto, emanam. Como o absoluto não tem nenhuma relação com o condicionado e limitado, e não há possibilidade de ter, aquilo de onde as emanações procedem é o “Deus que fala” de Basílides, i.e., o logos que Philo chama de “segundo Deus” e o Criador das formas. “O segundo Deus é a Sabedoria do Deus Uno” (Quaestion. et Solut., Book II,62). “Mas, este logos, esta ‘Sabedoria’ é uma emanação sem fim?” será a objeção. “E para fazer algo emanar do NADA é um absurdo!” De forma alguma. Primeiro, este “nada” assim é porque é o absoluto, conseqüentemente o TODO. Então, este “segundo Deus” nada mais é senão uma emanação, como a sombra de nosso corpo numa parede é uma emanação daquele corpo. De qualquer modo, o Deus não é o efeito de uma causa ou de um ato premeditado, de uma vontade consciente e deliberada. É apenas o efeito periódico¨ de uma lei eterna e imutável, além do tempo e espaço, da qual o logos ou inteligência criativa É a sombra ou reflexo.

            “Mas esta é uma idéia absurda!” podemos ouvir, aqueles que acreditam num Deus antropomórfico ou pessoal, dizerem. “Dos dois, o homem e sua sombra, é o último que é nada,uma ilusão de ótica, e o homem que a lança é que é a inteligência, mesmo que passiva como neste caso!”

            Realmente, mas assim é apenas em nosso plano em que tudo é ilusão, onde tudo aparece transposto, similar ao reflexo de um espelho. Entretanto, como a essência do real apenas é distorcida pela matéria, o não real, e como – do ponto de vista da realidade absoluta – o universo com seus seres conscientes e inteligentes é senão uma pobre realidade fantasmagórica, segue-se então que é a sombra do Real, no plano deste último, que é endossada com atributos e inteligência, enquanto o absoluto – de nosso ponto de vista – é privado de todas as qualidades condicionadas pelo o mero fato de que é absoluto. Não é necessário de ser versado em metafísica Oriental para compreender isto; e não se pede a ninguém para que seja um paleógrafo ou paleologista no sentido de que possa ver que o sistema de Basílides é também o sistema da Vedanta, apesar de ter sido distorcido e desfigurado pelo autor de Plilosophumena. Isto é definitivamente provado por nós por meio dos fragmentos dos sistemas Gnósticos dados naquele trabalho. Apenas a doutrina esotérica pode explicar o que é incompreensível e caótico no sistema mal compreendido de Basílides, como foi para nós transmitido pelos Pais da Igreja – aqueles executores das Heresias. O Pater innatus, ou o Deus não engendrado, o Grande Argão, e os dois Demiurgos, mesmo os trezentos e sessenta e cinco céus – o número contido no nome de Abraxas, seu governante – todos esses foram derivados dos sistemas Hindus. Mas tudo é negado, em nosso século de pessimismo, onde tudo se move à vapor, mesmo a própria vida, onde o abstrato – nada mais é eterno – não é de interesse algum a não ser por parte de alguns excêntricos, e onde o homem morre sem ter vivido um instante face a face com sua alma, varrida, como está, pelo redemoinho dos afazeres terrestres e egoístas.

            Aparte da metafísica, entretanto, qualquer um que entre na Sociedade Teosófica pode ali achar a ciência e uma ocupação de acordo com seu gosto.Um astrônomo poderá realizar mais descobertas ao estudar as alegorias e símbolos no que se refere a cada estrela,© nos antigos livros Sânscritos, do que provavelmente poderia com a ajuda apenas das Academias. Um físico intuitivo poderá aprender mais nos trabalhos de Charaka, ¨ traduzidos ao árabe no século VIII, ou em empoeirados manuscritos da Biblioteca de Adyar, trabalhos mal compreendidos como tantos outros, do que nos livros da fisiologia moderna. Teosofistas com inclinação para a medicina ou a arte decura podem fazer mais, consultando as legendas e os símbolos revelados e explicados no que dizem respeito a Asklepios ou Aesculapius. Pois, como o antigo Hipócrates, ao consultar as estrelas volitivas da rotunda de Epidaurus (denominado Tholos) em Cos,§ ele podia ali encontrar receitas de remédios desconhecidos da pharmacopéia.g Então, invés de matar, ele seria capaz de curar.

