O Ilusório e o Real (Deus)

VISÃO DO TAOÍSMO

Os chineses, como os indianos, acreditam na existência de uma realidade última, subjacente e substancial, que unifica os fatos e coisas observadas. Em Chuang Tsé menciona-se Coisa Única, em cujos nomes, “Completo”, “Abrangente” e “O Todo”, procura se referir à mesma realidade. Essa realidade enquanto oculta não tem nome (Tao Te Ching XLI), mas enquanto manifesta recebe o nome de TAO, a ordem da natureza, a realidade última e indefinível, equivalente ao Brahman hindu e ao Dharmakaya budista 2:85. Dele provém o conteúdo da vida, gera todas as coisas e Nele estão todas as coisas (Tao Te Ching XXI). Tao, tem uma qualidade dinâmica intrínseca, um processo cósmico no qual o mundo é visto numa mudança ou fluxo contínuo, um padrão cíclico de movimento entre dois opostos, que são aspectos do Tao: o Yin e o Yang. Lao-Tsé O chama por três nomes: I, Hi e We (semente, sutil e pequeno) “inseparáveis… entrelaçadas formam o Um” (Tao Te Ching XIV).

“Oculto, o TAO não tem nome. Mas o Tao é quem prodiga e realiza” (Tao Te Ching XLI). “O grande TAO é onipresente… Todas as coisas lhe devem a existência… Ele veste e alimenta todas as coisas…” (Tao Te Ching XXXIV). “O TAO que pode ser pronunciado não é o TAO eterno… Ao princípio do Céu e da Terra chamo ‘Não-Ser’. À Mãe dos seres individuais chamo ‘Ser’… Pela origem, ambos são uma coisa só, diferindo apenas no nome. Em sua unidade esse Um é… o mistério dos mistérios…” (Tao Te Ching I).

 

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