O Ilusório e o Real (Deus)

VISÃO DO JUDAÍSMO

Abraão, o primeiro patriarca judeu, que vivia em Ur, na Caldéia, abandona o politeísmo vigente e institui a crença em um Deus único, o Deus Altíssimo que criou o Céu e a Terra (Gn 14:17-22). Dizia também haver um Sacerdócio Sagrado, e eterno, a ordem de Melki-Tsedek (vide na parte II), que venerava ao Deus Altíssimo. Esse Deus Altíssimo criou o mundo manifestado em seis dias, à semelhança do dito por Zoroastro (628-521 a.C.).

Na idade Média, uma tradição esotérica, repassada oralmente, é escrita e atribuída ao Rabi Shimon ben Yohai, com o nome de Sefer Ha-Zohar (Livro do esplendor). O Zohar, assumido pelo movimento místico-esotérico Kabbalah, diz que a Divindade, o Absoluto, é a base de todas as coisas. É encarado como Existência negativa ou o Nada, um “ilimitado abismo de glória”. Essa Existência tem três máscaras: AIN, o negativamente existente, AIN SOPH, o Ilimitado, sem forma, ser ou semelhança com algo mais, e AIN SOPH AUR, a Luz Ilimitada. Dele surgem dez emanações, dez aspectos do Universo manifestado. Esse Universo se manifesta em quatro “mundos”: o Mundo Divino, o Mundo da Criação, o Mundo dos Anjos e o Mundo de Matéria.

 

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