            Deixe ser dito pela centésima vez: a VERDADE é UMA! Quando está presente, não em todos os aspectos, mas de acordo com mil e uma opiniões que os devotos tem sobre ela, cessa de haver VERDADE divina, mas apenas um eco confuso de vozes humanas. Onde se pode, procurá-la e achá-la, de fato, como um todo integrado? Está com os Cabalistas Cristãos ou com os Ocultistas Europeus? Com os Espíritas de hoje ou os primitivos Espiritualistas?

            “Em França”, um amigo nos disse, “tantos Cabalistas, tantos sistemas. . . Conosco, pretendem ser Cristãos. Existem alguns entre eles que são pelo Papa, de tal modo que sonham com uma coroa universal para ele, a coroa de um César Pontifício. Outros são contra o Papado, e por um Cristo, não o histórico, mas alguém criado por suas imaginações, um Cristo anticesariano, agindo na política, etc., etc. Cada Cabalista acredita ter descoberto a Verdade perdida. É sua própria ciência que é sua Verdade eterna, e a ciência dos outros, meramente uma miragem. . . E está sempre pronto para defender e sustentar a sua própria, através de sua pena. . .”

– “Mas os Cabalistas Israelitas”, eu perguntei a ele, “são eles também pelo Cristo?”

 – “Ó bem, eles são pelo seu Messias. Trata-se apenas de um assunto de data!”.

            É bem verdade, no infinitivo não pode haver nenhum anacronismo. Entretanto, como esses vários termos e sistemas, todos esses assuntos contraditórios podem nem todos eles conter Verdade atual, não vejo como os Gentis Cabalistas da França possam clamar o conhecimento das Ciências Ocultas. Eles têm a Cabala de Moses de Leon,· compilada por ele no século XIII; mas seu Zohar,Livro dos Números da Caldéia, representa, quando muito, o trabalho do Rabino Shimon ben Yohai, como o Poimandrês do Cristão Grego representa o livro real do Thot Egípcio. A facilidade com que a Cabala de von Rosenroth e seus textos manuscritos Latinos, das Idades Médias – lidos de acordo com o sistema do Notoricon – se transformam em textos Cristãos trinitários, é como uma cena de fadas. Entre o Marquês de Mirville e seu amigo, o Chevalier Drach, um Rabino convertido, a “Boa Cabala” tornou-se um catecismo da Igreja Romana. Deixem os Gentis Cabalistas ficarem satisfeitos com isto; nós preferimos nos ater a Cabala Caldéia, o Livro dos Números. Aquele que estiver satisfeito com a letra morta, desfilará em vão com o manto do Tannaim (os antigos iniciados de Israel); sob os olhos dos experimentados ocultistas será apenas um lobo com a camisola da avó como em Chapeuzinho Vermelho. Mas o lobo não irá devorar o ocultista, como devorou Chapeuzinho Vermelho – um símbolo do profano sedento por misticismo, que cai vítima de seus dentes. É, no entanto, o lobo que perece, caindo em sua própria armadilha. . . quando comparado com o

            Como a Bíblia, os trabalhos Cabalísticos têm sua letra morta, seu significado exotérico, e seu significado verdadeiro ou esotérico. A chave para este verdadeiro simbolismo encontra-se no momento, além dos gigantescos picos do Himalaia, assim como a chave para o sistema Hindu. Nenhuma outra chave pode abrir os sepulcros onde foram enterrados por milhares de anos todos os tesouros intelectuais que foram ali depositados pelos intérpretes originais da Sabedoria divina. Mas o grande ciclo, o primeiro dentro do Kali Yuga, está no final; o dia da ressurreição para tudo que está morto pode não estar muito longe. O grande visionário Sueco, Emanuel Swedenborg, disse: “Procure a palavra perdida entre os hierofantes, na grande Tartária e Tibet.”

            Quaisquer que sejam as aparências contra a Sociedade Teosófica; qualquer que seja sua impopularidade entre aqueles que se recolhem horrorizados diante de qualquer coisa que para eles parecem ser uma inovação, uma coisa é certa. O que vocês, Cavalheiros oponentes, consideram ser uma invenção do século XIX, é tão velha quanto o mundo. Nossa Sociedade é a árvore da Fraternidade, crescida de uma essência plantada na terra pelo anjo da Caridade e Justiça, o dia que o primeiro Caim matou Abel. Durante longos séculos de subjugação de mulheres e de sofrimento dos pobres, essa essência foi aguada pelas amargas lágrimas compartilhadas pelos fracos e oprimidos. Mãos abençoadas transplantaram-na de um canto a outro da terra, sob diferentes climas e em épocas distantes umas das outras. “Não faças ao outro o que não queres que te façam”, disse Confúcio aos seus discípulos. “Ame um ao outro e ame todas as criaturas vivas”, pregou Gautama o Buda a seus Arhats. “Ame um ao outro” foi repetido como um eco fiel nas ruas de Jerusalém. Às nações Cristãs pertencem as honras de haverem obedecido a este supremo mandamento de seu Mestre em toda a sua força paradoxal! Calígula, o pagão, desejava que a humanidade tivesse uma só cabeça, para que pudesse cortá-la de um só golpe. Os poderes cristãos foram incentivados sob esse desejo que na verdade permaneceu teórico, após buscarem e finalmente acharem os meios de colocá-lo em prática. Deixe-os assim, prepararem-se para cortar a garganta de um ao outro e deixe-os exterminarem mais pessoas em um dia de guerra do que os Césares mataram em todo um ano. Deixe-os exterminar com as populações de vários países e províncias em nome de suas religiões paradoxais, e deixe perecer pela espada, aquele que mata pela espada. O que isto nos diz respeito?

            Os Teosofistas não têm poder para os deter. Isto é verdade. Mas está em seu poder de salvar o quanto puder, de possíveis sobreviventes. Sendo um núcleo da verdadeira Fraternidade, depende deles fazerem de sua Sociedade uma arca destinada, em um futuro não muito longínquo, a transportar a humanidade de um novo ciclo além das vastas águas lamacentas do dilúvio do materialismo sem esperança. Essas águas estão subindo e no momento presente ocupam todos os países civilizados. Iremos deixar o bom perecer com o mau, com medo do grito e lamúria e do ridículo deste, mesmo contra a Sociedade Teosófica ou de nós mesmos? Iremos vê-los perecerem um após outro, um de fadiga, outro em vão buscando um raio de luz do sol que brilha para todos, sem jogar a eles nem uma tábua de salvação? Nunca!

            Pode ser que a bela utopia, o sonho filantrópico, que vê como em uma visão o desejo triplo da Sociedade Teosófica se tornando verdade, esteja ainda longe: inteira e completa liberdade da consciência humana possuída por todos, fraternidade estabelecida entre o rico e o pobre, e igualdade entre o aristocrata e o plebeu reconhecida em teoria assim como na prática – esses são os muitos castelos na Espanha, e por boa razão. Tudo deve acontecer naturalmente e voluntariamente, em ambos os lados; entretanto, não chegou ainda o tempo para o leão e o cordeiro se deitarem juntos. A grande reforma deverá acontecer sem peso social, sem derramamento de uma gota de sangue; somente sob o nome daquela verdade axiomática da filosofia Oriental nos mostrando que a grande disparidade de fortunas, de escala social e intelecto, é devida apenas aos efeitos do Karma pessoal de cada ser humano. Colhemos o que plantamos. Se a personalidade física do homem difere de qualquer outro, o ser imaterial nele ou a individualidade emana da mesma essência divina, como aquela de seu vizinho. Aquele que trás impresso fortemente a verdade filosófica de que cada Ego inicia e termina por sendo o TODO indivisível, não pode amar seu vizinho menos que a si próprio. Mas, até o tempo em que isto se torne uma verdade religiosa, tal reforma não poderá acontecer. O dito egocêntrico de que a “caridade começa em casa”, ou outro que diz que “cada um por si e Deus por todos”, sempre moverá as raças Cristãs “superiores” a se oporem a pratica introdução do maravilhoso dito pagão: “Cada pobretão é filho de um homem rico”, e ainda mais diz para alguém: “Alimente primeiro os que têm fome, e então coma você mesmo o que sobrar”.

            Mas tempo virá em que a sabedoria “bárbara” das raças inferiores será mais bem apreciada. Em meio tempo, o que devemos procurar é trazer alguma paz na terra aos corações daqueles que sofrem, levantando para eles uma ponta do véu que esconde deles a verdade divina. Deixe o forte apontar a direção ao fraco e ajudá-lo a galgar a íngreme ladeira da existência. Deixe-os fixar o olhar sobre o Farol-luz que brilha sobre o horizonte, além do mar misterioso e ilimitado das ciências Teosóficas, como uma nova estrela de Belém, e deixe os deserdados da vida terem esperança. . .

                                                                                        H. P. Blavatsky.

 

                                                          (Collected Writings, Vol. XI, p.248-283)

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h A ilusão da personalidade, de um ego separado, colocado por nosso egoísmo em primazia. Em resumo, é necessário assimilar toda a humanidade, viver por ela, para ela e nela; de outro modo, deixar de ser “um” e se tornar “todos” ou o total.

· Uma expressão védica. Os sentidos, incluindo os dois sentidos místicos, são sete em Ocultismo; mas um Iniciado não os separa um dos outros, mais do que separa sua unidade da Humanidade. Cada um dos sentidos contém todos os outros.

D A Simbologia das cores. A linguagem do prisma, da qual, “as sete cores-mãe tem cada uma sete filhos,” i.e., 49 sombras ou “filhos” entre os sete, são inúmeras letras ou caracteres alfabéticos. A linguagem das cores tem , portanto, 56 letras para o Iniciado (não confundir com Adepto; veja meu artigo “Um Sinal Perigoso”). Dessas letras cada setenário é absorvido pelas cores-mãe, como cada uma das sete cores-mãe é finalmente absorvida no raio branco, Unidade Divina simbolizada por essas cores.

§ rechauffé- coisas ultrapassadas

· Por Iamblichus, que usou o nome de seu Mestre, o sacerdote Egípcio Abammon, como um pseudônimo.

e Samadhi é um estágio de contemplação abstrata, definido em termos Sânscritos que requer uma longa explanação para explica-lo. É um estado mental, ou melhor, espiritual, que não é dependente de qualquer objeto perceptível, e durante o qual, o subjetivo, absorvido na região do puro espírito, vive na Divindade.  

º Cidadão de Roma por 28 anos, foi um homem tão virtuoso que era considerado uma honra tê-lo como guardião dos órfãos dos patrícios mais ricos. Morreu sem fazer um único inimigo durante esses 28 anos. 

¨ Jâmblico, De Mysteriis, VIII, 6 e7.

ª Phaedrus, 246 D.E; Theaetetus, 176B.

ª Uma comunidade monástica conhecida situada na península do mesmo nome, que é o mais oriental dos três promontórios que se seguem, como as pontas de um tridente, para o sul da costa da Macedônia ao Mar Egeu. É também chamado de Hagion Oros. O pico surge como uma pirâmide, com uma  capa branca, a uma altura de 6 350 pés.

* JHVH< ou Jahveh (Jehovah) é o Tetragrammaton, conseqüentemente o Logos imanente e o criador; o Todo, sem início ou fim, ou Ain-Soph, em sua qualidade de ABSOLUTO, sendo incapaz de criar ou desejar criar.

§ [Apesar das palavras diferirem de algum modo, as idéias, no entanto expressadas nesta passagem são idênticas ao: Provérbios viii,22-30. Mashalim é o plural de Mashal, significando “exemplo”, “fábula”, “alegoria”, i.e., um ensinamento que é ilustrado. Os Provérbios de Salomão são conhecidos em Hebreu como Mishle Shelomah. A Sabedoria de Iaseus é o mesmo trabalho que o conhecido como A Sabedoria de Jesus o filho de Sirach, ou como Ecclesiasticus – Editor]  

¨ Prêmios instituídos na França no séc. XIX pelo Barão Antoine de Montyon (1733-1820), um filantropista francês, para àqueles que beneficiavam outros de diversas maneiras.

· (As referências dizem respeito aos dois trabalhos mais notáveis do Cel. Vans Kennedy: Pesquisas sobre a Origem e Afinidade das linguagens Principais da Ásia e Europa, Londres, 1828; e Pesquisas sobre a Natureza e Afinidade da Antiga Mitologia Hindu, Londres, 1831. Ed.)

¨ Um termo que se deriva das palavras Yavana, ou o “Iônio”, e acharya, “professor ou mestre”.

· ( . . . uma rosa, ela viveu como vivem as rosas, Um Espaço de uma tarde”.  Esses versos são do poema de Malherbe, Consolation à Duperier escrito por volta de 1599 – Ed.)

© Membro do Conselho Executivo da Loja de Londres da Sociedade Teosófica.

· O elemento homogêneo, não diferenciado que ele chama de meta-elemento.

ª O significado da palavra Vidya pode apenas ter semelhança com o termo grego Gnosis, o conhecimento das coisas espirituais e ocultas; e mais, o conhecimento de Brahma, isto é, do Deus que contem todos os deuses.

¨ O primeiro vice Presidente da S.T. quando esta foi fundada.

§ Provérbio Siamês e Budista.

¨ Esta crença diz respeito apenas aqueles que compartilham com a opinião dos abaixo assinados. Cada  Membro tem o direito de acreditar no que desejar, e de que modo quiser. Como dito alhures, A Sociedade Teosófica é uma “República da Consciência”.

· [ Isto se refere a um ensaio de Amélineau intitulado “Ensaio sobre o gnosticismo egípcio, seus desenvolvimentos e sua origem egípcia”, publicado no Vol. XIV dos Annales du Musée Guimet, Paris, 1887. O assunto é tratado na Parte II, cap.ii. em diante.]

¨ Pelo menos para aquele que acredita numa sucessão ininterrupta de “criações”, que nós chamamos os “dias e noites” de Brahma, ou os manvantaras e os pralayas (dissoluções).

© Cada um dos 333 000 000 deuses e deusas que compõe o Pantheon Hindu está representado por uma estrela. Como o número de constelações e estrelas conhecidas dos astrônomos não alcança este total, pode-se suspeitar que os antigos Hindus sabiam mais sobre as estrelas do que o fazem os modernos.

¨ Charaka era um físico de época Vedantina. Uma legenda o representa como uma encarnação da Serpente Vishnu, sob o nome de Sesha, regendo em Patâla.

§ Strabo, Geographica, XIV, ii, 19. Veja também Pausanias, Periegesis (Itinerário), II,xxvii, 2-3.

g É sabido que todos aqueles que foram curados na Asklepieia deixaram seus ex-votos no templo; e que gravaram nas estrelas (stelae) o nome de suas doenças e o remédio beneficente. Mais tarde, um grande número desses ex-votos foram escavados na Acrópolis. Veja Paul Girard, L’Asclepieion d’Athènes, Paris, Thorin, 1882.

· Foi ele que compilou o Zohar de Shimon ben Yohai, os originais dos séculos primeiros foram perdidos; seria errado acusa-lo de ter inventado o que escreveu. Ele fez uma coleção de tudo que pode encontrar, mas baseou-se em seu próprio conhecimento nas passagens que estavam faltando sendo ajudado nisto pelos Gnósticos Cristãos da Caldéia e Síria. [consultar sobre esse assunto as Notas do compilador no Vol.VII, pp, 269-72 da presente série.]

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